Poemas, frases e mensagens de Arretogofaugar

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Arretogofaugar

Et no bas voleias

 
Bisbilhotam brisas ansiosas bailar
Sutil que bailas.
Especto espio afeito
E afoito.
Flutuam os pés,
inveja o vento
a mornidade elisia, eólica,
bailas, mais bailas,
Flutuas.

Palavrear descilencia.
Fitolhar.

Corpo no dedo pontado,
suave, suave.

Mão no ar,
ondulante,
almejado.
Gira
corpo
flutuando, emanando brisa,
Espalhando cheiro, odor,
Olor,
essencial De éter,
movimento em Mover luz.
Leve, leve, tão leve, levinho,
Levinho..,

Voas sim, voas.
atrelados sopros em
Bolhas contidas é peso.

Sutil, cetim, séssil, só tu.
Voleias, voleios, voleias...
 
Et no bas voleias

Consequencia

 
Assoprou o lume,
sorveu negrume.
 
Consequencia

Verso branco e gris

 
Desculpa se não me vês como querias,
triste.
Tantos desencantos,nestes muitos anos,
Secaram-me os olhos,
E já o coração empedernido, é deserto.

Não te espante o meu sorriso
Nem martirize o trato impessoal,
Aprendí nas intempéries, resistência...

A cada dia,
Perder-te um pouco,
Minimizou a tragédia de agora...

Madrugadas foram testemunhas constantes
das dores insones que chorei.

Nosso quarto assistiu, inerte, aos desatinos
das carícias rejeitadas,
negaceadas,
inúteis.

Não te desespere a minha frieza,
Deixa-me apenas.

Peço sómente não devolver-me os sonhos,
Que deles já não preciso...

Fico com minhas realidades!!!
 
Verso branco e gris

Tuo-duo

 
O verso e o an
direi
tô,esquer
dá branco e
pre
tô dentro e
fora
bem
mal,
Eu
E
Tu,
linearidade seccionada
noite e dia.
Um e outro
E o outro
E os outros
E todos,
Separados,
Distintos,
Não apenas unidades compactas,
Uns uns divisivéis,
Os infinitos do NADA!
 
Tuo-duo

Quadrilatero,Objetiva

 
Quadrilátero objetiva

Ver, tão...!
Clicks mais rápidos que a percepção do olho, descobrindo inusitados ângulos que ninguém viu, instintivo, de quem nasceu praquilo.
A profissão o escolhera.
Favas contadas.
Questão genética.
Redondo da Iris fixando retângulo do visor, abertura (redonda) do diafragma absorvvendo luz, perpetuando imagem.
Questão geométrica.
Intensidade em preto e branco. Cores rematando limites.
Soluções físico-químicas.
Click, click, click!
Derramados verdes, marrons de terra, luz e sombra intercalando-se, berrante natureza.
Cruzando a lente, desfocados, azul de céu e branco de nuvens, incapazes de suster-lhe o corpo caindo, enfartado.
O click final?
Acaso mecânico na contração da dor...
 
Quadrilatero,Objetiva

Curioso

 
Nos gonzos
rangindo,
fatal testemunho
de tua ausência,
o vai e vem
entreabre
a porta,
E meus olhos
espreitam,
esgueirando-se
pela fresta,
Querendo vislumbrar,
Não a tua volta,
mas a cor do teu sapato!
 
Curioso

Inventário

 
Sou réstia ao teu lado,
no meu silencio contido.
Sou lamento dorido,
na ambivalência da tua dor.
Sou antes de tudo teu,
Até mesmo de mim...
 
Inventário

Idrikja

 
Ato hostil,
Ou heranca bendita,
Dentro de mim
Resiste voce.
 
Idrikja

Mar Ola

 
Mar
rola,
Marola.
Estra
Onda
Estronda.
Ruge
Indo,
Rugindo.
Mar
rola,
Marola
 
Mar Ola

Prolu

 
Nas manhâs morrem as noites.
E foc,
E fuc,
Aí,
Ai,ai,ai!
Só vejo no vídeo
Coisas que não esculpí,
O resto, é rotina.
Retina
Atenta
Não faz a história
Bisbilhota
e vê,
Na ponta do dedo,
catotas...
Ah, o peso de ser um...
 
Prolu

Suícidio

 
Vermelho.
Sangue rubro
Pingando
Pintando escarlates
Formacoes sem nexo.
No cinza
encimentado
do piso,
borras vermelhas.
No verde vistoso
da parede,
A mancha imprecisa
Esguincha
Ironia:
E vida,
Em ponto final...
 
Suícidio

Uno-duo

 
Uno-Duo
- Já vou! Já vou! Olá! O que deseja?
- Tô precisando de abrigo! Posso ficar?
- Quem é você? De onde vem? Por que quer abrigar-se na minha casa?
- Porque sei que foi daqui o apelo...
- O quê?!!! Apeelo?!!!
- Sim aflitivo e pungente...
- Espere aí! Tá viajando na maionese é? Aqui o único vivente sou eu! Ratos, cobras, lagartos, baratas, cupins, nada! Ninguém além de mim, e voce diz...
- Apelo desesperado e urgente...
- Tá de brincadeira...!
- Ah! Vejo que já preparou a mesa prá dois... Hum... Tô com uma fome... Vamos comer!
- Então? Vai ficar ai fora?
- Recuso-me a entrar! Por favor, saia...
- O grande problema da sua vida: querer-me fora, me conservar dentro...
- Você não vê o ridículo da situação? Eu, o dono da casa, fora dela! Você, um intruso, sentado na minha mesa, me convidando para comer da minha comida e dizendo asneiras, por favor!
- Ridículo, dono, casa, mesa, minha comida. Só coisas materiais. Possessões. Nega-se a olhar dentro de si, o coitado... Mesmo que me tache de intruso, na verdade, é ele quem me chama... Dia e noite. Desesperado. Ei, ô coisa estranha! Psiu! Entra aqui! Só posso sair se você deixar... Entra!
- A porta é serventia da casa! Não se acanhe, eu deixo, ou melhor, QUERO que saia! Vá embora! Xiste! Chispa! Suma!...
- E os remorsos, deixo aonde?
- De que está falando? Remorsos? Eu não os tenho... Enganou-se redondamente!
- Não fui eu quem matou o gato da tia Ila... Olha que faz muito tempo, mas, convenhamos, foi uma judiação sem limites jogar o bichano na caldeira fervente...
- Como sabe disso...?
- Não fui eu quem desvirginou a prima Joana...
- Cacete! Você sabe disso também?
- E quem roubava o cartão de saque do avô...
- Cale-se! Ninguém sabe destas coisas. Só eu...!
- E eu! Agora, por favor, solte sua garganta senão morre asfixiado!
- Estou apertando a “Sua” garganta!
- É a mesma coisa... Morreremos os dois...
- Quem é você, afinal?
- Eu sou sua consciência... Fraquinho, mirrado, atormentado! Mesmo assim, consciência!!!
 
Uno-duo

Arroubo

 
Elo.
Eloquente
Elo
Quente
Dado
Ao ato
Atoa,
Delata
O fato.
 
Arroubo

Constancia

 
Tal agulha em mãos habilidosas,
tua presença através dos tempos,
coseu-me os passos
ao teu destino.
 
Constancia

Solitude

 
Meu era teu.
(tu eras meu eu!)
Quem Sózinho?
Fiquei eu!
 
Solitude

Apito de Saguim

 
Apito de Saguim

Ao de lá, ao de cá.
Menino de todo canto, menino, no assoprar do tempo chegava ligeiro, tal assobio do vento.
Do desencanto, de desacatos, arteiro, tudo ouvia, menos contava, aumentava, incluía.
Sem trancas, eiras, beiras, muitas noites embalou-o o pranto. Mais ajudava, mais sofria.
Na compleição sem tento, na indefinição das roupas dadas, se pouco mostrava, menos corpo havia. Tamanhito assim, no decorrer dos anos ninguém cuidou de merecidos reparos. Descuidado no passado, sem desabroche no sempre, no agora, o futuro não viria.
Submetido a magro cardápio, nos desejos da fome, longe dos regalos das faustas mesas, fez-se conviva do cotidiano. Chegando sorrateiro, a barriga onde apetecia, com o que tivesse enchia.
Chororô, chanchada, ingrisias, moças casadas, bulidas , beatas, com todas proseava, se entendia. Quem a sorte ganhou, perdeu, não teve; Quem preso, fugido, homiziado, banido, caçado, ao de lá, ao de cá, em tudo estava, de todos por demais sabia.
Em todos existia. Por todos sofria.
Fraco miado no oitão da cadeia em noite de lua seca, ouvido ao acaso, foi seu documento.
Sobrenome? Quem que dissesse?
Pai? Mãe? Qualquer!
De todos. De nenhum. Segredo de sete chaves. Tabu sem menção, importância, valia. De todos. De ninguém. Na vivência participada, democrática, anônima, do pouco, muito pouco, pouquíssimo, com todos, tudo repartia.
Avesso, alheio, ausente, sempre, o tempo. Claro, escuro, claro o escuro, escuro só escuro. Sem medos, degredos, limites, pitacos, expectante, silente, silêncios rompia.
Ásperos chãos cruzava, cruzou. mornas pedras, fofas gramas, frias lápides, céleres e pontiagudos espinhos, terras soltas, brancas, vermelhas pisadas com encardidos pés, encalejados e descalços, caminhos soletrando lá e cá.
Se camas deitou em? Olhando curioso balançar de redes dormiu nas? Ao de lá, ao de cá enroscado nos sonhos alguma vez no sono embalou? Pesadelos e incertezas nunca ninguém perguntou.
Tão ali, tão assim. De tudo. De todos, sempre, nunca nele se reparou.
Cheiinha a lua no céu, cheia de cor e luz a lua. O vento cantando no assobiar das arestas, por fios, brechas e frestas, em abertas janelas, hermeticamente aradas, aragem suave cada rosto roçou.
No escuro breu da noite, se viu e sentiu na ausência do assopro não mais ao de lá ao de cá, estar ali o menino. Quem procurou

Apito de Saguim

Ao de lá, ao de cá.
Menino de todo canto, menino, no assoprar do tempo chegava ligeiro, tal assobio do vento.
Do desencanto, de desacatos, arteiro, tudo ouvia, menos contava, aumentava, incluía.
Sem trancas, eiras, beiras, muitas noites embalou-o o pranto. Mais ajudava, mais sofria.
Na compleição sem tento, na indefinição das roupas dadas, se pouco mostrava, menos corpo havia. Tamanhito assim, no decorrer dos anos ninguém cuidou de merecidos reparos. Descuidado no passado, sem desabroche no sempre, no agora, o futuro não viria.
Submetido a magro cardápio, nos desejos da fome, longe dos regalos das faustas mesas, fez-se conviva do cotidiano. Chegando sorrateiro, a barriga onde apetecia, com o que tivesse enchia.
Chororô, chanchada, ingrisias, moças casadas, bulidas , beatas, com todas proseava, se entendia. Quem a sorte ganhou, perdeu, não teve; Quem preso, fugido, homiziado, banido, caçado, ao de lá, ao de cá, em tudo estava, de todos por demais sabia.
Em todos existia. Por todos sofria.
Fraco miado no oitão da cadeia em noite de lua seca, ouvido ao acaso, foi seu documento.
Sobrenome? Quem que dissesse?
Pai? Mãe? Qualquer!
De todos. De nenhum. Segredo de sete chaves. Tabu sem menção, importância, valia. De todos. De ninguém. Na vivência participada, democrática, anônima, do pouco, muito pouco, pouquíssimo, com todos, tudo repartia.
Avesso, alheio, ausente, sempre, o tempo. Claro, escuro, claro o escuro, escuro só escuro. Sem medos, degredos, limites, pitacos, expectante, silente, silêncios rompia.
Ásperos chãos cruzava, cruzou. mornas pedras, fofas gramas, frias lápides, céleres e pontiagudos espinhos, terras soltas, brancas, vermelhas pisadas com encardidos pés, encalejados e descalços, caminhos soletrando lá e cá.
Se camas deitou em? Olhando curioso balançar de redes dormiu nas? Ao de lá, ao de cá enroscado nos sonhos alguma vez no sono embalou? Pesadelos e incertezas nunca ninguém perguntou.
Tão ali, tão assim. De tudo. De todos, sempre, nunca nele se reparou.
Cheiinha a lua no céu, cheia de cor e luz a lua. O vento cantando no assobiar das arestas, por fios, brechas e frestas, em abertas janelas, hermeticamente aradas, aragem suave cada rosto roçou.
No escuro breu da noite, se viu e sentiu na ausência do assopro não mais ao de lá ao de cá, estar ali o menino. Quem procurou

Apito de Saguim

Ao de lá, ao de cá.
Menino de todo canto, menino, no assoprar do tempo chegava ligeiro, tal assobio do vento.
Do desencanto, de desacatos, arteiro, tudo ouvia, menos contava, aumentava, incluía.
Sem trancas, eiras, beiras, muitas noites embalou-o o pranto. Mais ajudava, mais sofria.
Na compleição sem tento, na indefinição das roupas dadas, se pouco mostrava, menos corpo havia. Tamanhito assim, no decorrer dos anos ninguém cuidou de merecidos reparos. Descuidado no passado, sem desabroche no sempre, no agora, o futuro não viria.
Submetido a magro cardápio, nos desejos da fome, longe dos regalos das faustas mesas, fez-se conviva do cotidiano. Chegando sorrateiro, a barriga onde apetecia, com o que tivesse enchia.
Chororô, chanchada, ingrisias, moças casadas, bulidas , beatas, com todas proseava, se entendia. Quem a sorte ganhou, perdeu, não teve; Quem preso, fugido, homiziado, banido, caçado, ao de lá, ao de cá, em tudo estava, de todos por demais sabia.
Em todos existia. Por todos sofria.
Fraco miado no oitão da cadeia em noite de lua seca, ouvido ao acaso, foi seu documento.
Sobrenome? Quem que dissesse?
Pai? Mãe? Qualquer!
De todos. De nenhum. Segredo de sete chaves. Tabu sem menção, importância, valia. De todos. De ninguém. Na vivência participada, democrática, anônima, do pouco, muito pouco, pouquíssimo, com todos, tudo repartia.
Avesso, alheio, ausente, sempre, o tempo. Claro, escuro, claro o escuro, escuro só escuro. Sem medos, degredos, limites, pitacos, expectante, silente, silêncios rompia.
Ásperos chãos cruzava, cruzou. mornas pedras, fofas gramas, frias lápides, céleres e pontiagudos espinhos, terras soltas, brancas, vermelhas pisadas com encardidos pés, encalejados e descalços, caminhos soletrando lá e cá.
Se camas deitou em? Olhando curioso balançar de redes dormiu nas? Ao de lá, ao de cá enroscado nos sonhos alguma vez no sono embalou? Pesadelos e incertezas nunca ninguém perguntou.
Tão ali, tão assim. De tudo. De todos, sempre, nunca nele se reparou.
Cheiinha a lua no céu, cheia de cor e luz a lua. O vento cantando no assobiar das arestas, por fios, brechas e frestas, em abertas janelas, hermeticamente aradas, aragem suave cada rosto roçou.
No escuro breu da noite, se viu e sentiu na ausência do assopro não mais ao de lá ao de cá, estar ali o menino. Quem procurou

Apito de Saguim

Ao de lá, ao de cá.
Menino de todo canto, menino, no assoprar do tempo chegava ligeiro, tal assobio do vento.
Do desencanto, de desacatos, arteiro, tudo ouvia, menos contava, aumentava, incluía.
Sem trancas, eiras, beiras, muitas noites embalou-o o pranto. Mais ajudava, mais sofria.
Na compleição sem tento, na indefinição das roupas dadas, se pouco mostrava, menos corpo havia. Tamanhito assim, no decorrer dos anos ninguém cuidou de merecidos reparos. Descuidado no passado, sem desabroche no sempre, no agora, o futuro não viria.
Submetido a magro cardápio, nos desejos da fome, longe dos regalos das faustas mesas, fez-se conviva do cotidiano. Chegando sorrateiro, a barriga onde apetecia, com o que tivesse enchia.
Chororô, chanchada, ingrisias, moças casadas, bulidas , beatas, com todas proseava, se entendia. Quem a sorte ganhou, perdeu, não teve; Quem preso, fugido, homiziado, banido, caçado, ao de lá, ao de cá, em tudo estava, de todos por demais sabia.
Em todos existia. Por todos sofria.
Fraco miado no oitão da cadeia em noite de lua seca, ouvido ao acaso, foi seu documento.
Sobrenome? Quem que dissesse?
Pai? Mãe? Qualquer!
De todos. De nenhum. Segredo de sete chaves. Tabu sem menção, importância, valia. De todos. De ninguém. Na vivência participada, democrática, anônima, do pouco, muito pouco, pouquíssimo, com todos, tudo repartia.
Avesso, alheio, ausente, sempre, o tempo. Claro, escuro, claro o escuro, escuro só escuro. Sem medos, degredos, limites, pitacos, expectante, silente, silêncios rompia.
Ásperos chãos cruzava, cruzou. mornas pedras, fofas gramas, frias lápides, céleres e pontiagudos espinhos, terras soltas, brancas, vermelhas pisadas com encardidos pés, encalejados e descalços, caminhos soletrando lá e cá.
Se camas deitou em? Olhando curioso balançar de redes dormiu nas? Ao de lá, ao de cá enroscado nos sonhos alguma vez no sono embalou? Pesadelos e incertezas nunca ninguém perguntou.
Tão ali, tão assim. De tudo. De todos, sempre, nunca nele se reparou.
Cheiinha a lua no céu, cheia de cor e luz a lua. O vento cantando no assobiar das arestas, por fios, brechas e frestas, em abertas janelas, hermeticamente aradas, aragem suave cada rosto roçou.
No escuro breu da noite, se viu e sentiu na ausência do assopro não mais ao de lá ao de cá, estar ali o menino. Quem procurou

Apito de Saguim

Ao de lá, ao de cá.
Menino de todo canto, menino, no assoprar do tempo chegava ligeiro, tal assobio do vento.
Do desencanto, de desacatos, arteiro, tudo ouvia, menos contava, aumentava, incluía.
Sem trancas, eiras, beiras, muitas noites embalou-o o pranto. Mais ajudava, mais sofria.
Na compleição sem tento, na indefinição das roupas dadas, se pouco mostrava, menos corpo havia. Tamanhito assim, no decorrer dos anos ninguém cuidou de merecidos reparos. Descuidado no passado, sem desabroche no sempre, no agora, o futuro não viria.
Submetido a magro cardápio, nos desejos da fome, longe dos regalos das faustas mesas, fez-se conviva do cotidiano. Chegando sorrateiro, a barriga onde apetecia, com o que tivesse enchia.
Chororô, chanchada, ingrisias, moças casadas, bulidas , beatas, com todas proseava, se entendia. Quem a sorte ganhou, perdeu, não teve; Quem preso, fugido, homiziado, banido, caçado, ao de lá, ao de cá, em tudo estava, de todos por demais sabia.
Em todos existia. Por todos sofria.
Fraco miado no oitão da cadeia em noite de lua seca, ouvido ao acaso, foi seu documento.
Sobrenome? Quem que dissesse?
Pai? Mãe? Qualquer!
De todos. De nenhum. Segredo de sete chaves. Tabu sem menção, importância, valia. De todos. De ninguém. Na vivência participada, democrática, anônima, do pouco, muito pouco, pouquíssimo, com todos, tudo repartia.
Avesso, alheio, ausente, sempre, o tempo. Claro, escuro, claro o escuro, escuro só escuro. Sem medos, degredos, limites, pitacos, expectante, silente, silêncios rompia.
Ásperos chãos cruzava, cruzou. mornas pedras, fofas gramas, frias lápides, céleres e pontiagudos espinhos, terras soltas, brancas, vermelhas pisadas com encardidos pés, encalejados e descalços, caminhos soletrando lá e cá.
Se camas deitou em? Olhando curioso balançar de redes dormiu nas? Ao de lá, ao de cá enroscado nos sonhos alguma vez no sono embalou? Pesadelos e incertezas nunca ninguém perguntou.
Tão ali, tão assim. De tudo. De todos, sempre, nunca nele se reparou.
Cheiinha a lua no céu, cheia de cor e luz a lua. O vento cantando no assobiar das arestas, por fios, brechas e frestas, em abertas janelas, hermeticamente aradas, aragem suave cada rosto roçou.
No escuro breu da noite, se viu e sentiu na ausência do assopro não mais ao de lá ao de cá, estar ali o menino. Quem procurou ?

- Para Alentajana.
 
Apito de Saguim

Fobos

 
Me sussurra o medo:-"Cala-te!"
Me diz a vida : -" Grita! É preciso viver!"
Saburrosa covardia a ladrar desvios...
Nem a bala quiz tirar-me a vida
ou o policial a bolsa,
Eu é que borrei-me todo!!!
 
Fobos

Borrasca

 
No
mar
bravio,
as
ondas
ericadas,
sao desafios do vento
aticando as águas!
 
Borrasca

Coerencia

 
O calo que aflige
é obra do sapato
que muitos não têem.
Aceite seu calo
ou tire o sapato...
 
Coerencia

Elide

 
Das abstrações
chamadas hora ?
Envelheci,
jogando-as fora!
 
Elide