No escuro da noite oiço o vento
No escuro da noite oiço o vento.
Penso sentir alguém perto de mim
E murmuro ao vazio do relento:
- Solidão, encontraste-me por fim!!!
Completou-se a minha trilogia…
Comigo estão a Lua e a solidão!
Inspiração surge para minha alegria,
E nela encontro alguma consolação.
A poesia é a brecha na minha realidade.
Por ela fujo… e torno a voltar.
Para lá dela, encontro uma liberdade
Que a minha alma não consegue suportar!
Perguntei ao vazio do relento:
- Lua, porque tenho de ser assim?!!
No escuro da noite oiço o vento,
E só o eco tornou a mim…
Escrito em 08-05-2006.
Viver
Nascer depressa para rápido crescer,
Muito trabalhar para nada ter e morrer.
Que vida há para viver assim?
Que resta de nós no fim?
Perfeitos corações recém-nascidos
Marcham cegos para serem partidos
Nesta definição mundial de vida
Que de vida só tem a despedida...
Ninguém nos pode ordenar!
Ninguém nos pode comandar!
A Vida foi-nos dada!
Não estamos a dever nada!
É Tempo de Viver! De ser..
De crescer... Aprender... Renascer...
Viver fugazmente em loucura
Não é o mesmo que correr para a sepultura!
Paremos para ver a Lua no céu estrelado,
Ou o Sol no seu berço dourado.
Sintamos a chuva na nossa cara,
Ou o aroma do orvalho na seara.
O mundo é simplesmente esplendoroso
E viver sem o ver é somente pesaroso...
Cumprimentos a todos do Luso-poemas =)
Hoje notei que já passaram uns bons anos desde a minha última visita e por isso decidi deixar algo para marcar este momento. Vou tentar visitar mais vezes e parar para ler uns poemas =) Um abraço a todos.
Ignorância e Saber
Como um cego ignora a mão que o conduz,
Quem é feliz na escuridão, não carece de luz.
E atira ao espelho a Juventude que escorre
Por entre os passos de uma multidão que corre.
Dizem que a mentalidade traz a sabedoria,
Mas também traz a solidão e a melancolia,
E a mesma efemeridade que traz a experiência,
Também traz a ilusão e a demência.
Momentos há em que nos procuram inocentemente.
Se os não ajudamos, não sabemos o suficiente;
Se lhes damos conselhos que não entendem,
Dizem que não percebemos o que sentem.
Dizem o que querem ouvir,
Mas não ouvem o que querem dizer!
Será assim tão difícil consentir
Que um jovem fale com saber?
Oh Lua, como suportas esta ignorância,
Há tanto tempo, com a mesma tolerância?
Admiram essa tua simples existência
Por confortar esta complexa essência
Que, aparte de ti, recaí sobre o seu ser,
Tão frágil quanto ignorante até morrer.
Escrito em 02-08-2006.
DIEM ET NOCTEM
Princesa que sinto desde infante.
Tristeza a meus olhos distante.
Pureza de levar o meu futuro adiante.
Incerteza de ser um eterno instante.
Alegria sinto no meu coração.
Melancolia que só conhece desilusão.
Vingança perdida na solidão.
Caminho consorte da perfeição.
Mas na verdade...
Vingança sinto no meu coração.
Alegria que só conhece desilusão.
Melancolia consorte da perfeição.
Caminho perdida na solidão.
Pureza a meus olhos distante.
Princesa de ser um eterno instante.
Tristeza que sinto desde infante.
Incerteza de levar o meu futuro adiante.
~ Noctem Lilium ~
Poema de uma amiga minha. Espero que gostem =) um abraço forte!
Donzela Celta
Oiço a doce melodia do violino
Da minha graciosa donzela celta
De cabelo solto no meu olhar cristalino
Dançando fervorosa, ligeira e esbelta.
Toca e dança, deslumbra e encanta.
Completa-me com o seu ser.
Ouro. Muito ouro. Todo o ouro. Não adianta.
Tudo o que quero é vê-la feliz até morrer.
Para o Mundo, a minha donzela
Não passa de ilusão e loucura,
Mas é-me em tudo bela,
E vive em mim trancada sem fechadura.
Ela respira e faz-me viver.
Ela toca e dança de noite e de dia.
Vive por mim em mim sem morrer,
Porque a minha donzela é a poesia.