O sinal
Abre-se o livro de madrugada,
Entra o sol através da janela fechada.
Ouvem-se os primeiros sinais de harmonia,
Começa outra vez, um novo dia.
Enquanto a alma desperta
o coração permanece alerta.
Voando na nuvem dos mil sentidos
Os olhos abrem-se enfraquecidos,
Navegando no mar da serenidade
Espera-se por alguém com ansiedade,
Aguardando por novidade,
Que mate toda a saudade.
O silêncio do sonho
Retrata-se acordado e risonho,
Um sinal de um segundo
Abre-nos as portas do mundo.
Este é o meu primeiro poema na comunidade. Tenho 18 anos e admito estar com um pouco de receio das avaliações acerca do mesmo. É um pequeno poema que escrevi num dia em que acordei menos contente. Espero que seja compatível com o gosto de todos.
Cumprimentos.
João
O que é meu, eu sei... O que é de todos descubrirei
Comparo a vida a uma melodia
Sem saber as notas que nos tras um novo dia...
A excitacao de viver e de recordar
as boas memorias de quem nos fez amar
Salvo a humanidade pela escrita,
pela a satisfacao de um sorriso
a passagem de uma palavra bonita,
uma mistura de emocoes sem aviso...
Da minha vida sei so eu,
aquela que tiram e a que alguem me deu,
a forca do nosso ser, amante e corajoso
na calma do meu ser, o meu mundo maravilhoso...
De mim sei so eu,
da felicidade que alguem me prometeu
da magoa que me ofereceram sem rancor,
na dor do meu primeiro amor...
A dor, todos a conhecemos,
somos nos que a damos, fomos nos que a concebemos
temos a tarefa de mudar,
de unirmos as maos e sonhar...
"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus."
Fernando Pessoa / Alberto Caeiro
Vontade do querer
Comparo a vida com as teclas do piano
Por vezes, com dias claros
Intercalados com dia negros
Ouço tocar a melodia do meu medo,
Escuto uma voz que sussurra
E que me tenta contar um segredo.
Tento fugir de notas baralhadas
Por mais que suba,
Não vejo o fim das escadas.
Cordas prendem-me à parede
Grito, tento escapar e de repente...
Tudo à minha volta cede.
Ouço ao longe o som do novo erguer,
Levanto-me com o objectivo de não me perder
Sei que não posso evitar o sofrimento,
Mas algo não sai do meu pensamento.
Sei sempre o que faço,
Se desistir?
Já estou a meio caminho para o fracasso.
Ja sei o que vai ser...
Hoje quero criatividade
acompanhada de escrita,
servida dentro da verdade
so compreende quem acredita
Para o fim, um pouco de humildade
Recheada com um abraco
Traga-me num amor de barro
A coragem e o doce sabor de um cigarro...
A criatividade nao tem limites,
Tu podes sonhar ser o que nunca vais ser,
Podes fingir ser o que nunca foste.
Mas a verdadeira personalidade, so existe dentro de nos.
Truques de outrora
Hoje quis ser feliz e saltar barreiras,
Revivi a altura de todas as brincadeiras.
Viajei por montanhas e vales de esperança,
Vi o mundo através dos olhos de uma criança.
Ri, chorei, caí e me levantei.
Corri, saltei, sofri e amei.
Fiz tudo o que já não sei.
Fui feliz e saltei barreiras.
Revivi a altura de todas as maluqueiras.
Hoje sou criança e aproveito,
Tudo o que a vida me dá eu aceito.
Larguei o stress e a rotina,
Voltei a cortar papel e cartolina.
Aprendi a andar de bicicleta,
Saudei um mundo com uma marioneta!
Voltei a sentir a emoção de receber um presente,
Senti o que uma criança sente.
Hoje pedi pizza para o jantar,
Quis uma musica de embalar.
Pedi um desejo antes de adormecer:
Quero ser criança, quero sorrir sem ter que sofrer.
Após uma longa ausência, espero que este pequeno poema se encaixe nos gostos de todos nós. Por vezes, falta-nos libertar a criança existente em nós, aquela atitude espontânea que todos temos. Não falo de mim, mas dos que me rodeiam.
Um grande cumprimento para todos os leitores, escritores e apreciadores.
Toque de prazer
Calafrios no peito quente
Ecoa vontade emergente
Alto da proa da paixão...
Arde, queima, sente!
Peripécias, aventuras ao relento
Olho para ti... Atento
Estudo-te no auge do querer
Para mim, para ti... Prazer
J.B - Recriação