Prosas Poéticas : 

Almas despidas

 
Tags:  amor    prazer    ternura    doçura    paixãp  
 
Afasto os segundos um do outro, tento encontrar um espaço entre o tempo, um lugar escondido por detrás da porta da vida, onde podemos entrar se soubermos lá chegar. Este caminho secreto, lugar ambiguo onde tudo é perfeito, esconderijo eterno, lugar paradisíaco onde te espero. Descubro-te ao chegar, à minha espera nesse lugar. Princesa da noite escura, de cetim negro vestida, abres-me a porta da minha própria vida.

Sigo teu perfume encantado, feito de estrelas cintilantes, como luzes que o caminho descobrem, como fogo em tua pele ardente. Deixas-me o rasto do tempo, desse tempo que entre momentos suspendi, para vir ver-te aqui. Sinto nos lábio o doce mel, gosto agreste da tua suave pele, sorvo da tua boca o gosto que em minha boca afoga qualquer desgosto. Abraças-me o corpo, aqueces-me em teus braços ardentes de Fénix, acordando nele o teu desejo, tomando-o como sendo o teu.

Ali mesmo entre nós, a chama eterna se acende, sinal de luxúria pendente, que nossa sede liquida num eterno e puro instante, em que o tempo simplesmente se suspende. Parece magia, mas não é, sente-se, cá dentro do peito, no suor da nossa pele, no ofegar premente. Quando tudo o que sentimos nos abraça todos os sentidos explodimos num clarão imenso de loucura que nossos corpos arrasa, deixando despidas as almas, que brilham na noite escura.

 
Autor
Noite
Autor
 
Texto
Data
Leituras
867
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
deep felling
Publicado: 19/11/2008 00:27  Atualizado: 19/11/2008 00:27
Super Participativo
Usuário desde: 04/02/2008
Localidade: odivelas
Mensagens: 143
 Re: Almas despidas
Folgo em vê-lo de novo com os seus brilhantes poemas.