Poemas, frases e mensagens de ROMMA

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de ROMMA

"A melhor forma que encontrei para esquecer o tempo, foi usá-lo..."
in Pérolas de Amor
Rosa Magalhães

O meu pior inimigo

 
O meu pior inimigo
é este ofuscado amor louco e imprudente
que por ti sinto
como se fosses tu a viver por mim
a doer em mim
a querer morrer para sempre
como se ver-te fosse provar gelado quente
como se olhar-te fosse
beber licor ardente

O meu pior inimigo
é este amor arrojado e louco
que de ti não desiste
nem que o mundo termine
tu és o meu destino
tudo acontecesse num só segundo
como se dormir não precisasse
como se a feição
o peito trespassasse
como se teu olhar me bastasse
a embebedar-me

O meu pior inimigo
é esse teu sorriso dócil
que me anoitece
que me adormece a dor
que me enlouquece
e que me adorna
é como se uma estrela do céu
me caísse
é como se a lua nem existisse
e o sol
enfim se abrisse

O meu pior inimigo
é este amor louco e sobejo
que me faz febril de desejo
e doente com um beijo
que meu corpo sente
meus pés logram
minhas mãos gelam
é como se o coração
fosse todo o meu corpo
é como se fosse eu
o justo ladrão louco!
 
O meu pior inimigo

Enganos

 
Fere-me se leve for,
teu nobre esquecer-me!
Já nada me prende...
Já nada me surpreende...
Senão este dom que tenho
de querer-te...

Fere-me! Se no lembrar-te
nada se repete, que não seja
um pedaço de nada!

Tudo me move a perder-te...
E se te ousares, linguagem de amor
traz pétalas de flor e perde-me de vez!
Sem ter de agradar-me...
... podem ter feridas as noites,
e os dias frio...
mas nada,
nada irá causar-me engano!
 
Enganos

... de ser a luz do meu dedo!

 
... de ser a luz do meu dedo!
 
Trouxeste-me o rouxinol na madrugada
e à noitinha o paraíso como aviso
vou por aí nesse atalho sem varejo de salto alto
como se de um sonho velado saísse
como se de um pássaro sentido caísse
como se o mundo fosse um gigante pequenino
estou esquecida de tudo que me lembraste
foste a minha linha mais curta do horizonte
foste mendigo do tempo a culpar-te num beijo
e o mar pareceu-me um rio
as flores o meu sonho subtraído
e o amor bebido num cálice de vinho
permaneci nos teus pés guarnecidos
por meus anéis de espanto vãos
dignos da palavra desertada
e embalas-me
embalas-me ao sabor do vento como se fosse uma pena
tenebroso vento que me leva para onde vou
e vou noutro trilho solto sem acaso
e nunca deixaste de ser a luz do meu dedo
 
... de ser a luz do meu dedo!

Escárnio

 
Escárnio
 
Há homens e hominhos macacos e macaquinhos e há gente gentalha amiga mas são morcegos na telha sem asa há estúpidos e esquisitos outros fazem-se de Monte Cristos há gente e gente mas há gente que dá gente á custa de outra gente há poder e poderes mais dinheiro mais armário há carecas e peludos macacos barbudos e outros de canecas há de tudo por cá que Deus me livre maior que tudo isso é dar conta por isso não te iludas ai estás com ciúmes olha vê lá mas há quem deturpe tudo e diz num interesse qualquer que a gente é que não entende nada há há há
 
Escárnio

hoje não quero morrer!

 
Os trovadores tem asas no juízo
e fogo nas ideias
tem sonhos ávidos e ausências

Hoje não quero morrer
não me apetece!

Quero enroupar tua camisa
embrulhar teus abraços
beber teus beijos
e esquecer-me de mim no teu silêncio

Quero desatar as asas no teu sorriso
ainda é cedo
as lágrimas abonam em desafios

hoje não é dia, já disse
não é dia!
Hoje não quero
Não me apetece morrer!

Não quero velas acesas
esparsas pela casa
quero ficar no tua quietude
arder cartas de amor e voar
voar quero voar apetece-me voar
a ver o mar
é pedir muito?

Hoje não quero morrer!
Teu amor já me secou uma vez
e quase nem dei conta
quero-te na próxima onda
sem prancha
sem vela solta

Quero-te disperso em beijos
que aquecem os desejos
e sentir-te
borboletear no estômago
hoje é cedo para morrer!

Hoje não quero!
Ainda há muito a sublimar
quero voar no teu chamar
falar no teu olhar e sorrir muito no acordar
quero vislumbrar o chorar da cor dos teus olhos
lindos olhos de cinzas
vales perdidos
e plumas de mim a ser jovial
é madrugada
a brisa dos teus dedos mareia solta
pelos meus cabelos
hoje só quero amar!
 
hoje não quero morrer!

Canção Do Mar P/ Ibernise, Rosangela e Maria Verde

 
Canção Do Mar P/ Ibernise, Rosangela e Maria Verde
 
Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Dulce Pontes
 
Canção Do Mar P/ Ibernise, Rosangela e Maria Verde

a cor dos sonhos

 
a cor dos sonhos
 
alguma vez alguém viu a cor dos sonhos?
terão eles cadeira para sentar?
ou serão eles amarelos pálidos,
palacianos azuis do coração?
serão nuvens que passam apressadas
ou a lentidão do passar das noites?
terão os sonhos chinelos de meter o dedo
com flores de encantos?
de que cor são os sonhos? alguém viu?
alguém sentiu seu cheiro ou tocou?
e os sonhos?
será que já nos viram alguma vez?
será que já nos tocaram
na ponta dos dedos e sorriram?
pois é, ninguém me responde, nem eu!
e o sonho vive como a neve que fulmina do céu!
a cor?
dizem que é branca
como a camisola que me cobre o corpo!
a cor que olha a paisagem que se repete
mas essa, todos conhecem
porque embora seja de sonho
é um sonho poder enxergar
o longínquo mar cheio de cor com o sol a cair…
o sonho pode ser tanta coisa!
pode ser um par de sapato novo
ou aquela fotografia que ainda guardo!
a cor é o que ela me dá para sentir
a cada momento tem uma cor nova para eu descobrir
será que é por isso que todos dizem
que os sonhos são lindos?
será que a cor dos sonhos está dentro
do peito dos meus amigos?
ou será apenas o desejo de ser pássaro solto
ou ser anjo!
anjo rodeado de coloridos balões
que os lápis de cor tão bem sabem fazer!
nunca estales teu fulgor!
porque há sonhos que não se podem pintar
nem repetir!
há sonhos que as unhas não podem descrever
mas há sonhos dentro de um frasco de verniz!
há sonhos transparentes e de cor
que só nós conseguimos ouvir!
e só nós, temos o poder de lavrar
a cor que mais nos dará prazer.
 
a cor dos sonhos

O silêncio da tua boca fala mais que tu

 
Toca-me!
Toca-me a mão
e o coração
fala-me de ti
fala-me de mim
fala-me deste amor louco
fala-me de nós
com a tua voz
mas fala-me!

Chora!
Chora comigo
se fores capaz chora!
Chora a felicidade
e beija-me
beija-me a boca
dá-me palavras meigas
e doces
doces como tu
e diz-me
que gostas de mim.

Abraça-me!
Ama-me!
Abraça-me
num abraço longo
e demorado
e fica…
… aqui comigo
e ama-me
ama-me lentamente…
mas com intensidade
ama-me!
Ama-me como louco
e abraça-me
como nunca o fizeste.

Toca-me!
Toca-me a mão
fala-me de vagar
como se o tempo
tivesse pressa…
mas fala-me do verão
fala-me de ti!
Fala-me de mim!
Mas fala-me
mesmo que em silêncio.
Fala-me
com teu olhar doce
e lê!
Lê-me bem
Lê-me
como se eu fosses tu
como se o amor fosse eu
como quem
nunca amou ninguém
mas fá-lo!
Fá-lo para sempre!

Escuta!
Escuta-me!
Peço-te por favor
escuta-me!
Ouve o que trago para ti!
Ouve-me!
Escuta-me!
Escuta o que trago
no peito é imensidão
e no corpo o desejo
a querer-te também
do mesmo jeito.

Toca-me
e deixa
tocar-te o coração!
Deixa!
Deixa-me dizer-to
Deixa!
Deixa falar-te
num só olhar diz-me
fala-me com teu olhar
fala-me em silêncio
e nesse silêncio
que me falas
deixa-me dizer-te
que serei
eternamente Tua nesse amar!
E deixa-te
deixa-te chegar
deixa-te ficar
fica no amor
e que sejas louco
para este amor
nunca mais acabar!
Deixa-te dizer
que me amas também
do mesmo jeito!
 
O silêncio da tua boca fala mais que tu

morri

 
morri
 
faço maratonas
dentro de mim
sou pássaro solto
corro o universo
vou a todo o lado
salto
pulo
...avanço e voo
para mais longe
depois volto
e faço tudo de novo
se não me apetece
não faço
fico
até despertar
quando abro os olhos
descubro-me
noutro universo
longe do egoísmo
presa ao paraíso
este?
Não!
Outro!
Onde pessoas dão as mãos
e dos sorrisos fazem pontes
onde pessoas sentem
as gotas da chuva
sem a preocupação
do guarda-chuva
onde as pessoas conseguem tocar
cada cor do arco-íris
aqui
só há vazios
e pedaços de nadas
as pessoas
não sabem ser
eternas nem ser boasVer mais
 
morri

Sou DE DEUS E DO MUNDO!

 
SOM DE VIDA E SOM DE AMOR
SONHO AMOR E VIDA
SOM E VER AMOR E TENDO
LIBERTA DE TUDO O AMOR É ASSIM
E SOU AMOR E VIRTUDE DE TUDO
DE TUDO NO MUNDO DE TUDO E DE TUDO NO MUNDO DE SI/

Sou de Deus e sou do MunDO
AmOR de mim por mim a ti por ti
Sonho o mais que profundo
Imensidão do meu querer sorri

VIDA DE TUDO VIDA
SOM E DE TUDO NO AMOR.
DEUS SABER DE TUDO E DE TUDO MESMO DE TUDO./
DEUS.
SOBRE TUDO E DE TUDO NO MUNDO.
DE TUDO NO MEU MUNDO DE TUDO.
DEUS; DE TUDO; DE TUDO.

Tudo é Vida é som é AmOR ou ilusão!
Um só Deus a olhar o MunDO! Compreensão.
Há um Criador único e tu o BOM, eu AmOR?
Tudo é MunDO tudo é tudo, ou tudo nada!
Que aflição traz Deus ao MunDO, é AmOR?
Se no MunDO houver paixão haverá coração
MunDO sentir o bem querer e a Deus poder dizer:
Existe mais um cá na terra a valer o mesmo querer
Por tanta falta de Deus no MunDO
Haja Vida Paz e AmOR!
Viva Tudo, Tu e esse meu MunDO, VIVA DEUS!

Dueto de Amandu & ROMMA :)
Obrigada Amandu pelo carinho e pelo Dueto.
Tem um Fantástico 2010! Cheio de Amor e Saúde!
 
Sou DE DEUS E DO MUNDO!

Oxalá o amor venha de trenó!

 
Oxalá o amor venha de trenó!
 
Oxalá o trenó acarrete o amor
e as renas o acudam, sorrindo!
Porque os sinos tocam desordeiros
enquanto estrelas vão decaindo,
nos meus sonhos de Natal.

Oxalá o trenó traga presentes e futuros
e portas abertas, com entradas e saídas!

Oxalá as desilusões tragam corações
abraçados em beijos e não partidos!
Porque eu só quero uma caixinha de musica,
flocos de neve caídos do céu
e lembranças proibidas!

Oxalá este Natal seja azul!
Tão azul
como o chapéu das emoções.
Quero ver-te além do espelho,
agarrar-te ternuras dóceis
e tê-las por companhia,
todo o meu Inverno…

Oxalá a luz venha revestida da seda
para açucarar o doce do meu pranto
e nos reflexos das tradições,
ter desejos da juventude.

Porque eu só quero uma caixinha de musica,
dar vivas ao amor e num pedido escrito
falar no ouvido do Pai Natal.

Oxalá venhas de trenó
e de mãos cheias a trazer a paz ao mundo,
na mensagem do silêncio
a harmonia,
caridade, respeito e tolerância,
e que tudo isso chegue
em abundância!

Oxalá tragas o cartão colorido
afecto e amor como carimbo!
Hoje,
vou ficar agarrada á fé que tenho,
numa conspiração só.
Porque em mim
nasce uma criança a cada dia,
a morar no meu destino.

É Natal
a vida é o milagre maior!

Há uma estrela no céu que brilha,
e os Reis
já vão a caminho
numa só voz cantam o hino,
este, não é um Natal qualquer!

Oxalá esteja feita a lista
para os bons e os maus
e eu só quero uma caixinha de musica
enquanto a noite cai fria.

Há flocos de neve espelhados no ar
só vejo mortos vivos!
Um mundo cego pela hipocrisia
e tudo é, tão simples!

Oxalá seja este para todos
o perfeito Natal!
Só peço uma caixinha de musica
Para adoçar todos os meus dias do ano!
É pedir muito?
 
Oxalá o amor venha de trenó!

Braga, a Cidade mais clássica do mundo!

 
Braga, a Cidade mais clássica do mundo!
 
Sou Braga cidade a portuguesa mais clássica cristã do mundo, e vós?
Vós ó romanos do reinado de Augusto que me ergueste Bracara, hoje com mais de 2.000 anos de História sou cidade do norte português, o centro da região minhota de cultura e tradições, sou história com religião numa indústria tecnológica, sou Braga! Braga na gíria a cidade dos Arcebispos.

Durante séculos fui casa do Arcebispo mais importante da Península Ibérica, o portador do título Primaz das Espanhas D. Diogo de Sousa, influenciado pela cidade de Roma veio desenhar-me nova Braga de praças e igrejas abundantes tal e qual Roma.

Sou Braga! Maior centro de estudos religiosos de Portugal, e tu?
Tu ó arquitecto André Soares que tornaste-me cidade no Ex-líbris, Barroca sou cidade a mais importante no território e venho dos tempos Romanos, sou Roma de Portugal!

Sou cidade Romana, acolhi grandes ilustres.
O Ausónio letrado de Bordéus o prefeito da Aquitânia, responsável por incluir Bracara Augusta entre as grandes Cidades do Império Romano! por isso sou Bracara Romana!
A Bracara Augusta!
A Capital!
O coração do Minho!

E grita o Povo!
Viva César!
Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus!
O único soberano de Roma!

Centro da província sou cidade dos Três Sacro-Montes. Os santuários numa cadeia montanhosa:
o Bom Jesus depois o Sameiro e a Sta. Maria Madalena depois a Sta. Marta das Cortiças!

Sou Norte!
Sou Norte num Gerês lindo de azevinhos e medronheiros, a terra das mimosas, das lagoas refrescantes e da natureza...
... sou Sul das terras senhoriais de Basto!
Sou industrial Ave e Oeste litoral marítimo do Minho.

Sou Braga construída num povoado indígena!
Como estatuto municipal tive o período de Flávios e elevei-me à sede de Conventus.
Depois,
como reforma o Diocleciano a passar-me a capital da recente província da Galécia.

Vieram os invasores!
Ó invasores suevos, que vieste escolher-me capital de Vosso reino! Na verdade vos digo que ainda tenho restos de inúmeros edifícios, escavações do claustro de Santiago, uma sala de grandes colunas e no centro uma piscina decorada com os mosaicos!
Ninguém me há-de tirar!

Tenho termas descobertas na Fonte do Ídolo!

Linda Fonte do Ídolo!
Onde terá existido um edifício religioso consagrado ao divino Tengoenabiagus, o único monumento Nacional romano intacto, a fonte de culto de deuses indígenas, época romana.

Homenagem à cidade onde nasci
 
Braga, a Cidade mais clássica do mundo!

O amor entre fadas e homens está condenado ao insucesso!

 
O amor entre fadas e homens está condenado ao insucesso!
 
Dançava num circulo de folhas e surgiu-me um Elfo. A noite trazia lua cheia. E como rezam as lendas, para que não fugisse bastou-me soletrar um desejo para ser atendida. Enquanto as restantes Fadas, bailavam soltas e graciosas, apareci junto à lagoa onde o homem lavava um cavalo, tal e qual como Fada que aparece ao herói perdido que não resiste a esquecer outras paixões terrenas e se entrega à paixão de corpo e alma. Apaixonado pelo fascínio mantém um ar inexplicável, oferece diamantes num pedido de casamento, e sem saber que ambos pertencem a mundos diferentes onde os encontros apenas se realizam entre as fronteiras, o homem coloca toda a fidelidade à prova, numa paixão sem sucesso! A Fada tem regras simples e o homem, entende isso como caprichos, acaba por não dar a devida atenção e quebra seu juramento, perde para sempre o amor da Fada, deixa de fazer parte do reino, abre a porta dos encantos e volta a ser um pequeno mortal a vaguear no mundo como alma penada até morrer de nostalgia e tristeza. A Fada desaparece e o homem fica entregue à sua sorte. Além das Fadas que buscam o amor dos homens, também há os Elfos que buscam o amor das mulheres de carne e osso! Vê-se nitidamente no jovem de olhos negros, que seduz as mulheres solitárias no cair da noite, com suas palavras. Pobres são as mulheres que se deixam abraçar por eles, pois acabam por morrer, depois que eles saciam suas carícias. Também existe, aquele que se vinga cruamente de uma mortal que lhe tinha jurado amor. O Elfo desaparece por sete anos, cansada da espera encontra outro amor, depois ele volta e faz de tudo para a seduzir de novo e foge com ela no vento mágico, mas aí vem a tempestade e o amor afunda-se e morrem! Os Elfos nem sempre são jovens, aparecem com alguma deformação física, uns com barriga, outros de pés tortos e outros estrábicos.

No amor entre Fadas e homens, Elfos e mulheres, está sempre presente a tragédia pelo insucesso ao amor entre dois mundos diferentes! Estes são os espíritos da natureza!

Quando o amor fica eterno, é quando ambos pertencem ao mesmo universo!

Texto reflexão, elaborado numa pesquisa de Fadas e Elfos. Dois seres incrivelmente brincalhões, sensíveis e apaixonados em busca do amor, despertam paixões arrebatadoras e a atracção torna-se mútua e irresistível, mas sempre podemos escapar desse amor louco!
 
O amor entre fadas e homens está condenado ao insucesso!

Há Festa lá no Céu!

 
Há Festa lá no Céu!
 
Vamos correr pular e saudar num brinde
porque há festa lá no Céu e os sinos tocam!
As harpas bailam musicalidades soltas
há Santos a beber doces vinhos…

Cantam-se anjos nas caligrafias do destino
sussurros de operas e descansos calados
em passos lentos…
… ouço murmúrios que falam baixinho
glorificam-se todos os que já partiram
há festa colossal lá no alto do Céu lindo
há meninos, primos, avós e tios…
lá no alto estão meus aliados do Baptismo.

No Céu há cânticos bebidos pela saudade
e em todos nós, um brinde.
Vamos saudar os Mártires com velas que ardem!
E vestes brancas, frutos secos e romãs verdes
porque lá no Céu há Santos em Paz
a honrar convertidos, sarados por Jesus.

Em cada mão, um diploma de prova colhido
por Graça de Deus, ser bem dito e bem vindo
… lá no céu há cantares radiantes e há alegria
para todos os cristãos!

Oh Mártires mortos
testemunhas sãs que abraçastes Vossa Fé!
Inocentes por um oriundo idumeus
… na terra do meu Jesus trocaste águas
por sangue no baptismo!

Vamos sublimar, há festa no céu!
Lá, estão todos os Santos a orar por nós
… e o necrópole
nosso destino certo.

Há festa lá no Céu
e nas lembranças profundas que ficaram
dos que sempre amei e já não tenho!
Há festa lá no céu e os Santos,
… estão todos lá!
 
Há Festa lá no Céu!

Do dia p’ra noite.

 
Do dia p’ra noite.
 
A cada dia vou caindo na noite escura
como se ela fosse a eternidade.

Profundo é o sono que me espreita na claridade
solto-me do cansaço, como se eu fosse a cair
num poço de pétalas rubras.

A passagem do ontem vem
no que depois do durante sou.

A luz senta-se nos suspiros meus
outrora limites do tempo que não viveu.

Agora, deixei de ser ontem
nem quero ser hoje
nem quero ser amanhã.

As origens existências do meu eu
não querem marcar esta minha passagem
porque não sou o sonho realizado em mim
mas a força de o realizar um dia.

O caminho que é meu
não quero marcar
pois sou todos os caminhos
do meu imaginário
a minha presença satisfaz-me
num silêncio quase religioso de pecados meus.

A cada dia espero que a luz venha
iluminar cada noite de onde venho, para onde vou.

Todas as coisas que me esperam e não me falam
eu não digo a ninguém
apenas cheiro a luz do movimento que me embala a alma
e a alma traz o sorriso gigante que viaja pelo mundo.

Conheço cada cor de cada borboleta azul
e as minhas descobertas de paz
são paisagens que alcanço no meu respirar.

Reinvento-me a cada entardecer
enquanto meu caminhar vai de pés descalços
trago velas acesas nas delícias sentidas
e os aromas que recebo
são saudades dos tempos da infância.

os espirais são rubras rosas de fé
a criar minhas texturas dentro das minhas poesias
e a noite tem os temperos de cada abraço
que não dei durante o dia.

Meus sonhos são flores
minhas flores são rubras rosas
desfeitas em lágrimas
por cada andorinha morta.

Na noite vou e inspiro o beijo nos gestos de amor
enquanto os desejos são o sol da madrugada
que nunca deixou de ser
o meu recomeço.

Palavras são palavras
se não são escritas, voam com o vento
as palavras nunca recuam quando ditas
e o céu agarra-as para toda a vida
e guarnece todas as estrelas que nele cintilam.
 
Do dia p’ra noite.

Professei tudo e nada

 
Professei o escasseado das ondas
nas marés vivas
enlacei mãos e melancolias
e na alma,
formei mimos solitários
olhares de abrigo
e fui-me
… e fiquei-me
sem nada!

Professei assolados destinos
de penas tantas
quebrei prantos
e fui nos tantos
pardos rostos rosados
nunca quis trair-me
… e fui
rio revolvido!

Professei mágoas
mar quase apagado
e clássicos ensonados de escritos
que nem canto
e fui-me num veleiro
numa raiz quadrada
… pelo eterno
fui nada!

Professei luares vazios
e afrontados abraços
tão meigamente
… vi praias soltas,
fugidas por entre
tanta gente desapontada
do belo das ondas,
renuncias
… e vi marés mortas
salgadas!

Professei tudo isso
e nada
a ficar presa
de encantos…
… do nada fui tudo
… e tudo faltou
nada mudou o traçado!
 
Professei tudo e nada

Fome!

 
Há fome
lá no céu do teu ventre
terra farta, mãos vazias
há fome de silêncio.

Há fome de amor
ternura e de afectos
falta harmonia.

Há fome de laços!
Raros os teus versos.
Sem ar, sem mar, sem amar
que embaraço!

Há fome de tanto, mas há flores!
Há flores que florescem por todos os cantos
que tormento neste Inverno tão intenso...
há fome de verdade e amigos
há fome de sinceridade.

Há fome!
Falta alegria, falta magia e amor
falta tanto à paixão sóbria.
Sorria!
Sorria!
Ainda há valores germinados a cada dia!
Mas há fome de bom senso...
... e cânticos, que ousadia!

Há fome de pétalas cristalinas
falta mulheres
falta homens, mas há pétalas!
Há pétalas de mulher e há fogueiras
candeias de amor, quando ela quer.
 
Fome!

Amor ou Sexo?

 
Acordaste-me
desse teu jeito...
... embaraçado!

Entre abraços e beijos
do teu
meu desejo...

... ternos olhares
declarados de amor
no eterno.

Por entre fogueiras
o nosso corpo, ardendo
em palavras soletradas.

Pouco a pouco
quase nada...
...no tom
baixo
que fomos falando.

Permanecemos
de encantos...
... por entre os campos
do trigo e do milho.

Passeamos
por jardins coloridos
tantos sorrisos.

Sorriste-me
quase, enlouquecido
os olhares
fomos trocando...
... assim
permanentemente
tão soltos
tão belos.

Calados bebemos
todos os beijos!
Os dedos
por entre os meus
longos cabelos...
... desenhamos em nós
um rio manso
e por vezes
bravo!

Um amor declamado
em tantos versos...
... foram saindo
desse embaraço
de mil cores, presentes.

Amei-te?
Amaste-me?
Loucamente...
... de que jeito?
 
Amor ou Sexo?

Não trago mais saudade, fui embora!

 
Não trago mais saudade, fui embora!
 
Não trago mais saudade, fui embora!
As lágrimas esqueci e os silêncios do meu ventre
ficaram num barco partido à deriva dum sol esquecido
... estou ausente do teu mar
fui chuva na despedida
e agora, vento solto!

Não trago mais saudade, fui embora!
Minha alma, pendurou o suco das tardes
e dos medos, inquietas quimeras de tambores
arrastados por sons acumulados
no tempo da minha mente...
... não trago mais saudade, fui embora!

Se continuares à minha janela, já lá não estou!
Meus sentires foram seiva pelo meu corpo a dentro,
fui o que fiz e fiz de mim meu pensar
e das ingénuas tréguas, queimei longas tardes
esqueci de mim por ideias da tua presença
não trago mais saudade, fui embora!

Silenciei pássaros de longe alcance
dentro do peito cantei-os, dia e noite
dos meus poemas acendi velas,
sustentei caricias e voei
voei num veleiro distante do teu fogo...
... isso é amor?

O perfume que me vestiu, não sabes
mas foram singelas estrelas cadentes...
... acolhi-te em cada uma delas
como espartilhos e notas de musicas suaves
não trago mais saudade, fui embora, parti!
Parti também o desespero da velha guitarra
e das cordas dos meus momentos,
deambulei pelo grito da vida para ouvir-te num eco,
mas nunca te ouvi!
Por isso fui embora...
... a saudade não trago mais!

O espírito que me embarcou não é meu, aprendi!
Do frágil da amargura fiquei cansada
e da palavra que nunca chegou, despi tuas flores
que murcharam de fantasia...
... posso imaginar-te nas letras que vou sonhando
... posso sonhar-te nos dedos das palavras que calo
mas querer alcançá-las, não quero!
Não trago saudade, moldei meus vestidos e fui embora!

As pétalas dos sonhos que construí nos meus cabelos
fizeram das cerejas armas
e os perfumes permaneceram duvidas.
Porque derrubaste-me em explosões de afectos
dentro da prisão do teu jogo
senti cada dardo jogado
como anfitrião castigado
e do divino que fui guardando em beijos ternos
troquei mares revoltos por mares ansiados
... nunca vi luzes azuis!
Nem violetas salpicadas de cor...
... só vi sombras dilaceradas
e ternuras avidas, sem sabores!

Meus textos são mais amáveis? Agora não!
Não trago saudade, fui embora!
E nem o cheiro do meu imaginário
me há-de castigar mais!
Esqueci-me do mar gelado, que morreu,
por isso parti,
fui embora para não matar meus desejos
nem meu extasie poético que se transformou...
fico na fé declamada
e se me quizeres lembrar, terás teu silêncio
a ouvir aplausos que nunca me deste!
 
Não trago mais saudade, fui embora!

tu messias mais

 
se ninguém te quiser ouvir grita
escala um arranha-céus e diz tudo
até que as entranhas se esvaiam em acordeões
até que sejas impossível de ignorar
e se te baterem bate a mais portas
e se te baterem mais usa a testa como aríete e entra-lhes nos pensamentos
tu sabes que tens razão
tu tens sempre razão
tu vais salvar toda a gente de si própria
tu sabes o segredo que lhes vai mudar as vidas
tu és o sopro que lhes falta quando assobiam
o som da trombeta
o guizo do chapéu
o rasgo do papel
o mago da magia
o marco do correio
o pico do cume
a água do dromedário
tu vieste para ajudar
tu só queres ajudar
então porque não te deixam?
porque não te sopram carinho ao ouvido e te chamam nomes feios que tu sabes não serem da tua família nem da afastada
a sociedade também foi feita para ti
um bocadinho foi
um buraquinho foi
porque não te deixam entrar lá?
porque não te deixam estar lá?
querem-te à chuva e ao frio
sem amigos
sem calor
sem pão
sem sal
não te dão nem um naco da tua própria carne
nem a luz do teu quarto
nem o silêncio da tua mente
e tu aceitas?
e tu ficas-te?
e tu não protestas?
seu banana
seu falhado
seu funcionário sem sindicato
sua mulherzinha que nunca votou
sua criancinha que limpa o prato
seu homossexual não assumido
seu cão sem pulgas
seu cabrão sem cornos
seu tronco sem pau
seu pau mandado
seu arado sem terra
seu dinossauro radioactivo sem cidade japonesa
seu lamparina sem petróleo que foi inundar uma gaivota
seu cabeça sem capacho
seu diamante
seu bruto
seu papa-açorda
seu caramelo
seu lambe-cus
seu
seu
seu
seu és tu
seu és tu ouviste
seu é contigo
seu é para ti acorda
já é noite
já foi dia
amanhã vai ser tudo isso outra vez e tu estás ao relento
não tens onde ficar
não tens lugar na terra e ninguém to vai dar se não esgravatares
procura
pede
come
ataca
implora
arrasta-te
resvala
escorrega
assusta-os
ignora-os
tu sabes que tens razão
e a tua razão é respirar
se respiras tens direito à vida
se tens direito à vida tens direito a chorar
se tens direito a chorar tens direito a voz
se tens direito a voz tens direito a que te ouçam
se tens direito a que te ouçam tens direito a dizer algo que lhes mude as vidas
se tens direito a dizer algo a que lhes mude as vidas tens direito a mudar também a tua
não peças respeito
nasce respeitado
não implores por dignidade
apregoa a dignificação do Homem
não mendigues comida
acaba com a fome
não protejas os teus filhos
protege todos os filhos
não procures uma religião
faz o que um Deus bom faria
não ouças tudo o que te dizem
ouve todos os que falam
tens direito ao teu canto
e o teu canto é o de mudar tudo
tu podes mudar tudo
tu deves mudar tudo
tu sabes mudar tudo
repara nas pessoas e muda-as para melhor se elas quiserem
aproveita para ires melhorando também
dá-te como se fosses de borla
não peças nada em troca mas dá com um sorriso mais rasgado a quem te der um beijo no fim
não tenhas medo que te interpretem mal
aliás não tenhas medo que te interpretem
aliás não tenhas medo
guarda o melhor para os outros e o pior para ti
mas não sejas cruel contigo que és o único que tens
tens que ter noção do teu papel
e o teu papel é duro como se embrulhasse pregos ou cacos que não queremos nas mãos do senhor da recolha nem nos dentes do gato vadio
o que tu vais fazer agora porque é o único tempo que te pertence é mudar
mudar até que nada fica igual
até que esteja mesmo do agrado de todos
mas se por acaso no meio do teu percurso de conflito e mudança
no meio da tua jornada de luta pelo bem encontrares algo de profundamente belo
não lhe mexas
não lhe toques
pega numa cadeira de praia monta-a e senta-te calmamente a apreciar

Excelente Poeta / Escritor
João Negreiros,
in "a verdade dói e pode estar errada"
 
tu messias mais

Inéditos de Rosa Magalhães
(Imagens da internet)
com 3 Livros Editados
1º "Pérolas de Amor"
2º "Acrósticos de Poesias"
3º "7 Vidas de Afectos"
Rosa Magalhães