No esteio de minha jornada
Não sou passos,
apenas estrada corrida,
Cada ida é uma chegada
A entrares em minha vida,
Não há teto nem janelas
Aguardando minha ida,
Mas no receio,
Há portas trancadas
Procurando serem invadidas,
Olhares são como trincos
olhando te vai e vem,
Ao ponto de serem movidos,
Teu espaço, teu direito
Atento a não serem esquecidos,
Sob os pés o assoalho
No ranger de teu andar,
Nada mais se move,
Cada som faz sentido
No cair de teu vestido,
E assim foi se a estrada
Quem sabe a ser seguida,
Não exijo mais tempo,
Quando encontro com ela
Há o encontro de minha vida,
No rastejo de minha jornada,
Ávido,
Não sou mais que fome,
Eu me percebo e por fim me esqueço
Quando chamas meu nome.
Fim Cristiana. Em10.05.09