Poemas, frases e mensagens de andrelipx

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de andrelipx

Razão...

 
Eis uma palavra que não entendo, assim como não entendo as suas próprias raízes... A razão...É uma palavra difícil devido ao seu carisma de autoritária e de lutadora, mas será verdade? A verdade é que ela não existe em mim, algo que fica preso no lagar do meu próprio vinho, que fica a deriva do meu próprio mar, mas em mim não existe... Procurei livremente como um pássaro mas não a encontrei...Descobrir vestígios dela mesma mas nada que me levasse ao concreto, não encontrei senão um pequeno lenço onde constava o seu cheiro a caramelo e a chocolate, não encontrei senão a mim mesmo, no vazio do meu ser. Pode ser forte, mas a mim não me derrota, porque eu próprio já me derrotei, ao ignorar avisos e palavras vindas de bocas moribundas que me esfaqueavam a alma e me penetravam no meu coração como as trevas cobrem a noite...Não amo essa palavra, mas cortou-a com a minha faca que trago comigo e guardo os seus restos para os poder queimar. Não a consigo entender, porque ela é difícil de ser entendida, mas não me prendes, porque eu já estou preso a quem me prendeu. Prendes-te o meu corpo ao corpo que não é ninguém...Crias-te em mim, imagens fictícias que de uma forma se tornaram reais e verdadeiras as quais tenho medo de falar... Aterrorizas-te os meus sonhos, com as tuas ameaças de me penetrares com as tuas raízes e me sufocares com o teu olhar mortífero. Fiquei noite desperto a espera que viesses e me levasses, mas nunca chegastes a vir, e aquilo que eu guardara para ti, levaste-o sem uma autorização fazeres e pedires. És má... Humilhaste-me no raiar do dia e no escurecer da noite. Provocas-te a minha morte imaginativa a qual foi levada contigo. Eu sei que não sou perfeito, mas tu também não passas de uma palavra que o seu conjunto é mais que imperfeito que o próprio Homem imperfeito. Não és uma criação viva, mas uma criação morta, que com esse preconceito nome nunca chegaras ao coração de ninguém assim como ninguém se prostrará diante de ti, porque tu és mortífera e feres com esse olhar a própria vontade de ser vivido e de viver...
 
Razão...

Caderno...

 
Pisei e coloquei naquela folha de um pequeno caderno que guardo naquela caixa debaixo daquela estante que tenho em mim... Não é um caderno qualquer, é um caderno que me permite colocar todo o tipo de coisas desde letras a desejos e estrelas... Cada palavra cada acto tomado e feito...cada aparte de uma vida atribulada com concerto de corpo e alma se encontra lá escrito...já são menos as linhas que tem do que as folhas que faltam.. Sempre que me lembro pego na minha pena e escrevo... não é uma pena qualquer é a pena da minha alma... Porque tu tem pena, mas não há pena como a da alma... Escrevo palavras belas e ricas de amor e felicidade, mas ele só chora e fica húmido...Esteve a chuva? Sim esteve a chuva da perda de atracção... Este caderno que tem subscrito... memórias da minha vida... não passa somente de algo que tento guardar em mim. Ele próprio fica admirado pela forma como tento exprimir a minha felicidade, porque não uso palavras que são minhas, mas que são da minha alma... É um caderno que me deixa escrever até me escapar aquela pena que tinha para escrever...Tantos lamentos e lamurias que escrevo naquele pequeno mural que ele tem, será mesmo pequeno? Nem por isso, ele é de tal forma grande que para se conseguir atravessar tem que correr muito para se conseguir alcançar aquela imensidão de palavras e actos que me conduzem a procura de mais e mais... Naveguei por aquele rio de linhas e contra linhas que havia naquele caderno só para conseguir escrever algo que me afogava o coração... E consegui... Consegui transpor aquelas linha e contra linhas, consegui derrotar o meu próprio entendimento, a minha própria vitória, para que aquele caderno que se contra debaixo daquele objecto, fosse só meu... Derrotei algo que em mim me massacrava e derrotava... Derrubei alguns lugares daquele caderno para assim conseguir escrever... Porque não há nenhum caderno como aquele que eu tenho... Não há nenhum que me deixa escrever como aquele... Mas acima de tudo não há nenhum caderno que me ouça e me ajude... Fica bem caderno... Fica bem...
 
Caderno...

Chave...

 
Procurei estupidamente por algo que me fechasse... Algo que me chegasse a prender com uma simples volta... Mas parou... Não adiantava procurar algo que não existe e por mais que o meu pequeno coração morresse de tanto choro tive que desistir... Virei a vida do coração ao contrário e ele não melhorou... Então tentei parti-lo e arranca-lo para que o pudesse fechar numa caixa que tenho escondido aqui num lugar distante de todos os sentimentos que eu tenho... Então encontrei a chave do coração... Não é uma chave normal, mas sim diferente, em todos os aspectos. Esta é uma chave que tenta a todo o custo e poder sentimental, transformar todas as emoções e sentimentos, em inúteis e velhas folhas que caem de dentro de nós como se fossem meros e despercebidos pedacinhos de lixo que andam a voar pela rua. Ela com a sua forma diferente atraia muitos corações atribulados de tanto sofrimento e de mágoa... Cada vez que a vejo, o meu coração fica mais velho de tanto medo e receio que um dia ele próprio possa desaparecer com a força e a brutalidade daquela chave. Não entendo o porque de aquela chave, bonita, grande e brilhante quer transmitir tanto ódio e rancor por parte dela mesmo, Não sei mesmo porque ela é assim...Fotografei-a com o meu olhar triste e acabado que transmitia uma grande dor para ela, mas nem assim... Nunca vi na minha vida uma chave de tão crueldade e magoa naquele coração de ferro... Fico a espera tremendo que ela mude, mas para melhor. Conseguirá, não sei... As vezes a força de vontade é menor que aquele imenso entendimento que ela possuiu... Podia pegar e parti-la, mão ao parti-la estava a partir um pouco de mim. Então ficaria tenebroso e distante não só eu como o meu coração destemido e perdido como também ficaria mais triste e o meu olhar iria quebrar algo que ainda tenho de bom dentro de mim... A força de vontade para vencer aquela chave que me atormenta constantemente e não me deixa sonhar e procurar algo de bom e belo... Chave desaparece daqui...Quero ser mais forte e essa tua arrogância não me irá derrotar... Não uses nunca mais essas sentimentos de papel, porque medo posso ter, mas força tenho para dar... Chave...Adeus
 
Chave...

Imaginação...

 
Imaginação...
 
Contenho nas palmas das minhas mãos, algo que não consigo guardar... A minha imaginação saiu... O lugar que ela ocupava já não é dela, é de uma outra coisa que não a minha imaginação. Fiquei triste quando acordei e vi, que a minha imaginação tinha traçado um novo rumo na sua vida, é algo imaginário e incrédulo como esta imaginação pode fazer...Procurei debaixo do meu intimo humano, procurei-a debaixo do meu entendimento, ao qual me causava dores, procurei no interior da minha integridade, mas nada... Tudo o que eu imaginei e fiz na minha vida perdi...Quis mudar e por isso perdi-a e nunca mais a encontrarei, mas não irei desistir... Irei procura-la ao fundos deste mundo e guarda-la dentro de mim... Porque se um dia ela desaparecer eu ficarei triste e nunca mais voltarei a imaginar... Não é uma imaginação qualquer, esta é mais diferente que outra imaginação que possa haver dentro de mim... Ela vive como eu vivo, ela sente o que eu sinto, mas acima de tudo está sempre comigo e sempre que me sinto em baixo, recorro a sua ajuda, para ficar mais feliz, e para conseguir derrubar longos cubos de gelo que se penetram dentro de mim... Quero aquela imaginação para me sentir melhor e para estar mais feliz com este belo mundo...Nunca a descobrirei se desistir e desistir no meu vocabulário não existe... Tenho que lutar e revirar tudo a minha volta para a encontrar porque ela guarda os meus maiores segredos que eu posso ter... Ela é uma espécie de ouro que eu guardo dentro de mim e se ele não voltar, sentir-me-ei muito vazio, porque os meus melhores e maiores sentimentos iram com ela e eu ficarei neutro... Deixarei de sonhar e imaginar...Quero-a de volta para a guardar no seu devido lugar que ao longo deste longo tempo encheu-se cheio de teias e mais teis... Ela é uma imaginação diferente, porque é uma parte de mim, e eu deixei-a fugir, mas vou encontra-la e coloca-la no seu devido lugar...
 
Imaginação...

Gaveta...

 
Lamentações, frustrações... Palavras ambiciosas que saem da gaveta que possuo dentro de mim. Já não há espaço para mais...Tento dia após dia guardar lá dentro, mais palavras ricas como aquelas, mas não consigo... Já não há espaço suficiente dentro daquela numerosa gaveta que agora não passa de um pequeno cubículo. A razão pela qual elas não cabem não é mais nem menos que o medo e o pavor de algo em mim se tornar ambicioso e malicioso. A verdade de tornar aquela gaveta num baú de palavras ricas, não passa de um mito criado por alguém que pega em simples e harmoniosas e as torna em maravilhosos textos que pela sua complexidade oral, custa a atingir alguns dos corações mais duros. Procuro incessantemente e frustrantemente uma nova gaveta que sirva de pérola e de abrigo a estas palavras minhas que são tuas...Quero uma grande, uma onde se possam colocar todas estas e mais algumas tantas palavras que pelo o seu entendimento querem amarrar o coração de alguém e sufocarem o seu bater. Não querem magoar ninguém, simplesmente procuram uma gaveta onde se possam resguardar para que possam ser apreciadas dia-a-dia em cada hora, minuto e lugar. Não são palavras normais que procuram uma folha onde se possam colar e assim alguém as ler, não... São mais do que isso, são palavras que procuram uma gaveta que é delas, mas é nossa também, são palavras que pelo seu carisma forte querem penetrar na alma de alguém... Mas porque será que não encontram uma gaveta que as possa guardar? Será porque ela é pequena? Não... a gaveta não é pequena, ela faz-se de pequena, para que ninguém a encontre, esta gaveta é uma espécie de sombra de alguém que se quer tornar pequeno e que usa palavras como forma do seu entendimento pessoal e afectivo... Pode ser forte esta gaveta, mas é porque possui a sombra desse alguém que é temível e malicioso... Não quer saber de mais esta gaveta, ela podia tornar forte também e grande o suficiente para lá caber alguém com um carisma mais pequeno, mas que não deixa de ser forte... Será por isso que as palavras ricas não cabem? Não é porque o entendimento dessa sombra é maior que o entendimento dessa gaveta e por mais que haja choro e desilusão, essa gaveta não dará a volta, nem que essa sombra a tire do lugar ela mudará...Porque a sombra pode ter um entendimento forte, mas a gaveta tem um carisma forte...E no que toca ao carisma ela ganha, nem que a força e o valor das palavras seja algo a ter mais força que esta própria gaveta...[/size]
 
Gaveta...

Caixa...

 
 
Tenho uma caixa que não abre, tenho-a guardada no fundo dos forros do meu corpo. Só tem aranhas e mais aranhas que me fecham ainda mais a caixa, e que a trancam mais ainda no fundo. Ela contrapõem-se com o meu aro da juventude, este aro corrompido de tanto sal que lhe caí, este aro que só tem ferrugem e que não é mais torto porque a caixa assim o segura e o ampara. Podia fazer um paralelismo entre esta caixa e este aro, mas não consigo, porquê? Porque não existe um paralelismo possível, porque esta caixa habita dentro de mim e se fosse fazer este paralelismo teria que quebra-la, mas não sou capaz de a quebrar. Dentro dela tem as minhas belas e harmoniosas recordações que sempre que me lembro delas, toca como que uma melodia dentro de mim, que não há instrumento nenhum que o consiga fazer, porque ela toca diferentes melodias, cada qual com um som diferente e cada qual de forma e cor diferentes. Tenho nos meus forros esta caixa e este aro, simplesmente ficam presos, porque não há modo e maneira de tira-los de onde se encontram porque as finas linhas das aranhas fazem com que todo o que lá exista fique preso. Esta caixa é de grande valor e não há nada nem ninguém que a possa abrir, porque já tentei tudo... Já cantei, já escrevi, já recitei, já reflecti, mas acima de tudo, já a amei como a tinha que amar. Procurarei mil e uma, ou duas mil e duas, formas de a abrir, porque ela é minha e por mais que ela ria e chore de saudades daquele lugar, não irei parar, porque parar não serve para mim. A luta de palavras que iram surgir perguntar retóricas irá continuar, porque essa caixa é minha e de lá tirarei essas recordações. Esses forros são maus e cruéis, mas eu não me deixarei sair vencido, porque se sair vencido terei não só perdido a guerra e a batalha e desta batalha e guerra não saírem derrotado, mas sim vencedor...porque ela é minha e por mais que estejam quarenta mil aros a prender-me não desistirei....Abre-te caixa de uma vez por todas...Abre-te..
 
Caixa...

As Flores do meu jardim...

 
No meu jardim, velho e sem vida onde reside só água e tristes flores que não possuem mais nada para além de lágrimas de tristeza. Tristeza essa largada no medo deste infinito campo, tenho varias flores todas elas tristes e sem vida, sem amor, sem alguma expressão de carinho, procuram algo, algo que lhes é negado, algo que lhes é prendido, elas querem atenção, procuram todos os dias um pouco de atenção por parte de alguém, mas quem... Quem será esse alguém que procuram! Não sei... Estão murchas, não pelo facto de não terem água, mas sim pelo facto de não terem quem as ame, foram abandonadas renegadas, desprezadas e ignoradas. Levaram palavras, actos e feitos que não mereciam, são flores...Algo belo e vivo, algo que chora quando alguém, algo que espera um sorriso, só querem...só querem...ser felizes, querem encontrar nesta campo algo que lhes faça voltar a ser como eram, será que é só para chamarem a atenção, ou porque realmente se sentem sós, não sei, sei sim que estão quase a cair de tanta tristeza, essa tristeza que penetra nos seus poros e vai até ai caule e que penetra no seu belo e pequeno coração, esse coração chora, porque está triste, chora porque se sente doente, chora porque não tem ninguém para com quem partilhar as suas emoções... Elas necessitam de alguém, alguém que não lhes rege com água, mas sim com amor, são flores com sentimentos onde o maior é a tristeza, onde paira no ar a infelicidade e a solidão, onde vagueia pelas suas veias este medo de acabaram só... Não tenho um jardim, mas sim um campo cheio de silveiras e outras plantas que ofuscam o olhar das minhas, não tenho um jardim com amor, mas sim com saudade e tristeza, não tenho mais plantas metafóricas que crescem e pairam pelo ar do meu jardim, mas sim plantas personificadas que tentam cavar na sua vida um caminho, não sei qual é o caminho que estão a cavar, sei sim que querem mudar, querem crescer. As flores do meu jardim são assim murchas e sem amor, com muita água, mas ainda com mais magoa, não entendo porque estão assim, as flores do meu jardim...
 
As Flores do meu jardim...

Fio...

 
Corri amargamente pela areia daquele mar, que banhava o meu caminho...Quis guardar grãos daquela areia fina e bela, dentro de mim, mas era pequenos e cada um tinha a sua história...Desisti de correr e parei, por longos e silenciosos momentos, ali no meio do nada sem ninguém e desamparado como uma pequena e bela pena, voar pelo ar... Queria saber o porque de estar assim, tenho o mar, que me ajuda a descobrir algo que não consigo, tenho esta bela areia que me seduz pelo seu caris belíssimo...mas falta-me algo! Não consegui descobrir ainda, porque ando de cabeça em baixo e o que procuro está no ar...Voltei a correr e sem mais demoras, encostei e larguei lágrimas a fio. Eram tão fina e belas que tudo o que eu tinha guardado nela fugiu...Fugiu como foge a agua quando está só...Lembranças, recordações, felicidades, e outras coisas mais, foram pelo o fio das lágrimas... Então corri para o mar e debrucei-me nele e tive vontade de me atirar, mas lá estava o fio das lágrimas, cada uma contava uma história, cada uma reproduzia um filme meu, cada uma tinha amor, mas eu quis atirar-me mas... Vi que no mar existiam outras tantas lágrimas, com os seus belos fios de nylon e de ouro, as de ouro eram alegres as de nylon eram triste...Com medo fugiu, enquanto corria via, lembranças a minha frente, eram mais as tristes do que as felizes, porque será? Porque nunca tivera algo que me fizesse feliz! Voltei para trás, mas fiquei quieto, dei conta que um cheiro a maresia se aproximava...Era tão intenso e belo, cada partícula levava-me a um mundo que não existia, a um mundo diferente, mas com imenso amor... Quis lutar para ficar lá, mas o fio das lágrimas impedia-me e sufocava-me... Então caí em pleno areal, com aquele cheiro a maresia e com o som do mar! Sentia levemente no meu fraco rosto de tanto chorar o fio a passar. Era belo, mas cruel... Nada ali fazia sentido, senão o fio...Era ele que transportava as minhas emoções, mas porque não se ia embora dali... Quis curta-lo, mas a tesoura era fraca e manhosa, então desisti... Deixei-me levar por aquele fio, e fiquei amarrado e amargado por ser assim... Perdi esta batalha, e não há meio de a ganhar senti a sua força por isso desisti... O fio levou o que era meu....
 
Fio...