Vagueio por um café
Enquanto espero pela hora de um café
Vagueio pela cidade a pé
Vagueio pela baixa de Leiria
Entre a gente apressada
Sigo pela noite fria
sempre em tranquila passada
Vagueio ao longo do Liz,
Contemplo as águas com calma
Gozando o frio que me gela as mãos e o nariz
Mas que me aquece a alma.
Vagueio pelos minutos e horas,
Até à hora marcada.
Tomo rumo, sem demora
A minha presença já é esperada...
Imagem retira do site: www.flickr.com/photos/joaquimcorreia/page4/
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Perdi-te para me encontrar!
Os nossos destinos separam-se como artérias ao longo do corpo,
Sempre em sentido oposto ao coração.
Tal como o sangue que corre em nós
Também a vida tem sentido único,sem inversão.
Para não me perder, perdi-te, para sempre
Perdi-te para encontrar o meu caminho
E sem um beijo de despedida
Foi cada um à sua vida.
Agora que foste, liberta-me a alma!
Desvanece-te miragem!
És apenas uma doce estória,
que vou guardar na memória.
Imagem retirada do google.
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Mundo Feroz
Mundo Feroz
Sonho ser livre
Como o rio que corre distraído
E salta sobre as pedras
Brincando com as folhas que caem
Sem pressa, sem horas
Mas o Mundo é um lugar feroz
E a chuva que me mantêm cativo
Tortura-o, enerva-o e apressa-o
A entregar-se completamente
A um ser maior
Perdendo a sua essência
Marco Mata
Rio morto
Rio sujo
Que corres corrompido pelos homens
Outrora belo e límpido
Alegre, frágil, mas vivo
Agora seguro, mas morto
Somos iguais!
Perdemos os sonhos
Estamos condenados a vaguearmos sós
Seguindo por caminhos vazios
para lugar nenhum.
Marco Mata
Soneto aldrabado: papel em branco
No início temos a folha em branco
Livre e descomprometida.
Bloco de pedra em bruto
Esperando ser esculpida
Sempre difícil o inicio
Quando falta inspiração
Estar à beira do precipício
Por vezes é uma salvação
Mas sempre o essencial
E pegar na caneta e sentir
E deixar as emoções fluírem
Quem não tenta, não consegue.
Quem arrisca, bem ou mal,
é criador, é personagem principal.
Espero que compreendam o título.Abraço a todos.
Hoje não vou para casa!!
Hoje não vou para casa!
Não me vou sentar no sofá acomodado.
Atrás das grades da TV. e do PC,
a ver a vida em vez de a viver.
Vou abrir as asas e vou por aí,
como as andorinhas aos assobios .
Aproveitar o dia que ainda brilha.
Há sempre tempo para descobrir novos vales e rios.
Vale sempre a pena ir,
mesmo sem Norte,
Procurar a inspiração.
Mais vale tentar a sorte;
e não encontrar
Que ficar à espera da morte
Sem nunca sequer tentar.
Imagem retirada do google.
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Foram os meus Oceanos
Seremos sempre esquecidos e lembrados
Por aqueles que, por momentos, amamos tanto
O nosso quente Sol, de outrora
Será agora uma estrela fria e distante.
Sonhos que se tornaram realidades
Agora são miragens à distância
Medo e orgulho, na verdade
Afastaram esses barcos do meu porto em alguma instância
Movidos por outros ventos, sem velas nem leme
Navegamos por caminhos separados
E noutros portos ancoramos as nossas mágoas.
A todos os oceanos onde naveguei e me perdi
Eu desejo a maior das felicidades
Que me esqueçam e me lembrem com saudade
Marco Mata
Poema e foto de autoria de Marco Mata
O fim do dia!
O fim do dia, tem uma certa magia.
Tudo é tão sereno, quando a tarde cai
E o dia, por fim repousa.
O rio, anda lento.
Como se se dirigisse para a cama,
em passo sonolento.
As andorinhas despedem-se
Com voos picados e lamentos.
As estrelas já vão povoando o céu
E o silêncio anuncia-se!
É hora dos nocturnos despertarem!
Imagem retirada do google.
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Poema ao trovador
Todos os dias lá estava,
Triste e solitário.
Tocando musicas medievais debaixo das arcadas
Que me alegravam
E faziam começar bem o dia.
Dava-lhe uma moeda
Ele retribuía
Com um sorriso de agradecimento.
Justa troca
Uma moeda por um sorriso
Um sorriso por outro
Felicidade por felicidade
Obrigado amigo
Marco Mata
Resistimos!
Resistimos!
Acomodados ao nosso fado,
receosos de um mal pior.
Como ervas resistem na calçada,
medrosas por novas rotinas.
Desperdiçando o dom da vida,
prolongamos a nossa existência.
Adiando para sempre um mergulho no desconhecido.
Velhos Carvalhos são eternos
Mas a doce brisa não lhes reconforta a pele...
Marco Mata