Poemas, frases e mensagens de Angy

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Angy

GRITO

 
Hoje não quero ser boazinha
doce e apaixonada,nem fazer confissões
não quero escrever o poema perfeito
não quero alimentar desejos e ilusões

Hoje não quero ser melodia
não quero ser alucinação em noite tardia
não quero alimentar insónias
de quem me aprecia

hoje sou o lado avesso do desejo
o lado errante da alma
sou a mão trémula que rabisca no papel
sou coração sem qualquer ensejo
sou a rebelde que solta ao vento seu praguejo

Hoje virei-me do avesso
e sem nenhum apreço
grito ao mundo,que o mundo se foda
o amor,a vida, a paz, não têm preço
acabem a gerra e voltem ao começo !
 
GRITO

Olhares impudicos

 
Olhares impudicos
 
Quando nossos olhares se cruzam
Falam tudo o que não conseguimos dizer
Fazem o que não ousamos fazer
Tacteiam os sentidos,desnudam nosso ser
Amordaçam os sons alheios
Esmagam o rasto ubíquo da pudicícia
Mostram o que guardamos
No mais recôndito da alma
Assim,quando nos olhamos..
 
Olhares impudicos

"Estados"

 
Tenho os bolsos cheios de palavras.
O olhar,
sempre em busca prometeica da precisão
mas..
sinto um enorme vazio no coração
 
"Estados"

Para você,agora,que me lê

 
Para você,agora,que me lê
 
Não durmo,fantasio,procuro-te
escrevo,escrevo para ti que me lês
quero fazer-te sonhar
sonhar com o amor ,a paixão
aquela coisa que todos procuram
mas poucos encontram,nos faz “arder sem se ver”
fazer-te vibrar,esquecer o que te atormenta
quando teus olhos tocam minhas palavras
quero que sintas meu corpo,meus dedos
acariciarem-te,meus lábios quentes pousarem nos teus
timidamente florear teu sorriso ,desfolhar suavemente
o desejo que emoldura teu olhar
quero que te sintas rei..
 
Para você,agora,que me lê

Não quero “metro”

 
Não quero “metro”
Quero pêlo no peito
Barba por fazer
Sorriso natural
Barriguinha saliente
Coração quente
 
Não quero “metro”

O eterno  incógnito do devir

 
Vem meu amor
mas..não te atrases
nem te adiantes
não sejas pontual
o amor não tem tempo
não existe relógio
que controle o sentimento
vem noite dento
dia raiado
chuva ou vento

meu coração com braços desgovernados
te abraçará ,tempo indeterminado..
o tempo apenas domina quem não ama.

-domarei o eterno  incógnito do devir.
 
 O eterno  incógnito do devir

Veloz

 
Ela carrega o mundo nos sonhos
caminha veloz e brinca com as estrelas
sonha com a lua
e por vezes tropeça
calçada com os saltos altos da esperança
sorri,sorri,como quem não quer nada.

Sobe mais um degrau.
 
Veloz

São as mãos,são as mãos !

 
São as mãos,são as mãos !
Que fazem-me perder o tino !
Quando seu olhar entra-me no pensamento
Ficam eufóricas,desvairadas,cegam-me ao resto do mundo
Escrevem palavras que não quero,riscam-me outras que me são
Baralham-me a emoção,admoesto-as,mas em vão
No palco do poema não se vergam
Continuam,continuam,dançando a folha
Esperam a plateia,
você !
 
São as mãos,são as mãos !

Simples assim

 
Ofereceste-me a noite e a lua
quedei-me ao luar dos teus olhos...
 
Simples assim

Por um fio

 
Tiveste-me por um fio
levei-te ao cume do sentimento
e por um eterno instante 
mergulhaste no meu incauto mar

Nas ondas ébrias de vida 
afogaste minha inocência
velas de esperança içadas
dei-te o vento para navegar

Vieste à tona devagar
já o amor entardecia
a paixão adormecia
no horizonte, os destinos
pulsavam de olhos vendados
sem nada verem dos caminhos para amar
 
Por um fio

Dedinho vermelho

 
fui sincera em um comentário.
Há aí alguem que se vingou logo de seguida com o dedinho vermelho.
De fato, essa função é inútil.
só serve para birrinhas estúpidas.
Pelo menos deveria identificar quem clica no dito cujo.
tenho dito !
 
Dedinho vermelho

A primeira vez

 
A primeira vez
Quando me amaste, ao amanhecer
Teus olhos eram estrelas
Tua boca a alvorada
No teu corpo a primavera
Na tua voz havia uma sucessão
De sons e silêncios ,que me embriagava
Teus lábios de amora silvestre
Tua língua doce pêssego
Em seu corpo esvoaçavam as palavras
No poema por escrever,no amor ainda por tecer
Doi-me ás vezes recordar
Doi-me ainda te amar
 
A primeira vez

Sorriso no canto do coração

 
Agora que você fez parar o tempo
Aprendi a não morrer
Nasci o dia e voltei
Qual andorinha em primavera
Qual pássaro debicando pão
Saí da terra árida
Mergulho no lago dos teus olhos
Encolho os ombros da ilusão
Sorriso no canto do coração
 
Sorriso no canto do coração

Ainda não existes..

 
Não quero acordar
É no sonho
que te chamo
te vejo
te amo
_________________
Meus dedos gritam as palavras
que não te posso dizer
porque meu amor,
tu, ainda não existes..
 
Ainda não existes..

Barco de papel

 
Barco de papel
 
Quando me olhas
caio em tentação
no abismo do teu olhar
perigo,côncava da mão

Calo as palavras
os dedos abrem-se
não consigo controlá-las
algemadas aos pulsos de memórias
soltam-se,sabem-se

Qual rio
correm desalmadas
desfazem-se no foz do teu mar
agarradas ao coçar do vento
nas águas solitárias
barco de papel contra o vento a remar
 
Barco de papel

Procurando o Amor

 
Vesti meu melhor sonho
Calcei-me de esperança
Soltei as ondas do meu cabelo
Que rebentam em seu mar
Saí,saí por aí
Procurando teu corpo
Pra me aportar
 
Procurando o Amor

Quero amar-te sem rótulos ,sem preconceito

 
Desliguei.
Desliguei o botão do coração
Não quero mais essa luz
Que se escapa pela ranhura
Não quero mais contrabandear sentimento
Não quero mais negligenciar o que de direito me pertence
Não quero mais ocultar meu eu
Quero amar-te sem rótulos ,sem preconceito
Quero poder aconchegar-me no teu peito
Sem que alguém nos incrimine
Quero amar,amar-te livremente
Dá-me seu coração desnudo do resto do mundo.
 
Quero amar-te sem rótulos ,sem preconceito

(Cresce e aparece)

 
(Cresce e aparece)
 
No mar da minha poesia
navegaste teu olhar
mergulhaste teu coração
procuraste uma palavra
um ponto final,uma reticência
algo que te indicasse bem no fundo
do meu ser,o sentimento ansiado
mas,meu sentimento mais puro
eu guardo bem profundo ,no meu âmago
bem juntinho à criança que ainda existe em mim
talvez um dia quando amadureceres mais um pouco
vejas à deriva o que agora te passa despercebido.
 
(Cresce e aparece)

"Ensaio sobre a tristeza"

 
Uma voz no meu interior
me chama, de espada em punho.
uma insondável tristeza
arrefece-me as entranhas
a extática leveza do amor
já não existe
felicidade é ambígua
a escuridão da noite curva-se
a lua adoeceu ,a estrela morreu
e eu,aqui jazo,no sepulcro da vida
a morte, sólida,aproxima-se aos poucos
vinda do crepúsculo do sonho desfeito
hermeticamente apelando-me..
e aqui jazo,num abismo de cinzas
d'um vulcão extinto..
 
"Ensaio sobre a tristeza"

Mil praguejos

 
Penso
cismo e teimo
penso-te
o ritmo do pensamento
acelera as batidas do coração
danço
a vertiginosa audácia
de me expor à melodia desafinada
das gentes no fim do dia
cismo a tenacidade de poder dizer não
não quero ,não vou,não faço
abrir o regaço da alma e soltar mil praguejos !
 
Mil praguejos