Quando Deus Escreve para Analfabeto
Soaroir
5/9/14
Meu Deus, meu Deus...
O que me escreveste?
Por Ti, ensina-me a ler...
Somos, muitas vezes, analfabetos para ler o que Deus escreve para a gente...
Sobrenatural
imagem by Tucalipe 2014
Soaroir de Campos
16/5/14
Ser enquanto ser,
o que pensei,
ser não sou;
tampouco estou.
Pertenço a mundo algum.
Que encontro assustador...
Interações
Sou o que sou nada mais que isso.
~ Holmes
Enquanto serei, esta o meu ser, o meu sou. ~ Martisns
"Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."
Esperança de Um Novo Amanhã
Nova Manhã
© Soaroir M de Campos
6/5/14
Uma sensação boa.
Como se um galho podre,
impedindo minha visão
houvesse se desprendido;
indo por terra alimentar
insetos e minhocas.
Claramente vislumbro,
mais rico, o amanhã...
O que terá mudado
entre o ontem e o hoje?
Deduzo, não sei...
a sombra dos galhos podres.
Soaroir 6/5/14
Tudo que nos acontece é para a nossa evolução...
Queda Livre - Poema de Outono
Folhas - Queda Livre
©Soaroir de Campos
14/4/09
Com os ventos da Estação
As folhagens no Outono
Perdem toda a posição
Equilíbrio e entono.
Vão ao chão de peito nudo
Conformadas e caladas
Servir de forragem a outros
Pra enfrentar a invernada.
Vão cumprir sua missão
Sem pensar em arvoretas
Distância que está o chão
Ou se a terra é branca ou preta.
Soaroir em 15/04/2009
RL/Código do texto: T1540659
Nos termos do destino
Soaroir 17/8/10
mote: "verdades e mentiras"
passo às mãos do legítimo
Fiel depositário -
essa massa falida
acervos de que abro mão –
que se vire o destino
com os ativos e os passivos
junto aos seus credores
eu cansei...
cansei de desviar
o curso dos (meus) rios
investir em mundos
e fundos de direito e (de) paz
que se destampem os olhos dos furacões
enxerguem as verdades
e varram as mentiras (patranhas)...
BASTA!
Basta!
Brasil...
Não cantaríamos seu hino
Baixo ou em voz alta
Nem seu nome seria proferido
Em um só folego
Se este seu pacífico povo
Hoje aguerrido
Não gritasse Basta!
Soaroir 27/6/2013
Mães!!!
RÚCULA, REPOLHO, AGRIÃO
Quem
É aquela pessoa
Que faz a gente comer
Rúcula, repolho, agrião,
E diz que é pra gente crescer?
Elas são todas iguais
E muitas até são pais
Às vezes pentelhação
Mas, não desistem jamais !
É a sua, é a minha mãe,
É a tia, a avó, a professora,
É aquela que nos embala
Mas às vezes é repressora!
Quem
Come a gordurinha da carne,
Divide o filé para dois,
Come a alface de fora,
E a de dentro depois?
Quem
Que de noite cansada
Vem desligar a televisão,
Dá-nos um beijo de boa noite
E pede a Deus proteção?
E de olhos fechados
A gente finge que não vê
Aquele anjo noturno
Desligando a TV.
Já no dia seguinte
Cedo, bem de manhã
Tira a gente da cama
Com uns sucos de “maçã”.
“Levante menino é hora”
Diz pra gente não se esquecer
De escovar os cabelos e os dentes
Logo depois de comer.
Dá um beijo na saída
Indaga do RG
Deseja boa aula
E vai pra varanda nos ver...
Quem?
É a M a n h êêêêêêêêêêêêêêêê
Soaroir Maria de Campos 13/5/05
( “Mãe”)
Soaroir
Soaroir em 13/05/2007
Código do texto: T485593
Classificação de conteúdo: seguro
Em Busca de Vau
Em Busca de Vau
by Soaroir
Frio nas costas -
Recorda-me a sedutora
Excitada chuva fina
Emprenhando as pradarias
De distantes setembros...
Espermados retraídos
Em ombros compadecidos
Inevitavelmente - curvados
Sobre ocultas mornas brasas
Neste estéril Agosto
Similar, entretanto
Com menos tantos e tantos
Que até choraria
Se as lágrimas coubessem
Em uma (só) poesia...
(sem revisão)
Coisas de Cotovia
Eu, Cotovia
Outro dia ouvi dizer que Deus perdoa mais àqueles que amam demais, e que são palavras de Jesus. Não há como duvidar, já que foi Ele quem também disse amai-vos uns aos outros. No entanto, para esta receita Ele não disse o que fazer com o que vai sendo desconsiderado, já que em toda essa massa os ingredientes levedam juntos, mas nem sempre crescem do mesmo modo. Eu pergunto, mas é silêncio até do vento.Do relógio que já não faz mais tic-tac. Só os periquitos ao longe dão sinal de existência, porém não respondem:
- Não tem mais caniço ou samburá; pescas de juquiá, sardinhas soltas no mar; ou girinos no riacho; nem mais pés de cambucá. Não há mais pisar descalço na areia nem outros com quem, sem medo, arrulhar.
Ao longe canta ininterruptamente um canário de sua gaiola. Cantaria ele de tristeza pela prisão ou em busca de companhia? Ou é só por coragem de sentir dor? Por não mais poder voar? Não entendo de coisas de canários, somos passarinhos diferentes, mas quisera poder interpretar!
Eu, cotovia fujona, desviada e debandada, sou agora livre retirante. Poderia voar se quisesse, mas não sei /por/ para aonde ir. Acostumei me a não depender do sol para acordar ou da noite para me recolher, nem da chuva sei mais como me proteger. Com as garras já carcomidas não posso mais nidificar e minha bela plumagem, outrora brilhante, necessária para me acasalar, há muito se desbotou. Nem mesmo a minha melodia eu sei mais como entoar! Sou mais uma cotovia que desaprendeu se sustentar.
Ha /vejo ainda alguns sabiás que, não estando, sendo mais do cerrado, ciscam procurando o que podem achar, beliscando nos capins que transportaram pra cá. Mas, outro dia soube, ouvi que um partiu molestado: aspirou mais do que podia do que achou enterrado, e lhe consumindo o sistema, ele agonizou envenenado.
Mas eu? Cotovia? Ah! Se eu desse vazão ao instinto... Arribaria ao amanhecer já que não estou mais engaiolada. Mas, desaprendi de amar, e não posso mais avoar... Deus, Vós podeis, poderias? A este(a) também perdoar?
Coisas de cotovias...
Soaroir,Maria de Campos
22/01/2006
Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 23/07/2006
Código do texto: T200292
POEMAS DE OUTONO
Prelúdio do Outono
Soaroir
Os cheiros que o sol suscita
trazem sentimentos santos
engraçam a inspiração
alardeam belos cantos
De manso vem o outono
destoante estação,
prometendo primaveras
antes do próximo verão.
Soaroir 11/3/07
The Leaves Are Green
"Old Rhyme"
The leaves are green, the nuts are brown,
They hang so high they won't come down.
Leave them alone till frosty weather,
Then they will all come down together.