Poemas, frases e mensagens de LilaMarques

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de LilaMarques

15 anos!!!

 
 
Hoje, meu amor,
O mesmo sol, que me sorriu
No dia em que nasceste
Retorna, 15 anos depois,
E, novamente, me diz:
Ela não é linda?
Não é mais do que esperavas?
Não é filha da minha luz?
Ela não é
A própria música no ar
A fazer da vida encanto?
Ela não é o sorriso aberto
Dizendo que viver é belo?

O sol me ilumina, filha,
E faz-me voltar no tempo
E lembrar-te a buscar
O meu mamilo
Com fome de amor e aconchego
A olhar espantada em volta
Como quem estranha um mundo novo!

Ah, minha linda!
Pego-te no colo,
Envolvo-te em nuvem de amor,
Alimento-te da minha mais profunda música
Para que, com garra, acesses a tua
E cantes, cada vez mais cantes,
Sempre e sempre cantes
A tua genuína música

Aquela que faz a-cor-dar a dançar
Até a pedra reluzente que dorme
Sob as águas translúcidas do rio.

Lila Marques

A você, filha querida, neste dia em que agradeço aos céus, o que tenho de melhor e o meu amor mais profundo!

Um beijo e um abraço apertado,
Mamãe.
 
15 anos!!!

ESCREVER É PODER SER

 
Escrevo,
Porque quando meu coração pesa
Só o papel agüenta a carga.
Confesso para ele meus ódios,
Minhas mágoas,
Minhas dores, meus amores.
Jogo para ele minhas revoltas e
Re-volto melhor.
Refaço-me
Revejo,
Retorno,
Remonto-me.

Escrevo,
Porque o papel
É meu outro.

Com ele posso dizer
O que sinto,
O que vejo,
O que acredito,
As sintonias,
Os sintomas,
O tudo, ou o nada.

Falo, via papel, com o mundo:
Posso alucinar profundo,
Posso enlouquecer em paz.
Posso tudo,
E ainda mais...

Posso até morrer em paz
Naqueles dias
Em que eu pensar
Que já vivi demais.

Lila Marques.
 
ESCREVER É PODER SER

CaminhoS CertoS

 
CaminhoS CertoS
 
Eu não sou um rótulo
Sou uma única pessoa
Eu não sou um guiado voto
Eu não vivo à toa

Eu não sou um número
Nem sou um túmulo
Eu não sou estereó-tipo
Eu sou um fértil-tipo

Eu não sou o que pensas
Eu sou o que sou
Eu não sou desavença
Eu sou busca de amor

Eu não sou nova crença
Sou apenas andança
Caminho ao porvir
E ele dita a nascença

Eu não tenho que ser hoje
O que fui há um dia atrás
O que fui já se passou
Hoje, aqui, muita coisa não é mais

Eu não sou isto
Nem aquilo a que me chamas
Eu sou o que sou
O que meu peito clama

Mas, diga-me, caro amigo,
De que interessa
Saber se eu vivo
Sem ou com pressa?

Segue teu rumo
De peito aberto
O teu caminho
Para ti, é o mais certo!

Lila Marques.
 
CaminhoS CertoS

FEMININO

 
FEMININO
 
Neste dia,
Homenageio o FEMININO!
O intuitivo, o profundo,
A coragem, a gestação,
A meiguice, a docilidade.

A garra, a força,
A esperança persistente
A fênix re-nascente,
A sensualidade transbordante
A intensidade

O choro recorrente
Que procura a lua
Para desaguar...

Homenageio, mais que a mulher,
O FEMININO.

O fé-minino no homem
E na mulher:

A delicadeza, a gentileza,
O olhar além,
A alma livre,
A genuína beleza...

Lila Marques.
 
FEMININO

IMPRESCINDÍVEL (Poema declamado por: Vóny Ferreira)

 
 
Quando a luz do teu sorriso
Toca o meu
E o espelho do meu quarto
Nos reflete
Lá em cima há mansidão
No azul do céu
E o amor como que em ondas
Se repete.

Há em nós a alquimia
Dos sentidos
Nos meus dedos o teu toque
Tatuado
Nos meus sonhos o teu corpo
Em mim suado
Nos meus dias, tua alma
Na minha trançada

O meu mundo se tornou
O nosso mundo
Nossos dias
Minha vida se tornou
O nosso amar
Te preciso, meu amor,
Como a semente
Não prescinde da água
Para brotar.

Lila Marques.

Nota: Às minhas queridas Vóny Ferreira e Ana Sofia
os meus agradecimentos cheios de emoção.
Um presente desses, embrulhado em puro afecto enche o coração de alegria. Beijo enorme em cada uma.
Lila
 
IMPRESCINDÍVEL (Poema declamado por: Vóny Ferreira)

DESABROCHAR

 
DESABROCHAR
 
O amor tocou-me o peito
Abriu fresta precisa
Que o sol precisava entrar!

Iluminou os botões das flores
Que dormiam na água salgada
E floriram o meu despertar

Orquídeas, meu amor, orquídeas
Eu tenho hoje
Para te dar!

Rosas, meu amor, rosas
Retrato
Do meu desabrochar!

São para ti, amor
São sim
Que tu as viste acordar...

Lila Marques.
 
DESABROCHAR

MINHA PASÁRGADA

 
MINHA PASÁRGADA
 
É primavera. O sol raia lá fora e me chama para um novo dia. Olho da janela e parece que a vida se configura toda em um belo retrato: avisto uma montanha linda ao longe e algumas casinhas rústicas por entre caminhos de terra.

Aqui, na roça, o céu é mais azul e à noite, as estrelas podem aparecer. Além disso, os vaga-lumes são também estrelas pelo chão deste paraíso. A música silenciosa ao fundo dá alento à minha mente tão aturdida. Toda essa Arte acalma a minha alma angustiada da confusão metropolitana. Estou mais para vegetal ou animal silvestre. A “civilização” me amedronta e confunde. Tudo sofre de paradoxo. O que se diz de um jeito, se desdiz, em seguida, de outro.

Resolvo andar descalça pela terra ainda úmida e vou caminhando distraída, sentindo um prazer nos pés que se espalha por todo o meu ser, de repente levanto a cabeça e vejo, na frente da casa ao lado, umas crianças brincando de pique-bandeira (ali, ainda se brinca muito desta brincadeira). Cada uma traz no rosto um sorriso branco próprio de quem guarda no peito a liberdade de ser naturalmente criança, descontaminada. Admiro, perplexa e misturada.

Sento à beira do caminho e, percebo as cócegas das lágrimas correndo pela face. Fico parada a contemplar a brincadeira e a água do córrego seguindo seu curso, transparente e musical...

Lila Marques.

Fonte da imagem: www.google.com.br
 
MINHA PASÁRGADA

GUARDO-TE

 
Fiquei te pensando
E te guardando
Em meu regaço
Amando-te
Tal qual tu és
Amando-te ainda mais, até!

Fiquei te afagando,
Preenchendo-te com amor,
Com paz, com cio,
Com carinho, ternura, com jeito,
Paixão. Desejo.

Te amei com minha mão
A passear-te, tocar-te
A alma com calma
A abraçar-te forte em meu peito
Que sente a tua falta
E a minha ânsia de ti.
Trouxe-te para perto,
Beijei-te a sorrir:
É a ti que amo
E que chamo em meu sentir
E que sinto em meu chamar!

Que aprendo
Cada dia, mais e mais,
A guardar em meu sonhar...

Lila Marques.
 
GUARDO-TE

CAMINHO DE ÁGUAS...

 
Mora nos olhos
Mais puros das crianças
O poder de enxergar
Para além da poluição.

Mora no voo
Da gaivota mais audaz
O nome que permanece
Depois dos temporais.

Mora no peito pulsante
Do poeta mais genuíno
Um jeito de profeta
A transparência de um girino.

Mora no templo
Dos deuses, mais que sagrado,
Um caminho de águas
Nunca d’antes navegado.

Lila Marques.
 
CAMINHO DE ÁGUAS...

VALSA DOURADA

 
 
Deslizo, sim
Neste salão de sonhos
Sou dama encantada
Em valsa dourada

Deixo-me ir
Na música
Que embala
O coração
Que baila

Danço, valseio,
Em compasso
De abraço
Enlaçado
Perfumado
Furta-cor.

Música dos sonhos,
Leva-me leve
Em alegria completa
Nos passos do meu amor?

Lila Marques.
 
VALSA DOURADA

AMO-TE (Dueto de Vóny Ferreira e Lila Marques)

 
 
Caminho pelas tuas entranhas
E nem sei a direção
Encontro-te num silêncio
Intenso
E, no entanto, nem sequer sinto
O c a l o r das tuas mãos.

Ah, meu amor!

No meu peito
Queima dia-a-dia o fogo ardente
Que faz-me tua
Num fulgor crescente
Torna-me nua
Num desejo premente.

Amo-te!

Com a força
Vinda da alma
Como um raio
Que no céu se espalha,
Como a onda
Que estoura
Dança
E desfalece na praia.

Ah, amo-te!

Como lua cheia
Trazendo a clareira
Como a estrela
A brilhar a noite inteira
Como aurora
A chegar com a luz

Sem imaginar sequer
O que virá
No transcorrer do dia...
 
AMO-TE (Dueto de Vóny Ferreira e Lila Marques)

MAGIA

 
MAGIA
 
Sou nascente vultosa
A desaguar
Em teu leito
Sou rosa
A brotar no teu peito,
Sou luz percorrendo o teu corpo,
Sou olhar
Que te admira
Absorto!

Sou gemido
Saindo das minhas entranhas
És cantiga
Que me acende chama tamanha
Somos sol, calor, juventude,
Arrebol, mar sereno, quietude.

Tu adentras meu silêncio fecundo
Silencias e me olhas profundo,
Somos ondas que se propagam no ar
Na força física contida nesta magia
Inexplicável e intraduzível
De amar.

Lila Marques.
 
MAGIA

PRECE AO MAR

 
 
Encanto-me em devaneios
Imagino-nos
E me delicio.

Desculpa-me
Se não sei te amar
Sem ansiar por ti
Anseio pelo teu sorrir
Colado no meu
Anseio por nossos olhos brilhando
Fitando-nos, mutuamente

Amo-te intensamente...

E o que ouço
Nesse silêncio que me circunda,
Permeia-me a alma,
É que é a ti que eu abraço
E afago com emoção em meus braços
E entrego-me a este laço

Penso-te
E sinto-me plena
Evoco a magia do mar
Sagrado
Intenso e sereno

Para que na força
Da sua imensidão
Na beleza do azul infinito
Zele por nós
E mantenha nosso elo
Tão bonito!

Lila Marques.
 
PRECE AO MAR

DESBAFO DE UM PROFESSOR...

 
Com ar imponente, coluna ereta, saúde completa, arrumas tua mesa, tomas posição, só depois, te dignas a olhar-me de soslaio, como para um ser menor, e dizer-me:
- sua identidade.
Pensas: será que tem condições? Será? Será que pode aproveitar esta insalubre oportunidade que estou lhe dando?
Olha, o poder faz as pessoas tão grandes, que se esquecem totalmente da realidade e a recortam sob um olhar absolutamente incoerente!
POR ACASO, alguém está me dando alguma oportunidade? Quanto mais tu! Esqueceste que, tal como tu, estudei, fiz uma prova, passei e conquistei um lugar? Medíocre? Sim, medíocre. Sabes por quê? Porque é um lugar no qual se trabalha sob péssimas condições, muitas vezes sob o comando de pessoas com a sensibilidade totalmente aniquilada, como tu, por exemplo, e ainda se ganha uma remuneração pequena.
Mas, vamos ao que interessa: aqui, senhora, estás exercendo o poder de fechar-me esta porta, certo? Olhas para mim, vês diferença, não é? Lês, relês com desconfiança os papéis, procuras, pões-me em absoluta adrenalina e... Medes minha pressão: Oh, está alta! Julgas. Sim, tua função é julgar. Realiza-te julgar, não é? (Conta-me, aqui, em off...) Que delícia poder escrever: INAPTA. Que poder maravilhoso! Que prazer! Este pequeno e diferente ser não poderá, não tem condições de se esfolar neste trabalho espetacular de nível zero de qualidade! Não pode mais adoecer por causa dele, a sociedade já o adoeceu antes... Chuta-o, agora,!
Só servem aqueles que ainda têm sangue novo a ser alimento dos vampiros, e que tenha a pressão no lugar, mesmo submetido a situações de esforço e stress. Quando o seu aluninho lhe der um tabefe, a pressão deve se manter no lugar, deve ter sangue de barata. É este o tipo que queremos.
Olha, a senhora não se desespere se não for considerada apta, viu? (deveria mesmo eu me desesperar por não me considerar apta para este trabalho? Ou deveria torcer para isso?) Ainda há uma chance de ser “tão feliz como nós”.
Ouço isso, imóvel, sob absoluta tensão: sou obrigada a inverter as mãos das ruas.
Ah, inverso da coerência!
Lei da sobrevivência!
INDECÊNCIA!
Faz sentido viver invertido?
Para que serve viver a vida todo o tempo tentando se manter vivo?

Lila Marques.
 
DESBAFO  DE UM PROFESSOR...

CASARTE

 
CASARTE

Minha casa sou eu
Janela aberta ao alvorecer
E ao crepúsculo
Ao céu azul luminoso
E ao temporal tenebroso
Sou eu.

Minha casa é meu ninho,
O caminho que eu sigo,
Meu abrigo,
Morada dos meus amigos,
Do meu amor.

Minha casa é clareza
Imensidão e beleza
Minha casa é a certeza
Da medida de ser feliz.

Minha casa me acolhe,
Me escuta, me recolhe,
Minha casa é gaita-de-fole
Tocando pr’a eu dançar,
Minha casa é luz e amor
A me alimentar.

Minha casa é meu regaço
Onde passo horas a me ninar...

Minha casa, eu limpo,
E convido os Deuses do Olimpo
Para, dela, virem cuidar.
Chamo as Musas para
Virem, nela, morar,
Espalhar por toda parte
Arte, Arte, Arte,

Pois que a Arte é minha pró-cura,
Pois que a Arte é a minha estrutura,
Pois que a Arte é a minha própria cura!

Lila Marques.
 
CASARTE

FESTA EM ALÉM-MAR! (P/Vóny Ferreira)

 
 
Hoje o céu amanheceu colorido
As gaivotas fazendo alarido
Pelo meu jardim tropical

Meu jardim de grama molhada
Exala um odor perfumado
Nos ares lá daquele lado

De repente, bem leve e fagueira
Na folha da bananeira
Pousa uma bela borboleta

Rodopia no ar atrevida
Reluzente e cheia de vida
E a cigarra se põe a cantar.

Há festa em algum lugar
Parece que em além-mar
Na terra de grandes poetas!

Camões comemora de onde está
Caeiro se sente exultante
E em versos se põem a falar:

Hoje faz anos a nossa discípula
Aquela de coração grande
Que faz brotar flores das pedras

Festejemos com nossa alegria
Enviemos-lhe a nossa energia
E nela se faça a poesia!

Amiga, não podia deixar de homenagear-te. Primeiro porque o mundo ficou mais rico nesta data, no momento que que tu chegaste por cá. Segundo, porque os poetas agradecem a tua presença. Terceiro, porque és uma amiga muito querida, que jamais esquece de homenagear um amigo!
FELICIDADES!
MUITA POESIA!
UM BELO DIA!

Lila Marques.
 
FESTA EM ALÉM-MAR!  (P/Vóny Ferreira)

PROMETO

 
Prometo.
Prometo que te espero
Ao raiar do dia
Olhar-me através
Do espelho da minha alma

Prometo.
Prometo que te espero com calma
Sempre com a certeza
De que amanhã
Será um dia ensolarado
E continuarei assim
Ao teu lado.

Prometo, meu bem,
Prometo.
Prometo, olhos nos olhos,
Que te espero a sorrir
Para ver em mim nascer uma flor
Quando o teu peito ditar
Os primeiros versos de amor

Prometo.
Prometo, sim, apenas
Que nas ondas do mar,
Serenas,
Esquecerei de todas as penas
E mergulharei contigo
No infinito abrigo
Que o sonho mais delicioso
Inteiramente a nós
Oferece.

Lila Marques.
 
PROMETO

DÓI EM MIM (À amiga Vóny Ferreira)

 
A dor de um amigo
Dói em mim.
Do choro de um amigo
Correm lágrimas nos meus olhos.
Quero ser, despretensiosamente,
Um pouco de alívio nessa tua tristeza;
Quero ser, se é que posso,
Um mínimo de suporte nesse teu desamparo;
Quero ser um ombro confortante
Nessa hora doída
Em que a noite negra insiste
Em esconder-te a lua e as estrelas...

Com o meu carinho e amizade,
Lila.
 
DÓI EM MIM (À amiga Vóny Ferreira)

Tristes Olhos

 
Tristes,
Meus olhos humedecem,
Pensei que tinha te visto,
Engano meu.
Percebo o quanto choro
A saudade de ti
Que de mim se escondeu.

Triste, meu peito me diz
Que passo a passo
Te afastas de mim.
Sigo, assim, sem compasso,
Encolho-me em meu abraço
Com gosto de fim.

Lila Marques.
 
Tristes Olhos

EN-CANTAR-SE

 
Encantar-se
É reencantar a vida
É ver o céu mais azul
E a estrada mais colorida.

Encantar-se é saciar a sede
Com a luz do dia
É ver o belo
Em tudo o que se anuncia

Encantar-se é cantar para si mesmo
A sua melodia
É ninar-se no seu próprio colo
E aliviar na vida a agonia

Encantar-se
É saber viver plenamente o cenário
No imaginário
É permitir-se retornar ao que é mais primário
Sentimento primeiro e único motivador:

AMOR:

Preventivo e curador.
 
EN-CANTAR-SE