Poemas, frases e mensagens de AmáliaDias

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de AmáliaDias

Um Canto de Paz

 
Um Canto de Paz
 
A paz está no azul
Do céu que me abriga!
Está nas ondas do mar,
Na diversidade e perfume
De cada flor...

Na suavidade da melancolia,
Na alegria da liberdade
De uma andorinha que voa
Raso, a cantar...

Na brisa delicada, a envolver
Meu corpo e minha alma...
Está na voz mansa, a fazer
Morada em meus ouvidos...

A paz encontra abrigo seguro,
Nos corações desprendidos,
Na doçura do sorriso,
A irradiar bondade, ternura...

No chorar primeiro
De uma criança,
Que chega ao mundo,
E renova a esperança...

Amália Dias Nobre
 
Um Canto de Paz

Dificil é amar o amor

 
Dificil é amar o amor
 
É fácil destruir uma pessoa,
Difícil é construir um mundo fraterno,
É fácil tirar das pessoas o pouco que tem,
Difícil é fazê-las desabrochar para a vida.

É fácil julgar e condenar alguém,
Difícil é nos dispor à compreensão e ao perdão
É fácil alimentar o ódio o rancor,
Difícil é semear o amor.

É fácil, no egoísmo, reter tudo para si,
Difícil é doar um pouco de si aos outros,
É fácil repudiar, desprezar,
Difícil é acolher.

É fácil suscitar o flagelo da guerra,
Difícil é ser instrumento de paz,
É fácil estimar o que mata a vida,
Difícil é amar o amor.

( Amália Dias )
 
Dificil é amar o amor

A paz é fruto justiça

 
A  paz é fruto justiça
 
Como pode haver Justiça
Sem haver paz?
pois a paz é fruto
Da justiça.

Não são armas que garantem
Uma paz serena e duradoura
Mas suscitam a revolta
Insuflam a violência.

A justiça ampara , defende,
Acolhe os desprotejidos,
Cessa os conflitos
E promove a Paz.

Amália Dias
 
A  paz é fruto justiça

És fado

 
És fado
 
Poema cantado
Triste, consolador
Destino marcado
Alegria a fingir a dor

Lamento da saudade
No cantar de marinheiros
No trinar da guitarra
És gemido verdadeiro

Na voz dolorida
Expõe dores amargas e secretas
Transformadas em feridas
Segredadas aos céus

Canção magoada
Há que quem te entoe a chorar
Por uns bem querida
Por outros mal amada

Triste canção
Gemida na voz
Trazida no peito
Sentida na alma por nós

És toda coração
Pura emoção
Desatino da solidão
És fado minha prisão

(Amália Dias)
 
És fado

Não sei se tenho veia poética

 
Não sei se tenho veia poética
 
Não sei se tenho veia poética.
Ponho-me a registrar em versos,
Hora em português
Hora em brasilês,
Na tentativa de exprimir,
O que percebem-me os sentidos:
No tocar da doce melodia,
No sentir do aroma das flores,
No degustar dos sabores,
O que contemplam meus olhos,
E apalpam minhas mãos
P’olo que aspira esta minha alma,
E bate este meu inquieto coração.

(Amália Dias)
 
Não sei se tenho veia poética

Amor até o fim

 
Amor até o fim
 
Dei-te por comida
O doce maná no deserto
Por bebida deste-me
À ponta da vara vinagre.

Fiz de ti povo de reis
E tu coroaste-me com espinhos
Lavei-te os pés e os beijei com carinho
Tu conbriste-me de insultos e cusparadas.

Acheguei-te a mim como a galinha
Achega a si suas crias debaixo de suas asas
Por ti fui blasfemado, humilhado
Abandonado, das vestes arrancado.

Fiz nascer da árvore de Jessé
A tua libertação
Tu deste-me o madeiro
Da cruz como condenação.

Deste-me desprezo
Dei-te consolo
Deste-me o fel
Dei-te leite e mel
Levaste-me ao matadouro
Levei-te a vida plena
Tu, escárnio sem trégua
Eu, amor até o fim.

Amália Dias
 
Amor até o fim

poema ao menino Jesus

 
poema ao menino Jesus
 
Tão pobrezinho nasceste,
Um bercinho não tiveste,
A primeira canção de niná,
Entou-te o coro celeste.

A ti ó doce infante,
Nos braços da virgem a dormitar,
Os reis magos com presentes,
A teus pés vêem se prostrar.

Para ti mimá e adorar,
E ao mundo testemunhar,
A graça do que puderam ver
E com as mãos tocar.

Ó meu menino adorado,
Luz dos nossos corações,
Esperança das nações,
Dorme em paz neste seio sagrado.

(Amália Dias)
 
poema ao menino Jesus

"Principio Universal"

 
Es, o principio universal
Evitar o mal e fazer o bem
É esta prática de vida
Que faz diferença no final

Se somente este principio
Por todos fosse seguido
Na sinceridade de cada coração
Não precisariam tantos credos de religião

O bem quando saído de nossas mãos
Maor bem faz a nós mesmos
Indescritivelmente é sentido na alma
A recompesa da realização

O amor na prática
Traduz-se no bem que se faz
Sendo este o único caminho
Aos que procuram semear a paz

Semente que vem germinar
Nos gestos mais singelos
Um afetuoso abraço, um meigo olhar
No enxugar de uma lágrima...
É o que há de mais belo

( Amália Dias)

Aguardo vossas críticas.
 
"Principio Universal"

Minha alma foi-se embora

 
Minha alma foi-se embora
 
Minha Alma Foi-se Embora,
Não suportou tanto deserto,
O dissabor das amarguras,
Desta minha solidão.

Volta alma minha,
Retorna para mim,
Anda sem demoras,
Tem pena de mim.

De mim andas fugida,
Prometo não mais,
Te maltratar assim.

Deste corpo estas esquecida,
Sem ti, corpo sem vida
É o que restou de mim.

(Amália Dias)
 
Minha alma foi-se embora

Amor Primeiro

 
Amor Primeiro
 
Amor Primeiro

Dia de chuva
Que me traz
Queridas lembranças
De esquecida infância.

Dia de chuva
Que me traz
A melancolia
Das tuas saudades.

Dia de chuva
Que me traz
A tristeza morta
Do meu mais dorido fado.

Dia de chuva
Que me traz
O recordar da noite fria
Do teu olhar derradeiro.

Dia de chuva
Que sem piedade
Ressuscita da alma
Meu amor primeiro.

Amalia Dias
 
Amor Primeiro

Uma paixão

 
Uma paixão
 
Amo-te tanto,
Desejo-te tanto,
Espero-te tanto,
E tu meu bem querido
Não apareces,
Não vens ao meu encontro,
Nada me falas,
Nem ao menos um sinal,
Já não sei mais
Se me amas,
Se me queres,
Se me esperas,
E sentes saudades.
Pois, enquanto isso
Fico cá com esta ansiedade
E espera que é eternidade
Nesta falta de ti
A inquietar-me os sentidos
Em meu segredado amor
No silêncio da minha saudade
Sabido somente pelos céus
Que compadecidos testemunham
Minha agonia e minha dor.

( Amália Dias)
 
Uma paixão

Canto de amor

 
Canto de amor
 
Eu dormia, mas meu coração velava.
Eis a voz do meu amor.
Abri-me a porta minha querida,
Minha cabeça está coberta de orvalho.

Abri a porta ao meu amor,
Mas ele já se tinha ido embora,
Procurei-o e não o encontrei,
Chamei-o e ele não respondia.

Pelas ruas pus-me a vagar,
E pedi a quem o encontrar,
Que lhe descessem por favor,
Cá estou enferma d’amor.

Meu amor é forte e corado,
Distingue-se entre tantos,
Seus cachos, negros com o corvo,
Seus olhos são como pombas.

Seu corpo estátua de bronze,
Suas mãos, maciez de plumas,
Altivo e imponente de rara beleza,
Sua boca é cheia de doçura.

Seus lábios são lírios,
Suas faces, jardim perfumado,
Tudo nele é encanto,
Assim é o meu amado.

(Amália Dias
 
Canto de amor

Flores e espinhos

 
Flores e espinhos
 
Saudades minhas,
Que são só minhas,
Plantadas no meu jardim,
Regadas com minhas lágrimas,
Dissabor sem fim...

Jardim de tanta espera,
Espera que é eternidade,
Escondida no silêncio,
Entre flores e espinhos,
Das minhas saudades!

Tuas flores, teus espinhos,
Trazem-me as recordações
Das alegrias, das tristezas,
Das conquistas e fracassos,
Dos meus sonhos e ilusões...

(Ana Amália Dias Nobre)
 
Flores e espinhos

Aprendi a aprender

 
Aprendi a aprender
 
Aprendi com anjos especiais:
A fazer do mundo um lugar melhor,
Acreditar nos sonhos,
Pensar nas pessoas ao meu redor.

A apreciar as coisas simples da vida,
Ser paciente e saber ouvir,
Chorar e sorrir.

Aprendi que o verdadeiro amor
É sem preconceitos e pretensões
Onde não há o egoísmo,
Mas a pureza dos corações.

A valorizar cada segundo de existência
Cada dia é uma nova experiência,
A conviver com as diferenças.

Vibrar com as conquistas,
Lançar novo olhar para a vida,
Vencer limites,
Superar desafios.

Ouvir e valorizar cada ser,
Amar e à mão estender,
Aprendi a aprender.

(Amália Dias)
 
Aprendi a aprender

Hoje trago tristezas

 
Hoje trago tristezas
 
Hoje trago tristezas nos olhos
Sinto-me humilhada e por
Todos pisada.

Não somente pela incompreensão,
Mas também pela malícia
D’alguns.

Cruel mesmo são os julgares
De tantos e os aleives
Sobre mim.

Esmagador são os olhares atravessados
Que transpassam minh’alma
Já abatida.

Amargo é o desprezo silencioso
A gelar-me de tanta frieza
Ai, solidão.

Mas encontro consolo e conforto
Na esperança da verdade
Que um dia virá.

(Amália Dias)
 
Hoje trago tristezas

Meu silêncio

 
Meu silêncio
 
Meu silêncio,
Vazio e tormento,
Saudade, lamento,
Do que se foi,
Sem ter sido.

Recolhido num gemido,
Contido, escondido,
Sentido, chorado,
Lembrado, amado,
Desejado, querido.

Onde é que foste?
Por que não voltas?
A prender-me ao peito?
E levar-me contigo?
Onde quer que vás?

Não sabes que sofro?
Com a falta de ti?
Amofino, perco o brilho,
Mas desabrocho se me olhas,
Se me prendes e abraças.

(Amália Dias)
 
Meu silêncio

Nasce o novo dia

 
Nasce o novo dia
 
Nasce um novo e belo dia
Alumiado pelo sol da justiça
A se levanta no céu do firmamento
Aos deixados à margem
Excluídos e oprimidos.

E Hasteada é a bandeira
Branca , soberana da paz
Entre povos e nações
Assolados por conflitos
E nos aflitos corações.

A generosa mãe terra
Presenteia seus filhos
Com seus frutos e dons
A fartar tantas mesas
Escassas de comunhão e pão.

(Amália Dias)
 
Nasce o novo dia

"Partida"

 
Triste foi o dia,
Dia em que partiste,
Que de mim se despediste,
Deixando-me triste a soluçar.

Em teu veleiro saíste
A navegar pelo mar,
Meus olhos que a ti seguiam,
Já não amais te viam.

Minha alma sem ti ficou estranha,
Ao ver-me só naquela praia,
Deserta, e como eu soltaria,
A dor foi-me tamanha.

Respirar não podia,
Faltava-me o ar,
De ver-te cruzar,
O horizonte daquele mar.

Naquele eterno instante,
Minha alma ainda errante,
Em meu xaile se envolveu,
E meu coração aqueceu.

Imóvel defronte a este mar,
Estou a ti esperar,
Para quando voltar,
Em meu xaile te enlaçar,
Prender e te amar.

(Amália Dias)
 
"Partida"

Lágrimas

 
Lágrimas
 
Lágrimas que molham o rosto,
E também lavam a alma,
Que aliviam-nos os desgostos,
E fazem sentir-nos melhor.

Lágrimas de alegria,
De chegadas e de partidas,
De tristezas desmedidas,
Desabafo de nossas feridas.

Lágrimas de saudades,
De esperas e solidão,
Que cego nossos olhos,
Quando nos aflora a emoção.

Há também as reprimidas,
De todos bem escondidas,
D’amores segredados,
Ai, são as mais doloridas.

(Amália Dias)
 
Lágrimas

Tu és meu desatino

 
Tu és meu desatino
 
Tu és meu desatino
Minhas noites mal dormidas,
Minha poesia mal formada,
Sem sentido , desordenada.

Meus gemidos escondidos,
Meus ais mais sofridos,
Nas noites mais escuras
Meu delírio de loucura.

Meu destino fadado,
Meu castigo e pecado,
Meu suspiro dobrado.

Minha lágrima reprimida,
Meu anjo de candura,
Minha paixão aguda.

(Amália Dias)
 
Tu és meu desatino