Poemas, frases e mensagens de dgaudio

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de dgaudio

A DOMÉSTICA

 
DOMÉSTICA

Em pé sobre os umbrais da porta
Aguarda aquele que não marcara
Com o olhar distante contempla
A rua em sua peculiaridade vista.

Em seu coração a esperança e certeza
De uma vida em labuta constante dita.
Em sonhos e aflitos apelos espera ela
Pelo momento de hora feliz simplista.

...Em abraçar o sonho de sua vida,
Onde almeja ser servida à servir
Pela vida que lhe impusera sua sina
De mulher Valquíria em abrupta luta.

Em pé sob a porta e os umbrais da vida
Esperara ela... Por alguém que não virá
Em tristes lábios, carente e simplória.
Por uma doce ilusão que lhe atormenta...

Por toda uma eternidade que jamais
Mudará destino implícito ao rebento.

A doméstica! Mulher indomável em si!
Valquíria por sua labuta de vida em si.
Mas espera em seu coração e umbrais...
Por alguém que não virá amá-la jamais.

Triste a cantar o lamento de loba no cio
Mas o lobo não virá, nem sua alcateia,
Pois o sapo não virá a ser seu príncipe.
Nem virá o príncipe pela doméstica.

D`Gáudio Procópio
 
A DOMÉSTICA

PORTAL DAS ALMAS

 
PORTAL DAS ALMAS




Se de repente eu tiver um soluço de enfado,
Pela ausência de uma lágrima que cai,
Não será ao leito que chora o cansado peito,
Nem pela amante chorosa que se vai.

Será pelas notas, nunca escritas,
E as desarticulações da existência
Das verdades não contadas em vida,
Pelos soluços abortivos duma sina!

Não se dará que o acaso da tua ausência
Seja minhas desventuras, poéticas e castas;
Nem seja teus dias solenes, meu sofrimento,
Que de serenos, só a distância: Dor e pranto!

Não tão longe, distante... Nem tão perto!
Um passo adiante... No encantamento!
Talvez, o destino de todos: Confinamento!
Ao eterno descanso da mente e do corpo!



D`Gáudio Procópio

Poema do livro PORTAL DAS ALMAS
REG. NA B/N 520794
 
PORTAL DAS ALMAS

DEZ MANEIRAS DE SE LIVRAR DE UMA PEDRA NO CAMINHO

 
DEZ MANEIRAS DE SE LIVRAR DE UMA PEDRA NO CAMINHO

( Vamos derrubar o mito da pedra no caminho)

Se você se deparar com uma pedra em seu caminho, não tente removê-la.
Procure uma fórmula ou meio de contorná-la.
Por algum motivo alheio a sua vontade ela foi posta em seu caminho.

Os prováveis motivos e como superá-los

 Motivo — 01 = Você é muito especial e precisa provar isso.
 Motivo —02 = Você é hábil em resolver problemas e encontrar soluções
 Motivo —03 = Você é uma pessoa muito dedicada e competente, portanto, todos dependem de você.
 Motivo — 04 = Alguém está querendo colocar você à prova e testar seus conhecimentos.
 Motivo — 05 = Procure uma solução plausível e demonstre que você não é um zero à esquerda.
 Motivo — 06 = Não deixe que uma simples pedra lhe estorve o caminho e impeça seu sucesso.
 Motivo — 07 = Nunca entre em choque com uma pedra! Afinal, é uma pedra e você é você!
 Motivo — 08 = Não destrua a pedra, o resultado poderá desastroso.
 Motivo — 09 = Em alguns casos, a pedra está apenas na sua cabeça, ou seja: você é a pedra.
 Motivo — 10 = E por último, não ligue para o que dizem sobre você; já que a pedra é um objeto inanimado. E voce tem a dádiva da vida.

D `Gáudio Procópio
 
DEZ MANEIRAS DE SE LIVRAR DE UMA PEDRA NO CAMINHO

ESPERANÇAS

 
ESPERANÇAS

Deitem os grãos em covas rasas.
Pouco importa a terra seca.
Esperem a chuva que ela chega.
Em dias vindouros tereis vingas.

Deitem os grãos em terra seca.
Cedo a espera cessará – Longa!
Este sol que arrasa a terra.
Queima o verde e suga a água.

Dentre os dias e bravas lutas
O rebento vai brotar: Espigas!
Bate o vento! Sopram as folhas!
Que alegria! Viva a vida: Bonecas!

Deitem os grãos em terra seca a covas rasas.
Aleluia! Vai chover! Um rebento Ora! Vejam!
Lindas folhas, belas vingas! – Que bonecas!
Abre a terra, soltam os frutos – Que espigas!

D`Gáuio Procópio
 
ESPERANÇAS

IDEOLOGIA HUMANISTA

 
IDEOLOGIA HUMANISTA

NOVA IDEOLOGIA POÉTICA HUMANISTA. Terceiro milênio, século XXI, agosto de 2011 d.C. local, Brasil, América do Sul. No calendário cristão e segundo as crenças apocalípticas época em que precede ou se inicia o fim do mundo, ou seja: momentos que antecedem a volta do Cristo Redentor, Salvador do mundo. A saber, salvação dos justos e castigo dos pecadores. Mas isso é só para os adeptos do cristianismo, Santíssima Trindade, salvação e arrebatamento dos fieis pela volta de Jesus Cristo filho de Deus. Único Deus e salvador do mundo na pessoa do seu filho Jesus Cristo, através da renovação pelo batismo e renascimento da criatura. A estes e para estes não muda muita coisa, visto que os adeptos desta modalidade e crença, em geral e por direito ou devoção são tementes a Deus. O que é muito louvável, não importa sua denominação. Mas aos que desconhecem estes preceitos e valores cristãos por praxe e desvirtuação da criatura, desvio de conduta, afiliação maligna e devoção satânica, a vida e o respeito aos direitos humanísticos são peças figurativas e adereços desnecessários destituíveis. Tornando o ser humano em um peão sem valor num grande tabuleiro dum jogo de xadrez. E esses indivíduos, mestres em xadrez e exímios jogadores com o direito de decidirem quem vive e quem morre. Daí e por isso entra a grande questão do momento: “A IDEOLOGIA HUMANA” na concepção destes “SENHORES DO DESTINO”
. E como poeta, pensador, estudante da bíblia e filosofista. Por consequência da situação, me vi na obrigação de adequar a poesia em “UMA NOVA IDEOLOGIA POÉTICA HUMANISTA” compondo e versejando alguns versos poéticos com esta temática, no intuito de levar os leitores a uma reflexão sobre o tema. E desde já e agora, conclamo, convoco e instigo os nobres poetas e cronista da geração atual e futura, direcionarem suas ideias poéticas e filosóficas para o tema em questão.

Nominando-os da seguinte forma:

EVOLUÇÃO E TEMPO
CRIADOR E CRIATURA
FAMÍLIA
DIREITOS HUMANOS
RELIGIÃO
DIREITO A VIDA
AMOR AO PRÓXIMO

Nestes termos, defino minha poesia como uma nova ideologia poética:
“IDEOLOGIA HUMANISTA”

Por D`Gáudio Procópio

Teresina, 27 de agosto de 2011.

CONTATOS além deste site enviar e-mail para= dgaudioprocopio@hotmail.com
 
IDEOLOGIA HUMANISTA

A MENIA QUE NÃO SABIA BORDAR

 
A MENINA QUE NÃO SABIA BORDAR

Obs: Vejam a ousadia e perspicácia de uma jovem com apenas 14 anos. Baseado em uma história real

Papai eu quero uma sandália!
—... ?
Papai! O senhor está me ouvindo?
—...?
É muito bonita a sandália. Vi em uma loja de calçados no centro.
—...?
O senhor sabe que já estou crescidinha. Já tenho 14 anos e preciso de um calçado. As minhas amigas todas têm um calçado bonito, só eu que não tenho. Tenho até vergonha de sair na rua. Estou cansada de ir para o colégio de japonesa.
—...?
— Pai! O senhor tá me ouvindo?
O pai estava ouvindo sim. Mas não conseguia falar. Não tinha forças e nem coragem, como explicar para filha que ele o pai, deveria e queria dar tudo para suas três filhas, mas não tinha condições. Era um trabalhador assalariado e o que ganhava dava mal para o sustento da casa. Afinal ele era o pai e mãe daquelas três crianças. Cuja mãe o abandonara deixando-o com as crianças ainda pequenas para criar. O que ganhava como pedreiro era insuficiente; aquilo lhe atormentava! Tinha vontade de sumir! Desaparecer num buraco. Mas não podia afinal ele não era um monstro. Ou um pai desnaturado. Ele amava suas filhas e iria criá-las custasse o que custasse. Estava de costas para a filha, com os olhos marejando, não queria que ela percebesse que estava a chorar. Disfarçou um pouco a voz e respondeu com a voz um pouco embargada: minha filha eu não posso te dar. Você sabe que não tenho só você! Tem suas irmãs, e para comprar para uma, tenho que comprar para as outras. — Tudo bem papai! Eu entendo. Não se preocupe! Eu vou trabalhar então eu vou lhe ajudar. Ajudarei o senhor e minhas irmãs. Vou procurar emprego. Ela tinha consciência da sua pouca idade, mas era determinada e não iria desistir do seu intento.
A noite foi dormir, mas não conseguia dormir direito. Sua cabecinha estava cheia de preocupações e sonhos. Sabia que não seria nada fácil. Mas não iria desistir. Ela sabia que tinha uma vizinha dona de uma lojinha próxima a sua residência; a manhã iria procurar emprego lá. Bolou de um lado ao outro da cama por algumas horas até que foi vencida pelo sono.
— *** —
— Bom dia papai!
— Bom dia minha filha!
— Pai, eu vou procurar um trabalho hoje.
— Onde!
— Eu estou pensando em ir à lojinha da dona Rita. Quem sabe ela me arranja qualquer coisa, eu quero é trabalhar. Como de costume, o café já estava à mesa. Seu pai levantou cedo e o fez. Ela também fazia o café, mas naquele dia acordara atrasada, pois dormira um pouco tarde e talvez por remorsos o pai não a acordara. — Pois vá minha filha! Qualquer coisa suas irmãs ajudarão no almoço.

Ela foi ao banheiro tomou seu banho, colocou sua melhor roupa, tomou seu café e saiu. Ia torcendo para que tudo desse certo e conseguisse o emprego. Caminhou um pouco e logo chegou à loja. Não era muito longe, dava para ir a pé.

— Bom dia dona Rita!
— Bom dia minha filha!
—...?
— Em que posso ajudá-la?
— Meu nome é Amália.
— Muito prazer!
—...?
— Eu quero trabalhar, a senhora teria um emprego pra mim?
— Você sabe bordar?
— Não senhora.
—...?
— Mas eu preciso trabalhar Dona Rita! Lá em casa só tem meu pai que trabalha, e ganha pouco, por que ele é autônomo. Trabalha como técnico de som e vive só de bicos. E eu tenho duas irmãs mais novas, minha mãe largou meu pai deixando nós ainda pequena, desde então meu pai tem se desdobrado para cuidar de nós. E eu quero comprar minhas coisas, entende? Como roupas, calçados, mas meu pai não pode me dá, o que ele ganha dar mal para nós comer: outro dia eu pedi para ele uma bolsa e uma sandália, e ele me respondeu que não podia dar, por que tinha três filhas, se desse para uma teria que dar para outras. A senhora tá me entendendo? Eu não sei bordar, mas se a senhora me ensinar eu aprendo. Eu sou inteligente e aprendo rápido.
Eu preciso trabalhar para não passar fome e não quero mendigar nem pegar no alheio. Sou pobre, mas sou descente. Por favor, dona Rita, me dê uma chance de trabalhar garanto que a senhora não vai se arrepender. (enquanto ela falava seus olhos encheram de lágrimas e ficou com a voz embargada)

A Dona Rita comovida com a história da menina e com sua desenvoltura e ousadia dela. Ficou muito impressionada com sua situação. — Muito bem minha filha! Minha lojinha é pequena como você pode ver, não dá pra pagar muito, mas posso lhe pagar meio salário. Se você quiser pode começar agora.
— Quero sim! Respondeu a menina com os olhinhos brilhando de alegria.
— Pois entre aqui. Levou ela para uma sala ao lado, pegou uma cesta com algumas linhas, agulhas e uns pedaços de tecidos cortados de tamanhos iguais.
— Comece por estes, quando você tiver mais práticas irá bordar os vestidos e blusas.

Muito contente por ter conseguido seu primeiro emprego, ela acomodou-se na cadeira, pegou os materiais e começou ouvindo atentamente as instruções que dona Rita lhe dava. Seus olhos marejaram um pouco pela emoção; procurou disfarçar, mas Dona Rita percebeu. Fingiu que não tinha visto e começou a lhe ensinar.
—*** —

A menina trabalhava na loja durante o dia e nos fins de semanas trabalhava num salão de beleza. Muito contente por ter conseguido esses dois trabalhos, se desdobrava para ajudar em casa na comida do seu pai e suas irmãs ainda pequenas, que também lhe ajudavam nas tarefas de casa. Passado 30 dias chegara o dia de receber seu primeiro salário. Muito contente e ansiosa aguardava o momento de pegar seu primeiro tostão; só então ela saberia qual a emoção de ganhar seu próprio dinheiro. Afinal trabalhara duramente arduamente todos os dias e queria ser recompensada pelo seu esforço. Era menina sofrida, daquelas que se tornam adulta antes do tempo.
Chegou o dia do seu primeiro pagamento, muito contente recebeu seu dinheiro e muito contente guardou em sua bolsa. Não demorou muito e foi à loja onde vira a sandália que ela queria e comprou, aproveitando a oportunidade comprou também uma bolsa e algumas coisinhas para suas irmãs. Fez também umas compras para casa, tais como alimentos e gêneros de primeiras necessidades. Chegou a sua casa muito radiante foi logo abraçando suas irmãs e esperou seu pai chegar da rua. Quando ele chegou abraçou-o e com os olhos marejados mostrou a seu pai o que havia comprado e deu-lhe também um presente.
—***—
Passado algum tempo, ela completou dezessete anos e entrou na casa dos dezoito. Já no último ano do ensino médio procurou um estágio. Matriculou-se numa empresa de intermediação entre empresas e estagiários.
— Bom dia!
— Bom dia!
— Eu vim cadastrar meu currículo.
— Pois não?
— Eu quero me candidatar à vaga de estágio.
— Você tem preferência?
— Não! Qualquer função me interessa.
— Pois bem! Preencha aqui esse formulário.
—...
Preencheu o formulário e entregou-o à recepcionista e ficou na expectativa. —... — Aguarde em casa que ligaremos para você quando surgir uma vaga.
Dias depois estava ela em casa quando recebeu um recado da vizinha:
— Amália tem uma ligação para você!
Muito ansiosa ela foi atender a ligação
— Alô!
—...
— Sou eu...
—...
— Certo.
—...
Desligou o telefone e com um ar de felicidade exclamou: arrumei um estágio em uma clínica médica.
***
Chegou o dia da entrevista e ela não perdeu tempo. Na hora marcada lá se encontrava.
Arrumou-se toda, colocou sua melhor roupa, pegou o ônibus e com o endereço em um pedaço de papel se pôs a caminho. Chegando a clinica e apresentou-se na recepção.
— Bom dia!
— Bom dia!
— Eu vim para uma entrevista de estágio.
— Muito bem, sente-se e aguarde um pouco.
—Muito obrigada.
Passado algum tempo veio uma funcionária da clinica e chamou as candidatas. Pediu para que elas subissem ao andar de cima onde seria efetuada a entrevista. A entrevista era feita individualmente, uma candidata por vez. Amália estava um pouco apreensiva, mas estava confiante. Logo chegaria sua vez de ser entrevistada. Ela estava distraída com seus pensamentos quando ouviu seu nome:

— Amália!
— Sim! Pois não?
—É sua vez, entre!
Amália adentrou na sala e lá dentro sentou-se em uma cadeira que lhe ofereceram. À sua frente estava uma mulher de aparência jovem e um senhor com jaleco branco e tinha um nome escrito na borda superior do bolso: Dr. Kleber.
— Bom dia! — saudou Amália:
— Bom dia.
— Sente-se. Amália sim?
— Exato!
— Bom dia Amália, eu sou Márcia, administradora da clínica e esse é o Dr. Kleber diretor de RH.
Após algumas perguntas de praxe sobre as pretensões do candidato o Dr. Kleber perguntou para Amália.
— Por que você quer trabalhar, quais as suas pretensões? Conte-me um pouco de você, faça um resumo de sua história de vida, fale-me de você.
— Bem Dr. Não tenho muito que contar, mas vou falar um pouco de minha vida. Lá em casa somos quatro pessoas, tenho duas irmãs mais novas, moramos com nosso pai, pois minha nos largou ainda pequenas. Ela abandonou meu pai para fugir com outro, deixando nós ainda criança. Desde então meu pai tem se desdobrado para cuidar de nós três. Agora o senhor imagina um homem com três crianças ainda bebês, para trabalhar e cuidar das crianças a vida não tem sido muito fácil para nós e à medida que nós íamos crescendo foi aumentando as nossas necessidades e as despesas da casa. E toda vez que eu pedia uma coisa para meu pai, uma roupa, um calçado ou uma bolsa que fosse nova, meu pai dizia que não poderia dar...
— Por quê?
— Ele alegava que tinha três filhas e se desse para uma teria que dar para as três. E com isso não dava para ninguém. Então resolvi procurar trabalho e quando eu tinha apenas 14 anos fui a uma vizinha minha que tinha uma lojinha de confecções e pedi trabalho a ela. Ela então perguntou se eu sabia bordar, por que ela trabalhava com bordados. Eu respondi que não, mas se ela me ensinasse eu aprenderia por que precisava de trabalho para ajudar meu pai e minhas irmãs. E ela comovida com minha história me arranjou o emprego. Aceitei e aprendi não só a bordar como outras coisas. E por esse mesmo motivo estou pedindo aos senhores. que me arranje esse estágio.
Márcia olhou para o doutor e percebeu que ele estava com os olhos marejados, mas não disse nada.
— Quando você terminar seus estudos, que área você pretende fazer na universidade?
— Eu pretendo fazer direito.
— Nós também vamos lhe dar uma chance. Você começa na segunda feira.
— Muito obrigado doutor!
***
Na segunda feira bem cedo lá estava ela pronta para trabalhar. Tinha uma preocupação, suas roupas eram poucas e ela iria trabalhar numa clínica chique, que atendia a elite da cidade. Mas tinha que ir em frente, pegou sua melhor roupa, uma calça jeans e uma blusa branca. Sabia que na clínica davam fardas, mas enquanto não recebesse a sua teria que usar as roupas pessoais, que não eram muitas. Duas calças e duas blusas. Vez por outra perguntava: “quando é que chegam as fardas?” Visto que a loja estava demorando na entrega. Percebia-se a sua aflição pela ausência das fardas. Até que finalmente chegaram as fardas. Seus olhos brilhavam de alegria, parecia que estava recebendo um presente. Estava contente com seu trabalho, apesar de ser apenas um estágio, mas aquilo lhe renovava as esperanças e lhe dava um novo ânimo para continuar sua jornada em busca do seu sonho. Afinal, ela estava trabalhando, e o trabalho dignificava sua personalidade. E assim, a menina que não sabia bordar obteve êxito em sua primeira conquista no mercado de trabalho. Sua meta agora era a universidade.

DGáudio Procópio

Proibida a reprodução total ou parcial e cópias com fins lucrativos com ou sema identificação da autoria sem autorização do autor. Lei de direitos autorais (Lei 9.610 de fevereiro de 1998)
 
A MENIA QUE NÃO SABIA BORDAR

DESDENHA I

 
DESDENHA I



Desdenhas! Deste amor que a ti é dado
Desdenhas! Deste amor que por ti fora
Em outrora apaixonado, enlouquecido!
Desdenhas! Deste amor que não quisera.

Embevecido pela paixão, desconhecia a razão
Em outros tempos, outras épocas. Embora!
Quiseste um dia eternizar uma sofrigdão.
Mas ficara na ilusão, por uma vida inebriada.

Desdenhas! Deste amor degradado e sofrido
Que em rios de lágrimas foram por uma vida
A ti, em prantos ofertados, tanto quanto sonhado.

Desdenhas bem! Deste amor que tanto fora
Por um tempo apaixonado, louco; mas...
Que hoje desconheces a razão da indiferença.


D`Gáudio Procópio
 
DESDENHA I

DÊ UMA CHANCE

 
DÊ UMA CHANCE

... E que a vida não seja apenas sonhos,
Mas que os sonhos se realizem todos.
Para que os momentos amargos
Não venham sobrepor-se aos afagos!

Haja sempre a esperança na alma
Ao que está abatido e desesperançado.
Mostremos a ele que há no universo
Um alguém que nos ama demasiadamente!

Esse alguém deu a vida por nós...
Mas espere!... Você fala de Jesus?!
Sim! Mas não só de Jesus Cristo!...

Alguém mais morreria por você,
Ou quem sabe já morreu!
Deu a vida por você! Sua mãe por exemplo.

Você tem amigos. Olhe em volta de você
Você não está sozinho. Dê uma chance!
Deixe alguém provar que te ama. — PARE!

NÃO PULE AINDA!

D `Gáudio Procópio
 
DÊ UMA  CHANCE

CEGO E SURDO

 
CEGO E SURDO PARA O MUNDO

Procuro não escutar o mundo
Para não ouvir vosso pranto.
Procuro não entender o mundo
Para não ter que ouvir e sofrer
Ao lamento de uma criança,
E do menor abandonado.
Da mãe que chora a perda
Na dor de uma criança triste
No desamparo do filho órfão
Perdido na multidão adulta
Sem saber que destino seguir.

Procuro não escutar o mundo
Para não ouvir terríveis gritos
Daqueles não têm um lar
Não tem um pedaço de pão
Não põe na mesa a comida
Pois não tem como comprar.
Na família que perdera o rumo
Perdera um filho para as drogas
Para traficantes e o narcotráfico.

Prefiro não escutar o mundo
Para não sentir as terríveis dores
Daqueles que choram as perdas
Na dor lancinante aos que morrem
Nas mãos de assassinos sanguinários.
A agonia dos que perderam tudo
Carregado nas águas da enxurrada
Em catástrofes da natureza.

Prefiro não escutar o mundo
Para não ver a fome e a miséria
Assolando os pátrios nossos
Irmãos abandonados e pobres
Desprovidos da liberdade
De ir e vir sem pagar
Pagar por tudo na vida
Na República do tostão
Onde manda quem tem mais.

Prefiro não escutar o mundo
Para não sentir a terrível dor
Do homem que rasga o peito
Em dor e odores de vil agonia
Que gera e despreza a honra

Prefiro não entender o mundo
Para não ter que compreender:
A dor do filho que chora,
Por não ter ao seu lado um pai.
Pelo abandono do genitor.

D`Gáudio Procopio
 
CEGO E SURDO

INDECÊNCIA POÉTICA

 
A indecência poética é indiscrição da carne
Corrompida pelo pecado em prosa e versos.

D`Gáudio Procópio
 
INDECÊNCIA POÉTICA

SERTAO E MORTES

 
SERTÃO E MORTES

Mãos que ostentam
Olhos que veem
Terra que queima
Sol que arrasa
Fome que mata
Chuva que falta
Seca que devasta
A tênue esperança

Dor que não passa
Sons que ecoam
Lágrimas que rolam
Crianças que choram

Meu Deus! Que será
Desta terra querida?
Por que a maldade
Está sempre ao lado
Do homem, que mata
Um pobre coitado?


Que não tem um teto
Nem ao menos um pedaço:
De sua terra querida,
Para arar e plantar.

D `Gáudio Procópio
 
SERTAO E MORTES

eu vi um menino

 
EU VI UM MENINO...

Eu vi um menino brigando!
Brigando com sua imaginação.
Eu vi um menino brigando!
Brigando na sua imaginação.

Eu vi um bom menino lutando!
Sua luta era um tanto desigual
Lutava ele num mundo virtual
Visualizando um sonho insano.

Nas mãos possuía uma adaga
Uma adaga ele tinha na mão
Na outra um florim! Alusão!
Alusão a um florim e a adaga.

Eu vi um dócil menino em luta...
A sua luta era toda imaginária!
Imaginando ele uma trágica luta.

Suas armas eram imaginarias.
Sua vida? A dura realidade!
Conviver com violência cruel.

Eu vi um menino sonhando...
Os sonhos? Não eram coloridos
Tristezas e lágrimas fluíam...

Eu vi as lágrimas de uma criança...
Eu vi uma alma triste a chorar...
A alma era infantil e indefesa.

DGáudio Procópio
 
eu vi um menino

DECRÉPITO

 
[center]DECREPITO

Ah! Cruel velhice!
Que rouba minha vida
Enfraquece minhas fibras.

Quem te disse que poderias tu
Levar minha paz, minar a juventude.

Poderias tu, devolver minhas forças
Renovar esta face debilitada pelos anos?

Ainda que sejam, os anos uma dádiva
Queria eu de volta a juventude minha.

Não consigo olhar ao espelho
Sem refletir a ilusão! Assombro!

Puta da velhice cruel!
Impossível evitar
Que venha.

D
G
á
u
d
i
o
Procópio
[/center]
 
DECRÉPITO

O FRACASSO

 
O FRACASSO

Não culpe a outrem por teu rude fracasso
Nem deixe a incompetência te suplantar.
Mas busque em ti a ineficácia do inapto,
Desobstruindo tua mente vazia ao pensar.

Não busques em outro um provável inimigo
Seja você suficientemente capaz de interagir
E possas tu relutar diante do suposto porvir
Talvez então, serás verdadeiro para contigo.

Não culpe a outrem por teu vil fracasso
Mas olhe dentro de ti; e examine teu ego
E seja então verdadeiro com tua pessosa.

Não culpe a teu irmão pela tua incompetência
Extravase a condição de ser racional e de amar
E será`s então uma criatura digna de ser amada.



D`Gáudio Procópio
 
O FRACASSO

NOVA IDEOLOGIA POÉTICA

 
CONCLAMO AOS POETAS E CRÍTICOS LITERÁRIOS A UMA NOVA IDEOLOGIA POÉTICA:

“IDEOLOGIA HUMANÍSTA”
v CRIATURA E CRIADOR
v AMOR AO PRÓXIMO
v VIOLÊNCIA[/b]
v DESUMANIDADE
v IRRACIONALIDADE
v IMPUNIDADE
v DIREITOS HUMANOS.
v RESPEITO A VIDA
v FAMÍLIA
v RELIGIÃO
AONDE VAMOS PARAR COM TANTA VIOLÊNCIA?
O HOMEM PERDEU A NOÇÃO DO BOM SENSO E O RESPEITO A VIDA
JUÍZO FINA L II

Por que todos falam de um amor sincero,
Se tudo está perdido nos sentimentos?!
Por que cantam a um amor apaixonado,
Se tudo não passa de uma grande ilusão?!

Tudo está perdido, nada mais escapa!
Destas bestas desumanas, desvairadas.
Juram um amor eterno à alma gêmea.
Comem a carne, bebem o sangue: Vida

Onde está o amor? Propalado mediador:
Entre a vida e a violência: Que desolador
Desconhecem a razão da própria existência.

Para que falar de amor? Se ainda há tempo!
Para o que se havia perdido – no infindo tempo
Por que logo chegará: O justo Juízo – o tempo.

D`Gáudio Procópio
 
NOVA IDEOLOGIA  POÉTICA

A QUÍMICA DO AMOR

 
A QUÍMICA DO AMOR

O amor...
É um sentimento traiçoeiro
Que desperta a ira
Transforma a alma
Confunde a razão
Destrói uma nação
Devasta um reino
Provoca uma guerra
Arrebata ilusões
Divide os homens
Separa os amigos

O amor...
É um sentimento mesquinho
Que insufla à paixão
Enlouquece o coração
Provoca loucuras
Desconhece razões
Transcende os limites

O amor...
É uma faca cravada no peito
Um sentimento ferrenho
Uma dor sem concerto
Uma garra “gelada”
Que aperta o ser
Estraçalha a alma


Não tem cheiro
Nem cor
Não tem forma
Nem massa
Não é sólido
Nem gasoso
No entanto ali está
Não tem peso
Nem fórmula

O amor...
Não se define
Simplesmente se ama
E se deixa amar
O amor... É o amor!

D `Gáudio Procópio
 
A QUÍMICA DO AMOR

A MAGIA DE ENSINAR

 
*A MAGIA DE ENSINAR

Ser mestre é trilhar o intenso caminho da luz
Como a verdade na senda da vida, que induz
Ao conhecimento mágico que a tudo reluz,
Pela nobreza dos sentimentos que conduz...

A liberdade do indivíduo, pela magia das letras,
Em meio a um universo de indoutos opera.
A arte de ensinar a escrita, que a todos liberta.
E liberdade é um sentimento nobre que inspira
A auto confiança de uma nação, que manifesta
A qualidade e supremacia da cultura adquirida.


Ser mestre é ser doutor, ser professor, instrutor;
Ser dotado de rica inspiração, para despojar-se
Do sentimento individualista e do pálido egoísmo;
E não isolar-se num mundo cético e mesquinho.
Desprender-se do materialismo. E, ao “Dom,” entregar-se.
Ser mestre é ser indiferente a raça, credo e a cor.

Despertes em ti, ó professor! O mais nobre dos sentimentos:
O desejo e o ato de ensinar; construir conhecimentos.
Pois tu sempre serás lembrado pelo teu adestramento.
Pois ser mestre, é ser Professor: Um precursor eternizado.

D`Gáudio Procópio
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*Homenagem ao dia do professor – U. E. Pref. Freitas
Neto/2006
 
A MAGIA DE ENSINAR

SANGUE POR FEL

 
SANGUE POR FEL

Verte em jorros de gomos ao fio de fel
Sangras languidamente em tua palidez
Ao fel do reles e a insalubre insensatez
Pelos muitos percalços dum conto infiel.

Vertes em jorros de uma fonte escarlate
Pelos vasos insuficientemente renitentes.
Vertes e sangras, ó virgens de muitas luas!
Nas dísticas e divagantes “personas” nuas.

Divagas e vertes em tuas “personas” virgens
Pelo fio do fel que jorra fervilhante e viscoso
Divagas e disertas em ébria mente e vagante.

Vertes e jorras! A sanha insurreta da insuficiência
Em jorros de fel pelo amor e pelo sonho - ao vinho!
Ao vinho e ao “deus” Baco. Afrodite, a “deusa’’ do amor.

Ao sonho ilustrado! Por, “Hera!”
A Rainha dos deuses!
Ao Épico!
e à D`-
Gáu-
dio:
P
O
E
T
A
.
D`Gáudio Procópio
 
SANGUE POR FEL

COMO CÃES

 
COMO CÃES

Bebem contigo e comem à mesa
Sentam ao lado e batem nas costas
Tapinhas que escondem a estirpe.
Falso é pouco para tanto: a farsa
Bebem e comem da tua comida,
Consomem tua cerveja e riem.
Mas traem a si e a todos. Insanos!

Como cães abanam o rabo e babam
Latem até! Se estalar... Deitam e rolam.
Como os cães que bebem e uivam:
Seu odor exalam impureza e avareza.
Mas são cães! Não se podem esperar...
Mais que mordidas no calcanhar...

São cães, e como cães viverão...
Eternamente!... Atormentados!
Falsos amigos que uivam ao vento.
Verás que são todos volúveis e podres.

Porque são cães que ladram atrás...
Da carruagem da vida... A liberdade...
Apodrecidos ficarão seus corpos:
Na estrada da derrota... Vergonha!

Porque são cães! Não mais que cães!
Independem do sexo! Indeferem a cor!
Áurea sem brilho! Alma incolor!
Porque são cães! E como cães...
Padecerão!... Mas segue o poeta!
Porque ele é poeta! Um passo a frente
Do cão que só ladra e baba... Nada mais!
— Os cães!...

D`Gáudio Procópio
 
COMO CÃES

O MISERÁVEL

 
O MISERÁVEL

A miséria é teu manto sagrado
O infortúnio teu destino selado.
Desgraçadamente vil e marcado
Descaso sarcástico: degredado

Por paga o soldo do insalubre fel
Em cálix amargo sempre o infiel.
Que de trágico virou cômico réu.

Tua miséria é teu manto sagrado,
Teu infortúnio, vã destino amargo.

A dor é a harpa que afaga pranto,
Tão somente em destino mirrado.


DGP
 
O MISERÁVEL