O meu horóscopo diz que vou morrer hoje

Costumo dizer para mim que quando escrevo, tem que ser de seguida. Pode ter consequências brilhantes ou negativas. Agradeço o comentário, em todos os seus aspectos, e penso que as rimas podiam ter sido exploradas de outra forma. Mas foi como saiu, e não gosto nada de alterar o que faço.

Obrigado pela leitura e pelo comentário,
Abraço

António, vou-te contar uma coisa. Eu tinha a mania de ser assim e era crente. Mas depois parei quase dez anos. Aprendi a estar calado, a escutar, enfim, aprendi a aprender.
Hoje vejo a escrita como uma oficina. A maturidade dá-nos a dimensão das alterações a fazer, das arestas a limar, daquilo que é mesmo necessário alterar.
Depois tens a noção que está como queres e dás-lhe corda sem segurar a ponta.
Não quero dizer com isto que não possa deixar algumas soltas. Deixo. E essas são as poucas que me reservo para alterar na hora da minha morte.
Sem paternalismos, acho que estás no caminho certo e gosto do teu brilhantismo na exposição.
Leio-te com muita atenção e desejo que trilhes caminhos de sabedoria. Tu sabes a direcção, portanto só te resta seguir.
Abraço António.

Engraçado como uma segunda leitura pode mudar a nossa opinião. Foi nessa segunda leitura que não fiquei muito satisfeito, porque as rimas estão algo dispersas e apesar de eu gostar de escrever com algum impulso, gosto de cuidar esse aspecto. O problema, como dizes, pode ser que a dispersão das rimas chama à atenção para o que não rima algures lá no meio.

Cada leitura de qualquer coisa pode trazer algo novo. É uma das coisas que me fascina na poesia, e na leitura em geral.

Abraço