O grande capitalismo desta vez tremeu
 Em vista de tudo o que aconteceu
 Lá no Império, na terra do Tio San
 Os bancos entraram em “banca rota”
 A crise é grande e não é pouca
 Não podendo se prever o amanhã.
 O governo para salvar banqueiros
 Vai deixar o país num imenso atoleiro
 Oferecendo-lhes setecentos bilhões
 E estes que não são bobos nem nada
 Devem ter suas fortunas separadas
 Pois são bastante espertalhões
 Descobrirá um santo prá cobrir outro
 Colocará a carroça na frente do potro
 Tentando a crise poder amenizar
 Mas a coberta é curta e não levo fé
 Se cobrir a cabeça descobre o pé
 E o povão é quem vai a conta pagar
 Os bancos que fiscalizavam o Brasil
 De uma maneira bastante hostil
 Deixaram os seus deveres sem fazer
 Emprestaram dinheiro sem garantia
 Cobraram juros além do que se podia
 E ninguém sabe o que pode ocorrer.
 jmd/Maringá, 29.09.08
                
verde