Poemas, frases e mensagens de sarcopio

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de sarcopio

Sobre portas abertas e outros quetais...

 
Ah! As fantasias... Sempre fizeram parte das vidas de cada um de nós. Certo que apenas algumas adquirem o status de realizadas, enquanto que a maioria continua habitando o imaginário. Acalentando momentos conspícuos ou não, mas sempre causando frisson a cada vez que nos reportamos a elas.
E por falar em fantasias, às “ entre quatro paredes" são “ hors concours”. Apimentando relações ou satisfazendo desejos de solitários apaixonados pela própria mão, nelas vale tudo: as palavras picantes, obscenas, os gestos mais ousados num momento previamente calculado, liberação da libido em publico, transas em lugares inusitados, uso de aparelhos e por ai afora vai neste mundo cada vez mais liberal.
À procura de algo que fosse novo nesse quesito “fantasias alheias", não pensei que poderia existir algo novo, que temperasse mesmo. Algo que até então não houvesse sido fantasiado ou experimentado. Mas, achei algures, exercitada por alhures uma inusitada. Sim. Ela: a porta, ou as portas.

“ Portas, portões e portais...
portas abertas e outros quetais.
Incitando a imaginação dos poetas
até agora não dados à essas tretas...

Já pensaram na conotação quando alguém diz que vai deixar as portas abertas? Pois eu pensei. Pode ser uma porta que nunca foi aberta, ainda com o plástico da loja. Dessas portas pelas quais nunca ainda ninguém passou. Ou uma porta acostumada a deixar entrar qualquer um, já meio arregaçada e com as dobradiças tão frouxas que nem fecham mais.

“ Portas abertas são um velado convite,
a quem quiser servir-se do acepipe,
uma porta escancarada é muito chique,
dizem que por isso o Titatic foi à pique.

Mas, uma porta é uma porta e nada mais. E o dono da casa é quem decide quem entra. Não tenho nada a ver com isso.
 
Sobre portas abertas e outros quetais...

Pássaro desgraçado

 
Linda era a tarde de verão,
ainda a rememoro com ternura,
Na pracinha sob o caramanchão
abraçados, minha não na cintura.

Muitos beijos então trocados,
acenderam nossos desejos
o calor dos corpos colados
sugeria outros ensejos.

Afagando suave seus cabelos,
minhas mãos ganharam as costas
perdidos estávamos em desvelos
eu nem esperava as respostas.

Galgando a linha da cintura
alcancei os recôncavos macios
você com carinha de pura
só gemias baixinhos cicios.

Foi quando ouvi estridente
um alerta que assustou
- Bem te vi, dizia insistente
e com nosso enlevo acabou.

- Bem te vi, bem te vi - repetia
chamando de todas a atenção
não sei quem era, nem o que via
mas foi o fim da nossa sessão.

Sai dali bem consternado
frustrado mesmo, imensa a ira
daquele pássaro desgraçado
que berrou a todos que tudo vira.
 
Pássaro desgraçado

piercings nos seios da bola azul

 
início deste mês de junho,
a bola azul continua girando,
girando como paciente,
engessado em cama de hospital.
em volta como pó fresco,
nuvens de gases azulados

Sempre gostei de tatuagens,
como vejo na bola pendurada
continentes como teias de aranha
e as fossas abissais
como piercings de umbigo

Não disse nada a ninguém,
também não vou mentir.
não vou perdoar
o dia em que a bola azul
colocar piercings nos seios
para enfeitar o Himalaia.
 
piercings nos seios da bola azul

O GATO COMUNISTA

 
O GATO COMUNISTA
 
era uma vez um gato comunista
na cozinha procurava comida
achou uma suculenta torta mista
e tratou de se banquetear

mas, eis que surge de repente
um outro gato, rajado,
ao comite filiado
diz ele: - abra a porta
antes que se farte
divida comigo a torta
respeita o partido,
- nosso baluarte!

Responde o comilão
" - Intempestivo o aparte" "
Nem tudo se reparte,
tudo tem sua arte,
portas e tortas,
o partido é à parte."
 
O GATO COMUNISTA

ANTES UM TOMATE QUE UM ABACATE

 
Se na vida,
num embate
atirarem
um tomate,
é disparate,
mas finja que não foi nada.

Dê risada
dessa cilada,
sonora gargalhada.
Sossegue a espada,
um herói não se abate
no ardor do combate.

Se não puder vencer,
pelo menos empate.
Para arremate,
faça uma salada.
Aguarde a virada
e agradeça
que não foi um abacate.
 
ANTES UM TOMATE QUE UM ABACATE

TENTE UMA MELANCIA

 
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'

Não é capaz de beber suco

nem uma limonada

não consegue comer uma salada,


tente outros alimentos

peça a alguém uma melancia
 
TENTE UMA MELANCIA

teto do andar de baixo

 
Desta vida nada se leva
diz o dito do populacho,
e nele sempre me encaixo.
Então, não seja tão orgulhoso
se morar no andar de baixo;
o teto do seu apartamento,
é somente o assoalho de alguém,
a menos que more na cobertura,
mas nem por isso a soberba depura.
 
teto do andar de baixo

O restolho da sopa de repolho

 
gerador
de anidrido sulfídrico
fermenta inclemente
vence o quimo
o quilo o aumenta
suspirando pela latrina
no baixo ventre do pimpolho
o restolho
da sopa de repolho
 
O restolho da sopa de repolho

Quando a calha

 
Quando a calha de piúva entope,
isso me deixa tão xarope,
já antevendo água na cumeeira,
fico pensando só besteira;

E num esforço quase bélico
da engenharia hidráulica hodierna,
ainda meio assim que famélico,
verifiquei no teto da caverna
sinais de infiltração aquosa
já emanando fase gasosa.

Quando a calha atrapalha,
quando a calha só me falha
por que a água não escoalha.
precisando de uma toalha
ou ate mesmo uma mortalha
amarrada com cordoalha
pra formar assim uma malha
senão toda água se espalha
vem do alto da cimalha,
já vencendo a batalha.

Não havia muito a ser feito,
urgia para corrigir o defeito,
efetuar o nivelamento da calha
- ou coisa assim que valha -
a corrigir o rumo da chuva,
represada pelas folhas da piúva
que se para enfeitar de roxo servia
para entupir tudo tinha mais valia.

Ultimados os reparos na laje
frutos da inundação na garage,
sopesei consternado o prejuízo
suspirando, sofrendo num paraiso.

Quando a calha faz bandalha
me apaga a fornalha
nem sequer deixa migalha
Jurema me chama de canalha,
diz que é coisa de gentalha,
diz que quero uma medalha
ou qualquer coisa que valha
mas para mim só vem migalha.
 
Quando a calha

QUANDO AS ROUPAS CAEM

 
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é triste, mas é verdade,
é mesmo a realidade:
muitos amores morrem
quando as roupas caem

sozinhos no quarto,
depois de um beijo
ela sorriu marota
apontando a cama.

Ela ainda sorria,
quis mostrar-me o dote,
ia ficar nua
começou pelo saiote.
meu corpo recua
quando tirou a peruca.
só tinha cabelo na nuca
cobrindo o cangote

Sacou a dentadura
colocou num copo
na maior caradura
tirou a blusa
era meio corcunda
jogou longe a saia
caíram-lhe as nádegas
o sutiã de bojo
a seguir arrancou
o que segurava lá
então despencou
os peitos de riba
foram parar na barriga

Foi então que resolvi
tomar uma decisão
disse-lhe convicto
mais não queria não:

“- pode parar.
Perdeu! Fica parada!
não faça mais nada
se tirar a calcinha
vai levar porrada”

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Este é um texto é uma mera ficção e pretende ser engraçado e divertir a todos.
Caso você sentir-se ofendido(a), peço desculpas. Saiba que não foi essa a intenção.
Se achar que o texto é ofensivo, inapropriado ou preconceituoso, favor deixar sua opinião. Se for o caso, será retirado.
Gratos a todos.

Sarcópio.

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" Dois amigos conversam:

- Cara, eu odeio ir em festa de casamento!
- É mesmo? Por quê?
- As minhas tias sempre ficam falando "O próximo vai ser você! O próximo vai ser você!"
- Putz... é fogo! Mas eu conheço um jeito de você fazer elas pararem...
- É mesmo? Como?
- Começa a fazer a mesma coisa com elas nos funerais!"
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QUANDO AS ROUPAS CAEM

Silêncio pervertido

 
Palavras não mudam com os séculos
mesmo alterados alguns significados
descrevem as diversas paixões,
indiferentes lábios apaixonados,
pairando nas linhas de amor,
ou contagiosas na perseguição expressa...
Tudo é permitido,
desde a mentira ou bajulação,
um bom combate sempre é bem vindo;
pervertido seria o significado do silêncio.
 
Silêncio pervertido

DIA A MENOS

 
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Assim bradou irritado o imperador,
ao descobrir que o mês de julho
tinha mais dias do que o seu.
- “ Nenhum Júlio vai ser mais César do que eu”
Tratem de resolver essa pendenga
disse aos astrólogos imperiais.
Não sei como vão fazer
mas eu quero um dia a mais.

Não havia outra via
para acabar com o berreiro.
A solução foi tirar um dia
do pobre mês de fevereiro

Obs. Por isso o mês de fevereiro tem um dia a menos. Esse dia foi acrescido no mês de agosto, para não ficar com menos dias que o mês de julho.
 
DIA A MENOS

CAVALEIRO DA MEIA NOITE

 
O cavaleiro da meia noite,
deixou o seu cavalo lá fora,
mas não está sendo cavalheiro
já que não tirou a espora.
 
CAVALEIRO DA MEIA NOITE

MULHERES BONDOSAS NÃO ESTÃO NO MAR

 
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em Roma o amor está ao contrario
apagaram-se as brasas em Brasília
certo que nada lhes dou em Daca
mas será que há filas na Filadélfia ?

Um céu de beleza plena,
foi o que vi em Viena
de bom grado em Belgrado
percorri céu e terra.
Diga se é verdade:
se cão berra em Canberra
alguém ri em Riad?

Vi a lua que anda em Luanda
dá-se carros em Dacar
não sei se me ama
muitas damas de Damasco
nunca viram bruxas em Bruxelas

Mulheres ímpares, senhoras únicas,
usam as túnicas de Tunis
fazem desenhos de Cartum
com esfuminho importado
dizem que não há mal em Praga
nem bem que dure em Bengasi

Dentro de uma semana,
diga o que há em Havana
se não há brancos em Pretória
conte mais uma história
Para mim acho que tanto faz,
se há eleições livres em Tirana
ou se não há guerras em La paz.

os carteiros de Jacarta
não são diferentes da gente,
bebem aguardente em Genebra
suspiram por seus amores
vêm flores em Florença
continuam na pia crença
que são artistas e convivem
com telas que vivem em Telaviv.

notícias estrondosas
mulheres bondosas sempre estão secas
as más estarão no mar em Manágua ?

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MULHERES BONDOSAS NÃO ESTÃO NO MAR

Cume do céu

 
Cume do céu
 
 
Cume do céu

Crocodilo ao sul do Nilo

 
Crocodilo ao sul do Nilo
 
foto do site freeimages.com

Num dia de sol escaldante, calorento e tranquilo,
um senhor réptil avantajado, com ares senhoris,
rastejando, matreiro vai, deixa o silo sem estrilo,
sai esfuziado, sem grilo, do cafofo onde tinha asilo.

Ardiloso ser foi se bronzear entre lótus e papiros,
esse perverso reis das águas, desde Madagascar.
Queria tirar um cochilo, modorra em grande estilo,
tostar-se um pouco só ao arrebatado sol do Nilo.

Sonhou que era príncipe, trazia um anel de berilo,
destruiu à dentadas, sem dó troncos de madeira ,
todos enganosos galhos secos que flutuavam por lá,
astucioso escondendo no lodo fecundo do fundo
as coisas ruins do dia anterior, com olhar rubicundo.

Foi sonhando que viu Luxor, o fascinante Vale dos Reis,
as batalhas de karthum e o esplendor de Alexandria,
ao recordar segredos revelados por Roseta, ele sorria.
Ainda modorrento vê que a água escapa, ludibriante
se vai toda lenta, cativante, fluente entre os dentes
para desagrado restando do estimulante peixe suculento
só mesmo o gosto sem atrativos da água barrenta.

Mas já que era seu destino, desanimado não reagiu,
nem antevendo um deslumbrante quarto de gnu,
estimulado ficou sonhando com charmosas zebras
acepipes irresistíveis,tão imaginários e sedutores
recém caídos das galantes galeras de Cleópatra.
 
Crocodilo ao sul do Nilo

QUE VENTO FOI ESSE AGORA ? ( para Jurema)

 
Que vento foi esse agora,
vi pela janela que lá fora,
tudo parado, calmaria,
nem uma palha se mexia.

Enquanto lia num almanaque,
tenho certeza que senti a brisa,
um ventinho de destaque,
com forte odor de pizza.

Não, não foi minha impressão
sequer também foi achaque.
não vou iniciar discussão
antes que a minha ira aplaque.

Jurema, não disfarça,
não vou ser seu comparsa.
Sei que veio de “tu”
tão cruel e cobarde ataque,
esse vento saiu do cano
repercutiu como atabaque:

- Você soltou um traque?.
 
QUE VENTO FOI ESSE AGORA ? ( para Jurema)

Para aos poucos

 
Mais um feriadão delicioso,
quatro dias de leseira,
contemplando o povo ocioso,
nesta crise passageira.

Entramos no possante,
eu, os piás e a Jurema,
para a praia sempre avante
esse era o meu sistema.

Um franguinho com farofa,
refrigerante, a cervejinha,
a maionese que quase mofa
no tuperware da vizinha.

Ainda na descida da serra,
Jurema disse dos receios:
_ “ Vê se desta vez não erra,
e cuidado com os freios”

Quando a descida começou,
lá na curva do laranja,
foi que a coisa desandou,
- até ali só dava canja.

O possante carregado,
foi ganhando velocidade,
na ladeira desengatado,
deixou Sampa na saudade.

Já prevendo o perigo,
Jurema gritava “pracarai” ,
cutucava meu umbigo,
rezando um “crendospai”.

Foi preciso minha intervenção,
para acalmar a filharada,
mais Jurema na locução,
- a coisa estava danada!

“- Jurema, nada tema,
que nós não somos loucos,
não tem nenhum problema
este carro para aos poucos.”
 
Para aos poucos

A BOILADA

 
A BOILADA
 
era ela.
mas na esquina não foi.
Olha! passa um boi,
passa uma boiada,
ela continua sentada.
Olha quanto boi,
nunca vi tanto boi assim.
Seria este o fim?

voltei na esquina
ver a boiada
passou mais boi
o boi se foi
olhei para cima
vi um urubu
que voava tranquilo
no céu de brigadeiro
ao ver aquela cena
sorriu matreiro
e gritou lá de cima:

quanto boi!!
 
A BOILADA

A CAVEIRA AZARADA

 
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uma caveira azarada
morava na cova três
trabalhava como empregada
para um lobisomem xadrez
mas a coitada
era mesmo azarada
lavando pratos na cozinha
quebrou a falanginha

E só não bate
o nariz num toco
por que de nariz
não tem nem um pouco.
 
A CAVEIRA AZARADA