Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.
Tuas veias estão podres
ó malabarista repugnante
és um murchar lacrimoso
no caminho do idiótico
tu que cantas contemplatividade
da tinta que escorre pelos dedos
de palavras carregadas de esgoto
tem vergonha! tem vergonha,
ó fantasma encharcado de imundice
tuberculoso da inocente volúpia
bicho adormecido mal-cheiroso
verme amargo desdentado és
quando te comes!
e tropeças
e iludes a dignidade dos homens
e perdes-te no engano dos artificies
ó dejecto da inspiração intelectual!
tens o sorriso degenerado
e teus olhos brilho de ladrão.
a tua desonra há-de chegar,
a tua desonra há-de chegar!
ó cao epidérmico asqueroso
e cairás nas sombras
sentindo o frio da terra de Janeiro.
desaparece!
ó morcego...sanguessuga desmiolada!
louvar-te?!
louvar-te é um zumbido de moscas
quando te banqueiam no bater de asas
ó demente!
ó demente parasita cobarde.