A caminho com Maiakovski (Bertolt Brecht)
A caminho com Maiakovski
(Bertolt Brecht)
Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim: não dizemos nada.
Na segunda, já não se escondem. Pisam as flores, matam o nosso cão e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Sempre bom reler
Quaestio iõ
A beleza da simplicidade esta no enigma, onde vejo e revejo e apenas resta o preço da certeza.
Não há contas a fazer, nelas ha prováveis certos, eu procuro no verbo, no incerto no incompleto no humano.
Que meu escudo seja a dúvida.
Que meu silencio seja o ponto de admiração!
Júnior Militão
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Perspectiva
ah, dia lindo
até os mais chatos
estão a te olhar
Trilha
Sem lamurio,
observo o mundo que passa,
pois conforme ando eu passo,
no rio da vida eu nado,
do outro lado da vida nada.
Sempre viajo sem sorte,
ante a vida que carrega-me morto,
faço da vida a morte.
Semântica do adeus
...vai, mas não leve o que é meu,
pois tudo que ficou seu
foi nosso, e hoje é mais meu,
pois sou eu quem fico.
Faxina
Separei dentro de mim
tudo que não me serve
Brigas sem razão
um pouco de submissão
amores sem paixão
me restou uns poemas
não muito emotivos
apenas versos presos a alma
Tão pouco em mim
que não joguei nada fora
Madraçaria
Catre um fato, qual a
calma e a vinolência
me arrasta
culpo o torpor
desta tarde tranquila.
Acordar
entrou o sol
pela janela ele
acendeu vida
Ame o poema
AME o poema...
Ele padece da pele!
O(h) breve verbo!
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Ciclo
oposto vejo
morte não leva vida
tchau nascimento