Poemas, frases e mensagens de celiacc

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de celiacc

Sem dinheiro para o perfume...

 
Sem dinheiro para o perfume...
 
Um olhar final ao espelho...

Um casaco um pouco velho,
As calças,disfarçam bem,
Blusa já muito usada
Mas passada,
Lembrando tempo de alguém
Muito querido(sua mãe)
E sabe que ela, na vida
Nunca se deu por vencida ...

Situação complicada,
Agora desempregada
O seu dinheiro não abunda.
Vê a vida a desandar,
Sem um cais para ancorar
Como um navio que se afunda...

Olha o espelho novamente
E mesmo que tristemente
Levanta com força a cabeça
e pensa:
Que o infortúnio não vença!
Vou continuar a lutar
E a vida vai melhorar...

E a imagem altiva e bela
Lá do fundo do espelho
Olha de novo p´ra ela
E diz-lhe sem um queixume:
-Vai! Força! Arrasa!
Então,
Pinta os lábios de vermelho,
Salto alto,sai de casa,
Mas já lhe falta o perfume!...
 
Sem dinheiro para o perfume...

hoje!

 
hoje!
 
Ontem,eu era mulher triste e solitária.
Hoje,sou mulher triste, mas solidária.
É dia da mulher!
Daquela que Deus quis,
Viesse ao mundo
Para espalhar amor,
Te acolher nos braços,
Acompanhar sempre os teus passos,
E proteger-te da dor...
Mulher!
Aceita esta flor,
Simbolo da felicidade.
Vive,ama e sê feliz
Porque mulher,
Tu serás obra de Deus
Até à eternidade!
 
hoje!

Meu sorriso...um poema!

 
Poema do meu filho RUI, premiado com uma menção honrosa no Concurso de Poesia/2009 da Associação P. de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Setúbal.

MEU SORRISO...UM POEMA!

O MAR ESTÁ BRAVO
MAS SORRI PARA MIM!

POR SER DIFERENTE?
TALVEZ...

HÁ UM SORRISO TAMBÉM
NO MEU OLHAR,
E UM SONHO:
"QUE O MUNDO ME QUEIRA ACEITAR"

E A SORRIR, A SORRIR
VIVO A ESPERANÇA
DE QUE A MINHA VIDA,
UM DIA,
SE TRANSFORME NUM POEMA!
 
Meu sorriso...um poema!

Quando nasce o amor

 
Quando a alma canta louvores indecifráveis,
parte as correntes e algemas inquebráveis,
bebe oceanos e faz florir o deserto,
faz acreditar no destino
quando à partida era incerto,
quando o peito já não doi
mesmo que sufoque a dor,
quando decoras o poema
que nunca soubeste de cor...

Então, nesse momento,
pára para pensar, medita,
põe de parte o sofrimento,
esquece toda a tristeza,
sorri, vive e acredita,
porque, (fica com a certeza),
como desabrocha uma flor,
acabou de nascer em ti ...
...O AMOR!
 
Quando nasce o amor

Fala silêncio!...

 
Silêncio
molhado
sentido
chorado
é grito de mim,
silêncio
que fala
que canta e embala
num refrão sem fim...

É eco vivido
do meu desespero,
é a voz bendita
do mudo dizer
que ainda te quero,
é o ameno sentir
de quem acredita
que um dia hás-de ouvir
e vais responder...

Sem poder falar
para te jurar
que não te esqueci,
fico então à espera
de gritar o silêncio
que destroi meu peito
calado e desfeito
de chorar por ti...
 
Fala silêncio!...

Perdoa-nos

 
Perdoa-nos
 
Se aquela cruz tanto te pesou
Nos ombros...
Se os espinhos se espetaram
Em teu corpo...
Se a vida aos homens entregaste
Para os salvar...
Perdoa-nos Senhor
Por aumentarmos esse peso com guerras
E seus escombros...
Por aumentarmos a dor com as lanças
Da maldade e do confronto...
Por te esquecermos, Senhor, em vez
De a toda a hora te lembrar...
Será Jesus
Com toda a tua luz,
Será que nos consegues perdoar?!
 
Perdoa-nos

Hoje é dia NÃO!

 
Há uma garra que me fere o peito
um laço de forca que me tira o ar
há um desespero que quer ver desfeito
este pobre corpo que quer respirar

Há uma depressão que afunda meu ser
há uma mentira que manda na vida
um nó apertado que me faz sofrer
um grande vazio sem apoio nem guarida

Há o querer esquecer tudo o que não esqueço
o querer rejeitar o que não mereço
o acorrentar de tantos tormentos

E só a ilusão da pena que corre
sobre este papel onde a esperança morre
me faz esquecer tão tristes momentos...
 
Hoje é dia NÃO!

Voltei!

 
Voltei!
 
Caminho
Pelas ruas da cidade,perdida nesta terra
Que me viu nascer e já não me conhece...
O tempo deixou que me perdesse
Na cidade,e ela aumentou a distância
Entre hoje e a minha infância...
O caminho tem 20 anos de comprido,
Caminho já percorrido
E que não volta p´ra trás...
Caminho com encruzilhadas
A custo ultrapassadas,
Com curvas,altos e baixos,
Com lombas e cruzamentos,
E ao lembrar esses momentos
De sombras, de paz e guerra,
Voltei por outro caminho,
Mas cueguei à minha terra...
Há tantos anos parti
Em busca de melhor vida,
E afinal volto p´ra ti
Em busca de uma guarida...
Vivi a vida diferente,
Mas tive tanta saudade,
Que aqui estou, minha cidade,
Voltei para a minha gente!...
 
Voltei!

À espera

 
É tarde!
Lá fora o ruído
do mundo
que corre
e morre
a cada segundo
e não dá por isso...

É tarde!
O dia acabou há muito

e na minha cama
há sonhos em chama
e há o intuito
de amar
e aceitar
todo esse feitiço...

É tarde!
horas a passar
e eu à espera
de poder abraçar
teu corpo que é meu
como o sol é do céu
mas tarda a chegar...

É cedo!
A noite acabou
dormi e sonhei
e já acordei
sòzinha, sem ti.
É tarde da noite,
é cedo do dia,

É a vida vazia
que deixaste aqui!
 
À espera

Felicidade

 
Felicidade
 
POEMA DO RUI (meu filho)

FELICIDADE É
NÃO HAVER GUERRA
TER AMIGOS VERDADEIROS
CONVIVER
PODER OUVIR, VER E ANDAR
CHORAR AO OUVIR AS CANÇÕES DO 25 DE ABRIL
PENSAR QUE FUI CAPAZ DE FAZER ESTE POEMA!
 
Felicidade

Estações de uma vida...

 
Eu nasci na Primavera...

E sem saber quem eu era
comigo nasceram flores,
correram águas nos montes,
chegou a frescura às fontes
e chegou ao coração
de quem me pôs neste mundo
muito amor, e a afirmação
de que seria feliz.

E feliz fui algum tempo,
dancei com o sol e com o vento,
brinquei com todas as cores
que a brisa fazia rodopiar.
Ouvi pássaros a cantar,
cresci com a vida e com o tempo,
sempre menina , a sonhar.

A Primavera passou,
e foi o Verão que chegou...

Verão cheio de calor
Trouxe no ventre o amor
que aceitei num abraço.
Vivi então a compasso
oa anos da juventude
e senti a plenitude
de quem é jovem, menina
pensando sempre que o sonho
é eterno, e não termina.

Chegou depois o Outono,
e trouxe a melancolia...

Pouco a pouco o abandono
do que me dava alegria.
A vida foi-me mostrando
o que me queria oferecer:
dor,tristeza e amargura
e eu,sonhando,
não me querendo convencer
que o sonho tinha acabado
e que já era passado
a ventura
de ser feliz, e viver.

E eis o Inverno da vida...

Onde tantos sentimentos
tropeçam nos bons momentos
e no mal que ela me deu.
Triste, olho para o céu.
Há tempestades, trovões,
e dentro dos corações
há saudade a transbordar,
Lembram-se os anos passados,
a força que foi precisa
para tudo ultrapassar.

Eu nasci na Primavera
e sem saber bem quem era
cheguei ao fim da descida.
Não fui ninguém especial,
não interessa,
não faz mal,
vivi com alguma pressa
mas fiquei agradecida
porque afinal,
nasci...e vivi a vida!...
 
Estações de uma vida...

Esquece!

 
Se a tua sensibilidade
anda longe e arredia,
se não sentes a saudade
que vive numa poesia,
se não lês no meu olhar
o romance que escrevi
ao longo da minha vida,
descrevendo o que senti
ao ver o céu e o mar...

Se o sol é só uma estrela
e a natureza tão bela
é só o sítio onde vives,
ganhas dinheiro e decides
como ganhá-lo amanhã,
então, amigo, lamento,
não tens uma alma sã,
não sabes o que é o amor,
não ouves cantar o vento
não sentes perfume da flor...

Ao olhar bem para ti
só sinto dentro de mim
uma vontade enorme de gritar,
de te acordar,
mas sabes? não vou esquecer
nem deixar arrefecer
esta chama que me aquece,
e ao ver-te adormecido,
choro e digo p´ra comigo
Esquece!!!
 
Esquece!

PARABENS POETISA NANDA

 
PARABENS POETISA NANDA
 
PARABÉNS QUERIDA NANDA
PELO TEU ANIVERSÁRIO!
PARABÉNS POR SERES
UMA GRANDE MULHER!
PARABÉNS PELA AMIZADE
QUE NOS OFERECES!
PARABÉNS PELO CARINHO E AMOR
QUE AOS "DIFERENTES" TU CONCEDES!
PARABÉNS PELA LUZ
COM QUE ILUMINAS A VIDA!
PARABÉNS POR SERES QUEM ÉS
QUERIDA AMIGA!

MIL BEIJOS E VOTOS DE UM DIA FELIZ!
 
PARABENS POETISA NANDA

Nostalgia...

 
P´la janela do hospital
vejo a praia,
vejo o mar...

É Outono,
noite comprida,
sem sono,
sem vida...

Só meu pensamento voa
e vai pousar junto à proa
do navio que passa ao longe
(e não me leva!...)

Espero até de manhã,
mas a espera é triste e vã...

Nasce o sol, é madrugada,
pegadas de gaivotas caminham na areia,
ouço o murmúrio do mar,
e amargurada,
peço-lhe p´ra me abraçar...

É a brisa que me beija
e deixa minha alma cheia
de memórias.
Lembro-me de tantas histórias
a que não dei importância
e hoje vejo a distância
que não posso percorrer...

E tenho tantas saudades!
E queria tanto viver!

Mas aqui neste lugar
tendo por companhia o mar,
todas as minhas verdades,
o ceu e o pensamento
será bem vindo o momento
de partir p´ra não voltar...
 
Nostalgia...

O quadro que o Rui pintou

 
O quadro que o meu filho Rui pintou...

Na parede do teu quarto
há um quadro pendurado
que tu pintaste.

Todas as noites, ao deitar
fico para ele a olhar
e a recordar
o dia em que m'o ofereceste
e naquilo que disseste.

Pintaste o céu e o mar,
tudo azul,e o sol ao lado.
No meio, um barco à vela
só com uma janela,
subindo sem vacilar
num mar muito inclinado,
a navegar...

O quadro foi à exposição,
-Bonita composição,
disse o júri, e perguntou
porque é que o barco subia,
mas tu nunca respondeste,
disseste que era segredo,
nas a medo,
ao meu ouvido,
disseste muito baixinho,
quase que comprometido:

-Eu a ti vou-te contar,
o barco vai a subir,
lá dentro vais tu e eu,
vamos os dois descobrir
o caminho para o céu...
 
O quadro que o Rui pintou

Que nome tem esta estação?!

 
Quando se tem vinte anos
todo o dia é primavera,
aos trinta,
vive-se um intenso
e belo verão,
mas quando chega o outono
já não se é o que era,
passam quarenta, cinquenta
e vive-se outra estação,
um tão tempestuoso inverno
que se acredita que a vida
sai do céu, chega ao inferno...

Então,
é nesta estação
que se ganha a ansiedade,
vive-se na melancolia,
anula-se a cumplicidade,
passa um dia e outro dia,
apaga-se no peito a chama
que arde no coração,
pois não sabemos quem é,
nem sequer como se chama
esta tão velha estação
de quem ninguém sabe a idade...
 
Que nome tem esta estação?!

Para a Ana

 
Quando os buracos te apareceram no caminho,
Tu aprendeste a voar,
Quando a vida me tirou a alegria,
Eu aprendi a sonhar.
E talvez que o sofrimento
Proporcionasse o momento
De nos termos conhecido.
Dos voos da tua ansiedade,
Dos sonhos da minha verdade,
Do silêncio que tu dizes ter ouvido,
Da certeza que eu juro ter sentido,
Da comunhão dos nossos sentimentos
Da poesia que nos leva com o vento,
Pelos sonhos e realidade,
Nasceu, por felicidade,
Entre nós,
A verdadeira amizade.
Obrigada Ana!...

celia
 
Para a Ana

Teu coração parou

 
Teu coração parou
 
Teu coração parou
Tua mão se estendeu
A pedir ajuda...
A vida acabou.
Meu corpo tremeu,
O medo apareceu,
Senti-me a miúda
Com quem tu ralhavas,
Mas a quem tudo
Ensinavas,
E acima de tudo
Amavas...

Fiquei sem viver...

Não te dei a mão,
Não te abracei.
Não pedi perdão,
Nem sequer chorei.

Então inventei
Que eras um anjo.
Vi-te subir ao céu
Envolta no véu
Da minha saudade

E fiquei à espera...

É dia da mãe,
E tu onde estás?

Voltei a inventar.
Achei que tu eras
A pomba da paz
E vi-te voar
Por cima do mundo,
Mas o mundo não quis
Que voltasses p´ra mim,
E eu desisti,
Nunca mais te vi...

Não sei mais o que inventar
P´ra que te veja voltar,

A abraçar-me,
A proteger-me,
A sentar-me no teu colo,
A ouvir dizer
Até adormecer

Como te quero!
 
Teu coração parou

SER MÃE

 
SER MÃE
 
Ser Mãe

É semente de trigo
Que deu pão,
É árvore que deu o fruto
Do amor,
É ternura,
É ventura,
É emoção,
É sofrer para viver
Sem sentir dor,
É o acalmar do mar
Revolto e inseguro,
É dar ao mundo
A continuidade e o futuro,
É dar a vida
A um ser doce que nasceu,

Ser Mãe,

É o mais lindo poema
Que o poeta já escreveu!
 
SER MÃE

O moedinhas

 
O moedinhas
 
Calças largas
Já um pouco enxovalhadas
Camisola às riscas verdes
Do Vitória
Boné vermelho
Já velho
Sem memória
E botas grandes
De solas esburacadas.

Firme no seu lugar
Da Avenida
Estátua de carne
Que quer ganhar a vida
Para a ir perder
Na compra da desgraça
Que além, naquela praça
É vendida às escondidas.

A mão faz sinal para arrumar
O carro p´ra quem
guardou o lugar.
Só baixa a mão
Ao receber a moedinha
E diz então
A quem a dá:
"Fixe,pá,obrigadinha"!

Conta as moedas
Que tem na mão
E corre,apressado,
Parece esfomeado,
Sente-se muito só,

Mas não vai comprar pão,
Vai comprar pó!
 
O moedinhas

Célia Santos