Supermercado!
Já que as crônicas sobre Supermercados estão em alta no luso, e, tocado pelos escritos da Bertha Mendonça e do Pedro Geraldo, decidi contar meu segredo.
Logo após o casamento, levava a esposa ao supermercado, onde comprávamos todas as delícias que víamos, sem preocupação com preço ou composição.
Muitas frutas, algumas verduras e legumes, carnes, peixes. Trazíamos gêneros de primeira, segunda e terceira necessidade, doces, muitos doces, frios, de todos os tipos, e mais: Todas as bobagens deliciosas que eram anunciadas... Não faltava o bacalhau e o bom azeite.
Meses deliciosos... Cozidos, assados, pizzas, lazanhas, pudins, sorvetes, pudins, outros pudins, outros sorvetes, tortas, etc., etc.
- Benzinho, vamos preparar uma lazanha?
- Claro... Eu estava mesmo pensando nisso...
Tempo bom! Até ela se encontrar com a balança! Quando menos eu esperava, ela me disse:
- Você engordou!
E eu, disfarçando:
- Que bom. Eu estava tão magro...
Só que eu notei que ela se referia a ela própria, e até elogiei sua silhueta, mas não adiantou.
Supermercado virou um suplício.
Verduras, legumes, verduras, soja, verduras, frutas e verduras. As delícias? Passavam longe! E então EU comecei a emagrecer, até virar freguês assíduo da confeitaria, para manter a forma (arredondada, lógico!).
Hoje, mais maduro, vamos às compras e eu fico cuidando do carrinho, além de “cuidar” das compras.
Ela pega uma lata de doce, e me entrega, então eu pego mais duas e coloco no carrinho. Quando ela pega algo que eu não gosto, ou acho muito caro, coloco no carrinho errado, e assim vamos vivendo. Na volta, já em casa, ouço frases como:
- Puxa! Não sei por que comprei dois vidros de palmito!
- Eu não lembro de ter pego esse queijo, nem estes bombons...
- A gelatina diet não veio!...
Fora esses inconvenientes, a vida corre bem. Tirando minha dificuldade de perder peso, estamos tranqüilos. Acho que é a genética!