Júlia costureira (Coimbra)

Prima,

Este poema é uma autêntica obra de arte. Meus olhos brilharam ao lê-lo. Fez recordar-me uma imensidão de coisas. Meu pai teve a sua actividade profissional mexendo com os trapos, tinha costureiras ao seu serviço e, eu miúdo, sempre com elas convivi e senti (hoje venero-as) as dificuldades do seu labor. Minha família vem da região de Coimbra. Eu adoro Coimbra em todos os sentidos, tanto a adoro que dela chego a ter receios. Hoje um grande amigo vai encontrando o seu finar, com imenso sofrimento, internado no Hospital de Coimbra (Celas). Mas estes foram alguns dos aspectos que me vieram à mente neste período em que li o seu poema e continuam a germinar nos momentos em que vou escrevendo estas palavras. Para além de tudo isso considero o seu poema soberbo. Sem exagerar, para mim, será um dos melhores que até hoje criou. Meus sinceros parabéns. Vou considerá-lo favorito, sem quaisquer dúvidas. Meu agradecimento.

Beijinho

Olá, Cristina,
Fizeste bem em me recordar, isto para não dizer: puxar-me as orelhas. Coimbra é o recanto das tricanas, futricas, "doutores" e, mesmo do lado do Japão, orgulhosamente santaclarense, é bom vê-la, lá do outro lado (bendito rio que nos aparta), confesso que a vejo bonita, tal como Júlia costureira.
Um beijo
Xavier Zarco