O tempo viaja por nós como um grito
Um grito que se expande pelo infinito
Um grito que não encontra fronteiras de destino
Um grito que morre..
No momento em que entendemos
As cores indefiníveis do caminho
O tempo embarca no cais da incerteza
E evade-se da doutrina e da fachada
Debate-se perante a conquista do instante
Equaciona a partida, dispersa a chegada
E faz de quem somos, novos, velhos, outros..
...Que não são nada...
Outros, como tu e eu
Que não são mais nada
Além de tudo o que a aurora lhes prometia
Além do vácuo que é estar aqui
Sem poder olhar a janela escancarada!
Pedro Campos
Pedro Campos.