Poemas : 

Completa secura

 
Resvalo
Nas margens
Do rio que não corre

Suas águas secaram

Como se fora
Uma estrada sem trânsito
Ou com um fim
Por saída

Depois
Me seca a garganta

Os raios solares
Me envolvem
Fortemente

Lentamente
Desiderato

É profunda
A secura


António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...

 
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António MR Martins
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/08/2009 23:39  Atualizado: 29/08/2009 23:39
 Re: Completa secura
O rio, a estrada, a garganta... Uma secura num crescendo, devorando a vida. Belo poema. Dá-me uma idéia de que o desejo (desiderato) corre junto com a seca.
Abraço,
Sandra.

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 29/08/2009 23:50  Atualizado: 29/08/2009 23:50
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 Re: Completa secura
Belo poema António, despojado e múltiplo no sentido.

Abraço fraterno
arfemo

Enviado por Tópico
mim
Publicado: 02/09/2009 01:11  Atualizado: 02/09/2009 01:11
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 Re: Completa secura
Quem vai para o Alentejo, devido ao calor está sujeito a ficar sem água...é aconselhável levar sempre a garrafa. Mas no meio das alucinações do calor, nasce sempre poesia da mais bela!

Beijocas para vocês