Poemas : 

POESIA CRETINA

 
POESIA  CRETINA
 
Lugar comum
Que habita o juízo do menino travesso,
Do inquieto mercador,
O avesso do sujo mendigo,
O corpo marcado de Ana,
Que os homens desejam,
Que os homens cospem na cama.

Poesia cretina,
Que definha em dores finais.
Poesia de rapina que fazem os pardais,
À inocente rolinha.

Poesia que foge do livro,
Que se alberga em belas cores,
No bom de ver
No imortal,
Imoral herói da TV,
Nas pernas tortas da multidão sofrida,
Quem sabe na batina do monge eremita,
Que faz amargo seu doce mistério.
Na esperança, renascida, a cada madrugada,
No camafeu exorcista, pingente do coração bóia-fria.





















 
Autor
Frederico Rego Jr
 
Texto
Data
Leituras
1305
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paula Baggio
Publicado: 03/12/2008 13:28  Atualizado: 03/12/2008 13:28
Da casa!
Usuário desde: 20/10/2007
Localidade: Franca - SP
Mensagens: 213
 Re: POESIA CRETINA
Haja inspiração com o mundo agora, não? Mas poeta tira da dor e do que salta aos olhos do coração a sua argamassa. Mesmo que uma argamassa de podres essências. Parabéns poeta! Gostei muito! Abraços, Paula.

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 03/12/2008 13:46  Atualizado: 03/12/2008 13:46
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: POESIA CRETINA
Como quem usurpa o bem-estar do seu semelhante, no sentido de se alcandroar a determinadas posições por adorno de palavreado em contextos semi-poéticos calculados a perceito para culminar na obtenção dos seus próprios interesses.

O poeta é-o na sua verdadeira essência e escreveu esta obra-prima que acabei de ler.

As minhas sinceras felicitações.

Meu abraço

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 03/12/2008 15:50  Atualizado: 03/12/2008 15:50
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: POESIA CRETINA
Um belíssimo poema, Frederico.
Os meus parabéns!
Vóny Ferreira