Não leia
Zero Absoluta da Alma
(Davys Sousa – 18 de Julho de 2007 às 15:24)
Minha alma em consumação reflexiva
Dor, amor que ainda humano subjuga
E transpõe o ser amoroso em algo comum
E sangue divino embevecido na poética
Vida, carne e espírito de um poeta.
Poeta de máscaras, dono próprio de si,
Dos mistérios e sonhares, cruzando sobre a névoa
Sombria de sua sombra a passos longíguos,
Buscando a sorte na visão do holocausto.
Poeta, mago de fé psicodélica, de gritos que a alma
Desperta. Agora, impossível se me faltam palavras na alma
Para expressar anseios, desejos, sonhos, ilusões
Medos e aflições, amores – perdidos ou esquecidos,
Paixões que flamam no coração, pensamentos que aderem à mente,
Talvez, insanada, agora
Nem sempre a alma é um estado sano,
Nem sempre a verdade é uma total verdade.
Nem sempre a espera é uma angústia,
Nem sempre o tempo pode acalmar nossos corações,
Nem sempre o poeta deve colher a vida, o tempo,
A lágrima, a alma, a verdade, o amor e a dor
E colocá-los num vaso como uma incandescente flor
Para ver e mergulhar no profundo do ser
Como um brilho que iria abrir janelas e portas para dentro da alma.
Ser poeta é um estado da alma
Que aspira-se nas palavras que nascem no coração,
Na mente sana ou ensandecida, nos pensamentos
Que devoram cada momento, que fico calado
Ou que me transpõe a paredes invisíveis de meu consciente
Querendo despertar sensações, denotações, sentidos qualquer.
Todo poeta é preso a vida, é louco vivido
Envolvido no silêncio que a alma prolifera.
No cerne de sua existência e vontade de escrever, é fera
Como aquela que amansa corações aflitos
E golpeia-os num súbito gozo de desdém.
Pois, os pensamentos mais que fatais tocam a alma
Com estranhamento e alheia percepção naquilo que é verdade.
Todo poeta preso ao contentamento de outrem
É louco enterrado, porque se silencia
E a voz em vão na volúpia de seus versos
Não vinga aos pensares de outrem como ele.
CHAMA PERDIDA
CHAMA PERDIDA
(Davys Sousa – 29 de Maio de 2007: às 8 horas e 10 minutos da manhã)
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Pálida, a fronte, deleitaste-a em meu peito,
Com tal orgia de suma magnitude
E fizeste me sonhar com a volúpia
Acendendo em minha alma.
Vingaste meus doces devaneios
A tua pessoa com o canto de cisne,
Que, então perdura em sua morte.
Oh, como foste mais vivaz o fogo
Que rejubila e aviventa uma chama perdida.
Oh, tão ardente é o sol que toca dentro de nós
E nos contagia com a amorosa lida.
Chegaste em minha vida
E foste um sol queimando e banindo as trevas
Em meu coração.
Mas, foi a misérrima terra que te calaste.
Oh, efervescente degradação! Até os últimos suspiros!
Quem mo dera!? A terra silenciar o meu amor.
Não me leia!!! Absurdo ler
Efêmera Paixão de Um Amante
(Davys Sousa – 09/05/2007)
*Poema dedicado a uma pessoa com quem, efemeramente, estive junto.
Eu sigo no caminho
que me leva a você.
E se minhas mãos pudessem te tocar
E nos desejos de te acalentar
Em cânticos amorosos pudessem expressar
E unir a tua vinga de ardente esperança.
Quero viver, tremer, sentir, beber
Em teus lábios o gosto de teu sonhar,
E encantos. Na tua alma, gozar dos suspiros
De amor e de dor que tremem em teu
Coração e envolver-me em teu ser
E confessá-lo toda minha alma.
Núpcias Escuras
Núpcias Escuras
A ti, entrego esta lama de pensamento:
Oh, Quimera "Abismo" de minha alma e mente
Submersa na raiz de meu isolamento,
O que em minhas noite, vomita e sente:
Oh, os vícios puros e promíscuos entre
Políticas sociais, venais do casamento:
Grotesca cerimônia aos pensamentos
Doutrinais... e visões católicas dentre
A sede que aplaca uma fé de um Deus,
Que aterra as mentes com o fogo de crença.
E logo, outros pedem, que ele os purgue
A alma carda, pagã desta que dispensa
Sua existência densa. - Amor, que ela segue,
Se a dor é maior e o pranto inunda os olhos seus.
----Davys----Rodrigues--de--Sousa----
03/04/04 12:55
Não leia isto!!!!!!!!!!!! Ainda, há poesia no Mundo?
Ainda, há poesia no Mundo?
(Davys Sousa, Teresina-PI – 27 de Novembro de 2008)
O homem nunca mais sonhou
Sem esperança, perdeu-se
Em ruínas de si mesmo.
O Amor que, um dia teve, o abandonou
Como ele abandonou a si mesmo.
O homem está perdido
Porque se afastou do “Ser Humano”!
O homem, de agora, está perdido
Em sua infindável e questionável busca,
E por que busca aquilo?
O homem existe,
E deixa de existir
Quando se procura, perdidamente,
Porque ele não sabe mais quem ele é.
Ele nunca mais sentiu
As coisas profundamente e em sua essência,
Magnitude mesmo estas complexas.
Mas quem é o homem de hoje?
O homem vive,
Mas morre iludido consigo mesmo,
Pois apesar de tudo, ele precisa
Precisa acreditar em algo
Mais verdadeiro que ele próprio, mesmo!
Ele é uma sombra.
Sobra de um Mundo quase esquecido.
O homem não é mais ele.
Já perdeu quase toda sua essência.
Presente e ao mesmo tempo,
Um tanto ausente,
Porque não percebe as coisas,
Não as sente intensamente
Como elas devem e podem ser sentidas
Em sua plenitude.
Virtudes? O homem tem!?
Não! Porque ele se esconde em mentiras,
Ambições, medos, hipocrisias.
Mas, ainda, há poesia no Mundo?
SOFREGUIDÃO
“Deixa a tua alegria aos seres brutos,
Porque, na superfície do planeta,
Tu só tens um direito: - o de chorar!”
(DOS ANJOS, Augusto. Homo Infimus)
SOFREGUIDÃO
(Davys Sousa)
Vim amargurar-me em confissões.
Eu sou infeliz e por toda vida serei.
E esta dor que confronto,
Esta dor que abate em meu peito
Causa-me tenebrosa ilusão
E supera o limite do amor, do sonho e da razão.
Sou infeliz e até o momento hei de ser.
Tudo o que toco parece ficar insípido.
E assim minha natureza tão vaga se completa.
Morrerei sonhando no absinto agouro
E má fama de minha vida.
Ô ouço os cânticos angustiados doutros anos,
Adormecidos nas cinzas que me torno.
Adormeço nas brumas de um sonhador obscuro,
Mestre das sombras ocultas.
Ouço as ninfas do bosque do esquecimento.
Seus cantos que embalsamam meu coração
Õ maldita vida que carrego na alma.
Transporto em mim toda mágoa de um homem infeliz.
Nas proezas da terra, cantai, Ô ninfas que me conduzem
Ao meu leito eterno de lamentações ou aos Campos Elísios
De meus sonhares.
REVELAÇÃO 1
REVELAÇÃO 1
17/06/04 (03:00a.m/04:00a.m)
Minha alma revela
Meu olhar de má índole,
Vejo milhões de corpos rompendo-se,
E neles, o desejo e a repulsão ou morte.
Meu coração sangra o aviso final.
Minha alma psicogótica
Sangra à quatro pulsos do mundo.
Elabora-me um poema
Tão aveludado, quas' inda
Tãp lírico de pena -
Vestido com arranjos
Em trajes de cena.
Clarezas de surdas
Palavras no poema.
Frases de curtas
Estações para bem
Ensinança para ser para viver
De vaga que agem.
Estou preso a ele! Porque me conhece bem.
Transpõe a solidão no seu corpo inerte e psicodélico.
E que nunca mais apaga o seu pesar,
Assim como resiste ao meu.
O Poema revela
O seu olhar de má índole -
Tão vingativo e amargo,
Sangrando à sete punhos do mundo.
Será a cúpula da eterna mágoa
A velas despidas pelo fogo,
Capaz de compartilhar desses impulsos?
Peço-lhe: torne-me livre dos ardis,
Dos dias cheios de escuridão
Habitados por sonhos à perigosos encantamentos
Verticais ao fogo, a luz e a àgua,
A minha fronte beijando-me,
E dentro da alma extinguem-se
Unidas às outras sombras.
E o sono! o respirar ofegante...
Os galhos deixando-se despedir pelo outono:
São minhas pálpebras...
O zéfiro soprando em minha face
A evocar o universo sombrio, que conheço e sinto
Como um relâmpago vago propagando na noite...
... a morte de um poeta ...
[Davys Rodrigues de Sousa]
Não leia: lei, critica, esquecimento, deformação
A VOS PADECEM A CONDENAÇÃO DE UMA PÁTRIA E A CONDIÇÃO DE SER HUMANO NA FRIA EXISTÊNCIA.
(Davys Sousa – 2004)
Somos condenados por uma inteligência
Que deixamos de concretizar
A ineficiência e ineficácia de governantes
E autoridades legais conduzem ao olhar deformado
Da natureza de uma Sociedade benfeitora.
Desde já, nossos corações e almas visam lucros
Com baixa e depravada prescrição:
O que há nas mentes?
Oh, o que há nos corações?
Os efeitos do Mundo são os que nós mesmos causamos –
Um Mundo aonde sonhar é proibido, e às vezes,
Até proibir algo é também proibido. Um meio sedimentado
Por direitos e deveres que nem a própria lei enxerga
Ou não admite que ela mesma pode estar errada.
Aos Demos Vates, ela é o lixo da sociedade
Por este Mundo com fúria de herméticos e deletérios
A vergonha de um triste criador.
O Estado! O que busca? O que deseja?
Morremos do que vemos
Pelas drogas inúteis, pela máquina odiante,
A máquina negociante.
Não estamos de mãos enlaçados,
Mas compartilhamos o movimento das cousas.
Quer lutemos, quer não lutemos, calados
Sem protestar, sem amores, senão ódios
Não cremos em nada: vale apenas
Estarmos vivos e mortos? Ou esquecidos?
Vivemos o tempo conseqüente!
Diante dele somos “o seu aterro”.
NÃO LEIA!!!!!!!!!!!!!!!!! HUMANIDADE
HUMANIDADE
(Davys Rodrigues de Sousa, Teresina-PI – 22 de Outubro de 2008)
O que você espera do Mundo?
Vivemos, sonhamos, esperamos,
Brincamos, amamos, sentimos...
Para que mantemos esperança?
Para que mantemos os sonhos?
Tudo na vida tem seu tempo.
O homem tem seu tempo...
Mas outrem pode roubar sua esperança,
Destruir seus sonhos,
Tirar a sua essência.
Não nos pré-julgamos chamando a nós mesmos
De seres humanos?
Humanos, por qual natureza?
O homem é o lobo do homem.
O Mundo sangra pelo que o homem cultiva
É como uma hemorragia se colocando para fora,
É como um aborto espontâneo visceral
Chocando-se contra a natureza.
O que cultivamos para nós?
Deletério, o homem vê sua hora,
Sua estrela, seu caminho,
O homem vive, embora,
Ele se mate a cada dia
E mata a vontade de outro.
Às vezes, sonhamos acordados,
Mas, continuamos sendo vitimados,
Esquartejados, dizimados em nossa dignidade,
Moral e ética.
E onde está o Ser Humano?
A poesia fugiu do mundo.
O homem foge do homem.
Há uma corrida contra a humanidade.
Mas que humanidade?
É uma corrida truculenta, genocida,
Feroz e sombria...
Cruel, a face da sobrevivência,
Onde nada parece ser como deveria,
Onde o que governa é o caos, a ambição,
A morte sobre a vida, a inveja, a mentira,
As máscaras... Que identidade? Que essência
Podemos dizer que temos?
E o que nos resta? Que esperança?
Que humanidade?
CONTESTAÇÃO
CONTESTAÇÃO
(Davys Sousa, Teresina-PI, 21 de Janeiro de 2009)
Nada se esconde para sempre
Tudo “o sempre” é até mesmo efêmero
E tão efêmero é a vida e o amor
Que ainda se diz ser Amor
Só a dor resta no coração.
Maior desgraça é aceitar o que o Mundo impõe
Sem observá-lo! Que Mundo é este?
Não enxergar o silêncio insidioso que provocara
A maldade insaciável, este sebento lodaçal
Cinzento... estes chiqueiros humanos...
Esta mazela fria e imensa de homens tristes,
Vazios, inúteis. Desgraça é pouco o que a vida se torna.
No Mundo, que descansa o veneno truculento.