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Liberta-me...

 
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Diz-me como é suposto sobreviver sem te ter
Explica-me como faço, sem te ler, sem te escrever
Dá-me uma resposta, que me liberte da inexactidão
Quero ser teu anfitrião, para os tempos que advirão
Tempos que se sucedem, em compassos demasiados escassos
Caminhos estreitos, que dão largas a longos fracassos
Não voar muito alto, frase que ressoa na minha mente
Também confesso não ter assas, apenas sou consistente
Sou competente, por vezes, até pouco convincente
Mas acredito que o sucesso, é coerente, ponto assente
Não pretendo elevar-me ao patamar superior
Nunca pretendi, sabendo que esse me traria dor
Apenas sonho em voar sem assas, um pouco mais alto
Ascender em poesia, e tirar por fim os pés do asfalto
Pois penso, que ainda não somos proibidos de sonhar
E quando esse dia chegar, não estarei aqui para o contar

Amo-te, sabes o quanto tu significas para mim
Também sei que me amas, pelo tempo perdido por ti
É assim, quando, apenas nos encontramos tu eu
Papel e poeta, versão Julieta e Romeu
Deixas rasurar-te? Deixas que eu te escreva?
Concebes em mim a confiança para que te descreva?
Dá-me apenas uma chance, para te provar meu talento
Dá-me uma oportunidade, de seres minha no momento
Eu sei, não precisas de dizer, que sou especial para ti
Eu vejo como me olhas, sempre que te falo assim
Sentes-te feliz, por saber que tens o poeta do teu lado
O príncipe encantado, do teu sonho descansado
Acredita, que nunca, vou ser capaz de te deixar
Tua árvore enraizou, e não me quer deixar escapar
Também, não o desejo, eu encaro tuas linhas com um beijo
É assim que eu te vejo, o teu livre uso, não invejo

O poema que quando acabado, dará lugar a uma canção.
 
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Vigilante
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