Poemas de dedicatória

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares da categoria poemas de dedicatória

A Minha Carne É Feita De Livros

 
 
A Minha Carne É Feita De Livros

A minha carne é feita de livros...
de histórias da carochinha
vividas no vapor da boca
que no adeus da aurora
cobriam de magia
o tormento do meu travesseiro

A minha carne é feita de livros...
encaixados à força da régua e do carimbo
do "tens que aprender a lição!"
enquanto lá fora...
a saia primaveril que vestia os meus sonhos
me inundava de interjeições...

A minha carne é feita de livros...
e rogo a quem os abriu
o milagre de jamais os fechar...

Luiz Sommerville Junior, 2010

In a Madrugada Das Flores, Edição Waf-Corpos Editora.

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A Minha Carne É Feita De Livros

palavra de poeta

 
as horas vão se afastando da margem
O vento muda o percurso das ondas
passa por uma jarra, fica tudo tão parecido
nas áreas claras do mapa
como cabelo, igualando os dois lados.

um fogareiro, um cobertor
pinto as unhas, com as mãos sobre a bíblia.
as coisas que eu não posso
sorrio com alma de mulher
e, com a mesma boca, desculpo te
... por ser tão bonito

quando acabas no meio da frase
não faço idéia do tempo
deixo tua falta, indicando tua presença
a palavra que me falta.
perco o lápis que ganhei... só de fazer versos pra ti
vou junto com o lápis.
as palavras me dissipam, não morro de verdade.
tomo o lugar delas (...)

Vânia Lopez
 
palavra de poeta

Ser mulher e flor

 
Ser mulher e flor

Sedutora a imagem feminina,
a cascata que corre num rumor
de loucuras brandas, doces gotas
puras, que nos salpicam de amor.

Borda as margens de espuma
acariciando as pedras musgosas
em curvas lânguidas toca as flores
e imagina, mulheres formosas.

Sementes de prazer ali germinam
e asas de borboleta transparentes,
leves, poisam, levam, contaminam.

Sensuais perfumadas, cheias de cor
a mesma elegância e graciosidade
como diferir a mulher de uma flor!

Helena
 
Ser mulher e flor

ENCONTRO

 
ENCONTRO
 
 
O teu jeito, o olhar pulcro
com que me olhas
às escondidas
respiga claro desejo
de arrancar-me da imobilidade
do retrato...

essa ousadia tua
com que teces fantasias
decididamente eu gosto.


converto a solidão da minha face
em sandice, transgressão
que extravasa
no que cala...

Para ti o meu verso cria
profusão de cores e asas
e eu invento o voo...

para mim, a emoção
de trinar no teu olhar...

Maria Lucia (Centelha Luminosa)

Para quem estranhar a minha presença no site por tempo quase integral, aviso que me encontro de férias. Trinta dias, de merecido descanso. rsrsrsr

Abraços!
 
ENCONTRO

Poeta nas nuvens

 
Poeta nas nuvens
 
POETA NAS NUVENS

O poeta é uma espécie de doido varrido
Vive e morre cantando dores sem cura
É como um mendigo esquecido,
Feliz, eleva a sua musa às alturas.
Canta a tragédia, vive suspirando
Às vezes não cala a sua indignação
Dia após dia se resignando
Repetidamente se apodera dele a emoção.

Chora e soluça, também sonha, sonha...
O Poeta é um sonhador sem vergonha!

Delicia-se a sonhar, carícias e doçuras
Às vezes sente-se ave acorrentada
Outras solta-se nas alturas,
Ou fica errante p'la estrada
É veloz, tem asas de condor
Tudo ama, tudo o cega, vive de amor.

O Poeta cria seu Mundo à parte
Não se conforma em perder
Com muito engenho e arte!?
Escreve de manhã ou ao anoitecer.
De voz clara fala de outrora
Da distancia infinda, lembranças!?
Fala da flor que murcha agora.
Fala da velhice e da mocidade
Fala dos sonhos, das esperanças
E porque sofre fala também da saudade.

Murmura suas preces sem pausas
Na esperança de respostas receber
Suspira amargurado, indiferente às causas
De tudo julgar ter... e nada ter.
Canta seu Deus, e a Natureza
É fanático p'la liberdade
Mas no seu coração vive a certeza!?
De que um dia morrerá de saudade.

Tem sempre saudades dum bem
Seu coração é de criança sem maldade,
Mas só desse bem lhe vem,
A Poesia com vontade!

Desfia seu rosário em ritmo lento
Finge que a linguagem não é sua
Retém lágrimas ou sorri a cada momento
Imerge da tristeza, e também amua.
Não pára de saciar sua sede ardente
Como um rouxinol, cantando, cantando...
Nas alturas celestes se deixa voando.
Ora se sente ninguém, ora se sente gente.

rosafogo

Poema surgido durante esta viagem, um pouco nas nuvens, mas fi-lo e dedico-o a todos os poetas,
que o venham ler.

Olá aos amigos de quem já tinha saudades.
Um abraço a todos, estou de volta.
 
Poeta nas nuvens

Para todos os Luso-Poetas!

 
Para todos os Luso-Poetas!
 
Não te sintas pequenino,
Se as luzes da ribalta em teus pés não tocarem,
Sente-te feliz como um menino,
Diverte-te escrevendo, vivendo e rindo,
Pois só os cegos, não verão em ti, fascínio!

Não decaias por entre gigantes,
Que nada têm para te ensinar,
Vê-os apenas como os elefantes,
Que há muito cá andam e têm experiência para dar,
Que podem ajudar e momentos partilhar…

Não condenes os vencedores,
Por terem a fama conseguido,
Apenas chamaram mais atenções dos leitores,
Desta vida, deste livro,
Que por eles foi bem merecido!

Não desistas de tentar,
De batalhar por um momento,
Em que possas chorar, rir e contemplar,
Pois de nada serve o sentimento,
Senão for para o mostrar!

Cospe o que sentes, mas deixa para que outro possa pensar e interpretar…

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Dedico a todos os leitores e escritores do Luso-Poemas... Desde os mais lidos aos menos lidos (Sem disitnção).

Pois todos são dignos, e todos são escritores!

Abraços e Felicidades a todos!
 
Para todos os Luso-Poetas!

A flor da alma ( Dedicado à Vóny Ferreira)

 
 
Uma flor que nasce em dias de chuva!
É essa flor que vejo na colina...
Na colina dos incansáveis que choram
E suas lágrimas são gotas santas e clarividentes.
Sim, tua flor é nascitura de tua alma!
Uma alma que busca os oceanos...
Os segredos dos humanos sentidos
Tua alma inspira muitas almas!
Eu me inspiro nela, sempre que leio tuas digitais!
E como sou feliz e aliviada!
A flor que te decora o lábio solto
É a mesma com que quando menina decoravas teu sorriso!
A mesma flor que se abria em abraços ao avô!
A mesma com que todos os dias...incansáveis dias, fazes florir tantos corações de paz!

Dedicado à Vóny Ferreira, uma mulher-poeta que emociona a todos com seu brilho nato da escrita.
 
A flor da alma ( Dedicado à Vóny Ferreira)

Amém

 
é pra você esse poema
como girassóis pelo caminho
água contra a natureza
a primeira tragada da manhã

é pra você
toda palavra que voa
o pulso que treme
minha colheita de milho
tua alma canto baixinho
como pássaros na borda da veste
um punhado de beleza
que ronda o céu do seu peito

passo a vida com teu cheiro
para molhar meu bordado
de lembrar-te
num sentimento fino
do que quer ficar
enquanto você vai em tantos planos

na pausa da oração
... depois do amém

Vania Lopez
 
Amém

ANIVERSÁRIO DE UM BEIJA-FLOR!

 
ANIVERSÁRIO DE UM BEIJA-FLOR!
 
PARABÉNS POETA ELIAS AKHENATON!
06/11/2010

Aniversário de um Beija-Flor!

O dia amanheceu iluminado
O jardim todo em euforia
As flores estão se organizando
Logo mais vai ter festa e alegria

Bela flor quer seu amor homenagear
Um flautista chamou para animar...

É o aniversário de um doce beija-flor
Que o jardim costuma visitar
Dos lábios da sua bela flor
Busca o nectar para se alimentar

Bela flor está anciosa a esperar
Conta as horas para o beija-flor chegar...

Estou falando de um amigo poeta
Pessoa linda que trago no coração
Me junto as flores hoje nesta festa
Poeta Elias meu carinho e gratidão!

♫Carol Carolina

Parabéns amigo querido!
A tua amizade foi um presente
de Deus pois com teu incentivo
foi que comecei a escrever minhas
poesias.
Te levarei eternamente do lado
esquerdo do peito
 
ANIVERSÁRIO DE UM BEIJA-FLOR!

Acenando com amizade

 
O céu no olhar espalma-se
no cintilar das estrelas
que iluminam os seus cabelos.

O sorriso aberto ao mundo
são flocos de neve flutuando
no universo que abraça rezando
pedindo a Deus
por todos os que ama!

Vóny Ferreira
 
Acenando com amizade

de fogo †

 
 
"A aparência humana é forjada em ferro.
O corpo humano é uma forja ardente.
O rosto humano, uma caldeira.
O coração humano, seu estômago faminto."

(Willian Blake)

É tua cena
Meu aplauso
Vociferando
Alento
E
Lima
Aliciando
Do
inferno à pena
 
de fogo †

Invisíveis? Jamais!

 
Viva as negras, brancas e coloridas!
Espero que todas estejam de bem com a vida!
Esse poema é para as novinhas
Também para as vividas!

Mulheres, não aceitem os preconceitos,
Padrões obsoletos,
Nem que venham disfarçados em frases sutis,
Que abaixem sua autoestima.

Não para submissão, abuso, desvalorização
Seja do parceiro, da família, dos amigos
Ou seja vivida no emprego
Não importa a direção! Não!

Nariz empinado sempre
Seja magra, gorda, diferente
Olhem-se no espelho e comemorem diariamente!

Agradeçam por serem fortes, lindas e invencíveis!

Que Deus sempre esteja conosco e perdoe aqueles que não sabem o que dizem e fazem, que são os recalcados e preconceituosos, transformando-lhes as mentes, os corações e as vistas!

Amém!
 
Invisíveis? Jamais!

Isabel Fonseca

 
Entre a angústia e a saudade
Entre as lagrimas e a dor
Surge a paixão como uma tempestade
Num turbilhão cheio de amor.

Os seus poemas são actos
Dignos de um grande romance
E as suas palavras são factos
Que deixam qualquer um em transe

É uma sonhadora romântica
Que ao sabor da lua cheia
Escreve de forma poética
A alma da alcateia.

Desfaz os novelos da sedução
Como um mítico ritual
Emanando uma grande emoção
Na sua escrita sensual…

José Coimbra
 
Isabel Fonseca

O POEMA E A BAILARINA DE PLÁSTICO *

 
O Poema e a Bailarina encontraram-se
Na solidão de um quarto exíguo,
Numa noite sem estrelas nem luar,
À luz de um velho candeeiro de porcelana.
Ele, vive no versos e sonetos rabiscados
De um inacabado livro de mesinha-de-cabeceira;
Ela, presa no mecanismo magnetizado
De uma caixa de madeira pintada à mão.

Ela, deixou-se prender pelo ritmo dolente
Das palavras ternas que ele lhe sussurra
E ele, pelo seu corpo de plástico colorido
A rodopiar ao som de um piano metálico.
Incapazes de se libertarem daquele feitiço,
Aguardam ansiosamente pela noite;
Ela, encerrada na escuridão da caixa fechada;
Ele, nas páginas vazias do livro por escrever.

Quando o poeta se entrega a si mesmo,
Mergulhado na tela colorida dos sonhos,
E seu pincel traça cristalinas paisagens
Sobre cavaletes de espuma e vento;
A magia, todas as noites renovada,
Acende-se na penumbra sufocante do quarto
Libertando os amantes acorrentados
Às frias amarras de um estranho destino.
Ela, das profundezas de um camarim soterrado
Emerge, com seu vestido de seda branco
E um realejo de fantasias por satisfazer,
Enchendo o quarto com arrebatadas danças.
Ele, abre asas e desliza nos céus de papel,
Ao ritmo da melodia que rasga o silêncio
Em exaltados versos que ganham vida,
Imortalizando uma paixão impossível.

* Dedicado a todos os amores incompatíveis, separados por um abismo de preconceitos, ou qualquer outro tipo de barreiras.
 
O POEMA E A BAILARINA DE PLÁSTICO *

Memória em saudade

 
Balancei a memória do tempo
respirei o aroma de outrora
época que as tranças dançavam
no alto dos laços enrolados
pelos teus dedos firmes.

Saltava livre longe dos perigos
caia nos teus braços ternos
no regaço das tuas histórias
finalizadas por beijos suaves
escorridos pela luz do teu olhar.

Podia ter medo do escuro
onde o teu brilho me aconchegava,
sujar o vestido por ti bordado
nas noites que velavas por mim.

Aprendia a crescer segura
nos teus dedos repletos de afagos,
brincava por entre o capim
jogos inventados na imaginação.

Subia às arvores na gargalhada
dos teus temidos avisos,
levava nas mãos as cores das borboletas
pintadas na utopia inocente.

Sentia a porta abrir a cada chegada...

Hoje a porta abre-se
nos vincos do tempo
que a memória eterniza
com as marcas no teu rosto cansado,
nas mãos o mesmo fervor de sempre.

Mas ainda assim,
a saudade espreita na memória,
contudo...
este é o maior amor
e a vida que me dês-te,
és a minha verdade!

Dedicado à minha mãe.
http://www.imeem.com/">
Vivaldi:" rel="nofollow">http://www.imeem.com/elfyie/music/KMh ... autumn/">Vivaldi: The Four Seasons--LAutunno [Autumn] - Vivaldi
 
Memória em saudade

A despedida, é o instante derradeiro...

 
 
Há um momento
Suspenso
No vazio do tempo...

Um momento
Em que a vida nos mostra
O quão frágeis somos
E o nada em que nos tornamos

Um instante
Perturbante
E errante
Ante o pressentimento
Do inevitável

O confronto
Entre a vida
E a morte!

Escapou-me algo...
Um grito mudo
Macilento
Possante
Lancinante
E sufocante!

Agiganta-se o sentimento
Perante a imponência
E a impotência
Da perda

E do tanto que era
Ficou tão pouco...

Restaram as lembranças
Que a alma guardou
É o que tenho
Um resto de nada...

Mas é o tudo
Que acho no vazio
Em que te procuro

Ainda assim
É tanto
Que tudo é pouco
Para dizer o quanto!

Não me esqueço de ti
Pai
A saudade sabe...
 
 A despedida, é o instante derradeiro...

Inês de Portugal

 
 
..

Inês de Portugal - Nesse Lago Tão Quieto

Tu
que és tão grande
que eu não consigo ver-te
que és por cima
dum céu
vermelho de flores que chora
o verde vida das pétalas em ferida
neste silêncio
em que
"todos os barquinhos
cansaram de nadar"
dizes-me
por que dormes
eternamente
nesse lago tão quieto
por baixo
deste mar?

Luiz Sommerville Junior, in memorian

01 de Setembro 1929 - 04 Junho de 2013
 
Inês de Portugal

As tuas tranças

 
As tuas tranças

Como são lindas as tuas tranças
de belo cabelo preto e brilhante
sei que as suaves ondas do rio
o lavam e tornam assim ondulante.

A risca rectilinea, vem até à testa,
parece um traçado de arquicteto.
O cabelo apartado e bem esticado.
e os dedos hábeis fizeram o resto.

Qual boneca saída de uma caixa
bela e embrulhada em papel de seda
com um lindo laçarote feito da faixa.

Poesia, embrulho também de letras
para lembrar sempre, pela vida fora
aquela menina, das tranças pretas.

Vólena

De coração para a netinha Eureka
 
As tuas tranças

Parabéns princesa

 
Parabéns princesa
 
Raiavam os primeiros sois
com cheiro a primavera,
brotou no meu jardim
a mais bela das flores...

Não planeada
mas desde logo desejada.

Chegas-te neste dia
como a melhor prenda
para a tua família
na alegria de me
tornares mãe...

Foste amada,
mimada, acarinhada
nessa tua beleza feminina.

No oceano do teu olhar
a expressão de cada
sentimento sempre marcada.

Passaram várias estações
com elas sempre chega
a primavera da tua vida.

Hoje és jovem mulher guerreira
lutas com garra pelos teus objectivos,
travas batalhas quase impossíveis...
Ergues bem alto o esplendor
da tua juventude.

Orgulhas os que te amam
pelo teu prestígio...
és a medalha de platina
que a vida me ofertou...
És um exemplo para a juventude
de hoje adormecida...

Vencerás sempre,
porque quem busca os sonhos
com seriedade
e luta por eles
sempre os alcançará.

Parabéns princesa.

Para a minha melhor amiga que também é minha filha.

http://www.imeem.com/">
Happy" rel="nofollow">http://www.imeem.com/people/Z1S7x8a/m ... _birthday/">Happy Birthday - Piano
 
Parabéns princesa

Desassossego do Poeta

 
Desassossego do Poeta
 
eu queria compreender-te a alma, poeta!
conhecer a tua desmedida ânsia de amar
vislumbrar o mundo onde habita
a tua alma inquieta...

imaginei que pudesse humanizar o divino
que existe em tua veia pulsante
trazer-te para o chão um só instante
para escutar de perto a cítara
que vibra em teu coração...

sondar-te os arcanos insondáveis
no sagrado momento em que recolhes do cotidiano
os rastros de sorrisos e de lágrimas
retalhos anônimos de faces sem nomes
para compor os teus poemas canções...

mas, apenas consigo
captar as ondas da emoção
que carregas em segredo,
misto de prazer e de medo
sob o véu do teu aconchego...

escravo e senhor. Dominado e dominador
assim, é, poeta, o teu mundo em desassossego
poesia destravada, de incoerência e paixão
labareda atirada a esmo
capaz de incendiar livre o mundo de fora
tão cheia de ti mesmo!

Maria Lucia (Centelha Luminosa)

Re-publicando...
Em homenagem aos poetas e poetisas do Luso Poemas.
 
Desassossego do Poeta