Deus tem um plano em sua vida
Deus tem um plano em sua vida
Nascer não é difícil
Viver não é impossível
Crescer é inevitável
Envelhecer faz parte do processo
Morrer é o ápice da vida.
Nascer, crescer, envelhecer e morrer:
Tudo faz parte do processo.
Morte lenta, morte rápida,
Morte morrida ou morte matada,
De nada importa, não importa nada,
Quando o destino de nós todos
Está com as horas contadas.
Cada um ao seu próprio tempo
Terá sua hora marcada
Para partir deste mundo
Deixando em sono profundo
Quem ficou a lembrar-se
Dos momentos de alegria
Tristeza ou algazarra.
A certeza não é outra:
Deus tem um plano em sua vida
E esse plano é a morte!
Cordel do Picão Encantado
Vou te contar a história
De um grande personagem
Que vive todo encolhido
Com medo de sua imagem
Ser espalhada nas ruas
Desta e de outras paragens.
Dizem que é grosso e grande
Mas eu mesmo nunca vi
Alguns dizem que é gostoso
Não provei nem vou sentir
Quem pegou se apaixonou
Por isso mesmo eu fugi.
Quem pegou se apaixonou
Não consegue mais parar
Vive num mundo encantado
A sorrir e gargalhar
Quem quiser ser mui feliz
Vai correndo procurar.
O homem vive pensando
A mulher vive também
Ele porque possui
Ela porque não tem
Os dois só pensam em pica
Máquina de fazer neném.
Muito mais do que criança
O picão dá é prazer
Muita gente experimentou
Não parou mais de fazer
Se agarrou com a manjuba
E trepou até morrer.
Mas tu acha que somente
Homem e Mulher pensa nela
É porque tu não conhece
O homem que é cravo e canela
Pois ele também gosta disso
Da grande, da feia e da bela.
O negócio é encantado
Faz todo mundo querer
Quem não tem a de verdade
Vai na loja pra escolher
Pois o que importa mesmo
É ter carne pra comer.
O macho pega lá nele
Com medo de escapulir
Confere o dia inteiro
Para o bicho não sumir
Pois vale mais que dinheiro
Mesmo se o pau não subir.
No meio das pernas a trouxa
Que parece volumosa
Deixa a galera encantada
Muita gente curiosa
Esperando uma noite longa
Com beijo, abraço e sem prosa.
O problema da aparência
Pode causar confusão
Quando parece que é grande
Mas na hora não é não
Era tudo saco e ovo
Causando uma grande ilusão.
E a noite tão esperada
Vira pura frustração
Quem queria levar rola
Fica mesmo é na mão
Olha pra pica pequena
E cai logo em depressão.
Tamanho não é documento
Diz aquele sabidão
O melhor é funcionar
Deixar quem gosta, doidão,
Pela frente ou pelas costas
Trabalhar feito um vulcão.
Aquele sonho encantado
De achar o teu picão
Pode acabar num segundo
E você ficar na mão
Então segure a rolinha
Até achar um rolão.
Se achar um bom roludo
Magro ou gordo na quebrança
Se amarre ao teu pintudo
Caia logo nessa dança
Trepe muito a noite toda
E não se importe com a pança.
Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e jornalista. Site pessoal www.galinhapulando.com
Globalização
Globalização
Na seleção natural
Ficam de fora
Por questão social:
Gordo, albino,
Magro, baixinho,
Careca, dentuço,
Banguela, mulher,
Pobre, nordestino,
Negro, gay,
Pessoas especiais,
Aleijado, cego,
Surdo, mudo,
Ou surdo-mudo...
Em conversas paralelas
O dólar sobe,
Cai o índice Dow Jones,
Royalties são pagos,
IPC, IGPM,
Siglas brancas,
Superiores...
Vistos são negados,
Povos massacrados,
Mortes justificadas:
São traficantes,
São favelados,
São uns pobres
Degredados,
Sobreviventes
De navios negreiros,
Morte aos diferentes!!
Morte aos
DESGRAÇADOS!
21 de outubro de2007
Quem és tu, poeta?
Do que falas
O que sentes
Por que calas
Por que mentes
O que passa
Em tua mente?
És tu, santo,
Alma,
Fantasma,
Ilusão?
Sou carne,
Sou gente,
Sentimento,
Paixão!
Nem santo
Nem demônio
Nem sagrado
Nem profano
Sou poeta
Sou humano!
20 de outubro de 2011, BR-324, a 100km por hora
Dia do Poeta
Sobre a insensibilidade generalizada
Nesse corre-corre da vida, todo mundo vira estátua, mesmo. Não tem como ser diferente. Estamos, cada qual, numa ciranda em busca de dinheiro, fama, anonimato, individualidade, o que nos impede de compartilhar, dividir, solidarizar, abrir o coração.
Sentimento e afetividade estão fora de moda. A onda agora é pegar e largar, passar por cima e fingir que não viu.
Só os poetas ainda fingem estar na época em que todo mundo era humano...
Valdeck Almeida de Jesus
Poeta, Escritor e Jornalista
IV Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus abre inscrições
Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus
Estão abertas as inscrições para o IV Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, que seleciona e publica poemas e poesias de escritores brasileiros e/ou estrangeiros, desde que escritos em língua portuguesa.
Prazo: 01.01.2008 a 31.12.2008
Basta o envio de uma poesia (máximo 20 linhas) e uma minibiografia (até cinco linhas), e dados completos do autor (nome, endereço com CEP, telefone etc) por e-mail ou pelos correios, em letra formato Times New Roman, tamanho 12, entrelinha simples. Prazo de inscrição: até 31 de dezembro de cada ano.
Regulamento:
http://galinhapulando.com/visualizar.php?idt=806562
E-mail: valdeck@hotmail.com
Fone: (71) 8805-4708