Poemas : 

#16

 


. façam de conta que eu não estive cá .

escrevo para me não doeres tanto, não te lembro para me doeres ainda menos. as recordações são abismos, desertos naturais, onde me perco. às vezes é por aí que te vejo, a vir do nada, magoada como sempre, os olhos devastados, descascados e duros como fruta ainda verde. talvez chores ainda nos meus sonhos, talvez me apodreças ainda dentro do peito, nunca amadureceste a pele, nem eu queria. e antes que me partas de novo o coração à cabeça, deixa que te diga todas as lágrimas como se fossem poesia. escrevo, choro, para não morrer, ou para morrer-te menos.
 
Autor
Margarete
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Enviado por Tópico
miriade
Publicado: 30/08/2009 21:40  Atualizado: 30/08/2009 21:40
Colaborador
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 Re: #16
È o amor tatuado nas entranhas,em dores que o tempo oxidou,mas continua latente feito brasa em cinzas. belissiiiiiiimo, poetisa, bjs Lu

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/08/2009 21:50  Atualizado: 30/08/2009 21:50
 Re: #16
Cicatrizante!
gostei muito!
parabéns
Edilson

Enviado por Tópico
poesiadeneno
Publicado: 30/08/2009 23:00  Atualizado: 30/08/2009 23:00
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 Re: #16
As palavras como sublimação do sofrimento.






Beijo.

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 30/08/2009 23:19  Atualizado: 30/08/2009 23:19
Membro de honra
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 Re: #16
Deixo-te um abraço e os parabéns por mais uma texto fantástico
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/08/2009 23:53  Atualizado: 30/08/2009 23:53
 Re: #16
a dor, de ti sai sublimada. para ler e reler.

bjs

Enviado por Tópico
(re)velata
Publicado: 31/08/2009 18:53  Atualizado: 31/08/2009 18:53
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 Re: #16
Tenho-te lido e tenho gostado. Aprecio a maneira simples e escorreita como escreves, mas ao mesmo tempo dizendo muito e muito bem. Eu também escrevo para que doa menos ou para que a alegria seja maior.

Parabéns por mais um belo texto!

Beijinho