Prosas Poéticas : 

GARIMPO DE POESIA

 
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Garimpo de Poesia... *


O poeta contempla o mar... Precisa compor um poema para publicar. Pressionado pelo tempo diante de tanta beleza, está, mas não consegue se inspirar...
Vê as ondas a se movimentarem, o último raio de sol raiar... É ocaso do seu dia... Ocaso em sua vida, o tempo urge... Em momentos ele terá que o poema, publicar.
Olha bem distante, nada lhe ocorre, e o horizonte está lá... Céu e terra no mesmo lugar...
Diante de sua própria natureza, a natureza daquele lugar... Natureza é poesia em si mesma a lhe rondar, mas precisa fazer um poema e, de pronto, publicar.
E sua cabeça a voar, nem um clarão de entendimento, nem um raio de pensamento, não vai dar para entregar...
Diante de tanta beleza e do vazio de sua alma, querendo poetar mas sem nada coordenar... Bem no fundo seus versos não estão sendo traduzidos, não sabe o que narrar... Sente a poesia mas, não consegue traduzir em versos, se expressar...
Assim resolve dentro do que vê e pensa, palavras chaves, ou algum verso, selecionar... Esta é a última esperança que há...
Seleciona... A pensar e escreve a versar...

Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...
.........................................
.......................................


E em seguida surge o que queria contar...

Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...
Parece que nada eu via
Céu e terra num só lugar.

O Poeta se põe a imaginar...
Parece que consegui uma estrofe, sou poeta preciso conseguir poetar... Não tenho tempo a perder, vou repetir os dois primeiros versos para simplificar... Talvez surja uma segunda estrofe, quero ver como vai ficar... Terceiros e quarto versos repetidos talvez dê para continuar...

.............................
..........................
Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...

Mas faltam da segunda quadra os dois primeiros versos onde vou buscar? Mas estou diante do mar... Sim é isto que quero mostrar...

Diante do mar, admirar,
As ondas em harmonia...
Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...

Surgiu a segunda estrofe estou premido pelo tempo, diante de minha sensibilidade esgotada, não me sinto apto, estou como um pintor sem tinta, sem pincel, a querer pintar...

O poeta aflito, sem tempo, vai entregar seu poema, mas não sem antes tentar mais uma quintilha... Decide repetir mais uma vez o primeiro verso da primeira estrofe... Usará este verso para finalizar...

....
....
....
....
Era o ocaso do meu dia...

Observa novamente a água e pensa novamente no mar, tem que existir ali a sua sentença, bem diante do seu olhar... E escreve...

Parte do meu céu, sentia,
Misto de água e luz a piscar...
Vista estonteante de magia
Lição de vida fluiu do olhar...
Era o ocaso do meu dia...

O tempo acabando no ocaso ele via, mas o horizonte ainda estava lá... Num local em que se unia e ninguém via, céu e terra no mesmo lugar...

Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...
Parece que nada eu via
Céu e terra num só lugar.

Diante do mar, admirar,
As ondas em harmonia...
Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...

Parte do meu céu, sentia,
Misto de água e luz a piscar...
Vista estonteante de magia
Lição de vida fluiu do olhar...
Era o ocaso do meu dia...

E assim em guerra com o tempo o poeta um rondel conseguiu elaborar... Mas falta o titulo colocar... Mar, ocaso, vida... Ocaso da Vida no Mar...


Ocaso da Vida é Mar...

Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...
Parece que nada eu via
Céu e terra num só lugar

Diante do mar, admirar,
As ondas em harmonia...
Era o ocaso do meu dia
E o horizonte estava lá...

Parte do meu céu, sentia,
Misto de água e luz a piscar...
Vista estonteante de magia
Lição de vida fluiu do olhar...
Era o ocaso do meu dia...

Variar entre as metodologias, na ação, ajuda a tempo ganhar... As várias formas vale a pena conhecer, estudar.

Ibernise.
Indiara (Goiás/Brasil), 04.07.2009.
Inédito nesta data.
Núcleo Temático Filosófico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.

N.B.
Referência a fonte de inspiração: crônica do poeta flavio silver 'inciência'. Influência evidenciada sob o aspecto do ponto vista temático, com alguma confluência a intertextualidade. Aceitei fazer esta composição atendendo a uma espécie de desafio que o poeta Flávio lançou em seu texto.

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=89430

O que resultou neste trabalho quase que em clima de parceria, o que muito me orgulha.

Bjs

Flávio.

 
Autor
Ibernise
Autor
 
Texto
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1936
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Enviado por Tópico
EDCOE
Publicado: 05/07/2009 17:25  Atualizado: 05/07/2009 17:29
Muito Participativo
Usuário desde: 24/04/2009
Localidade:
Mensagens: 79
 Re: GARIMPO DE POESIA
GARIMPEIRO DE PALAVRAS

Poetas, somos tais quais GARIMPEIROS,
Fechados, da Palavra, no garimpo!
Buscando sem cansar um dia inteiro,
Na febre de passar o verso a limpo!

Mas se a motivação fraca se ofusca,
Apenas com o vazio da batéia,
Igualo-me à eles nesta busca,
Tentando encontrar novas idéias!

Nem sempre a inspiração me acompanha,
Às vezes é costume, artimanha,
De GARIMPAR A LÍNGUA PORTUGUESA!...

E malho e remalho mil Palavras,
Trabalho, encontro a idéia que faltava,
E acabo meu SONETO, com certeza!
(Publicado no Luso)aut. Édison Palmer

Parabéns, IBERNISE! É o que nós somos, o tempo todo!

Amei seu texto!

Um abraço fraterno!


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 09/07/2009 12:10  Atualizado: 09/07/2009 12:10
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: GARIMPO DE POESIA
Ibernise,
A palavta que às vezes não sai, mas está lá na alma do poeta, pronta a emergir.
Beijinhos na alma
Nanda

Enviado por Tópico
mariamateus
Publicado: 09/07/2009 17:58  Atualizado: 09/07/2009 17:58
Da casa!
Usuário desde: 16/04/2009
Localidade: Vila Nova de Gaia..Porto
Mensagens: 452
 Re: GARIMPO DE POESIA
Amei de verdade!

Tem razão sim,quantas vezes não consigo transpor para o papel aquilo que vejo e sinto!

Beijo de luz