Poemas, frases e mensagens de Betimartins

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Betimartins

Ser tua mulher!

 
Ser tua mulher!

Nestes meus lábios, sinto teus beijos
No meu corpo ainda os teus desejos
Beberei na madrugada o teu néctar
Que colhi de ti, colhi do teu belo amor
Transformei-me na fada do nosso lar,
Dei a luz os frutos da renovação da vida
De um novo amanhecer, um novo sentir
Meu corpo se transforma, muda, envelhece
Deixou de ser jovem, está muito mais maduro,
Como um campo de trigo pronto a ser colhido
O cheiro a jasmim, ainda permanece em mim
Mas o meu pensar está mais profundo, maduro
Juntos, sonhamos, pensando no próximo reencontro
Rimos e fazemos projetos além da vida, da morte
Nos nossos olhares apaixonados, nem questionamos
Onde estará a eternidade? O nosso amor? Onde estará?
Confiamos no nosso Deus, à fé que habita em nós
Como um belo edifício que juntos edificamos, forte
O transformando com amor na nossa verdadeira morada
Hoje eu ainda sou aquela mulher, cheia de mistérios
Cheia de alegrias, agradecida pela tua existência
Pela tua forma mágica de me amares, sem medos
Que apenas só no olhar já sabes como eu me sinto
E eu ainda sinto viva, sinto a felicidade do teu olhar
E juntos ainda nos sabemos amar sem desconhecer
Todos nossos segredos, nossas ânsias, nossas metas
E ainda acredito na magia do amor, na magia de amar
Onde ser tua mulher é a melhor coisa que me aconteceu...
 
Ser tua mulher!

Só o amor é real...

 
Só o amor é real...

Vaguei na penumbra dos meus pensamentos
Alguns, confesso que demasiado confusos
Fiz uma breve reciclagem da vida e do tempo
Criei em mim, breves fantasias e demasiados erros
Voltei, a olhar para trás e para o passado
Com lágrimas e muita saudade do que vivi
Dei um pontapé ao amor que tinha nesse presente
Sem saber o real valor que nele, existia
Voltei a enxergar com olhos do amor
Ergui os meus olhos a Deus... E chorei
Dor que rasgava o peito, repleto de amor
Sentia calor, um ardor, um arrependimento
Nesse exato momento eu, pedi com o coração
Repleto de terna emoção e paixão, já tanto esquecida
Foi como um devastar do tempo, de sentimentos
Um breve momento em que toda a vida passa
Rápida, como uma breve fita do cinema trajada a cores
Vemos com clareza todos os verdadeiros momentos
Onde somente o amor, aquele amor que dela brota
É real e palpável, presente, magnífico e algo...
Algo... Muda em nós e nova fronteira abre novas portas
Às portas do Eu e deste coração, esquecido de si mesmo
E nesse momento eu descobri algo majestoso e transcendente
Que tudo mesmo tudo vale a pena, viver mesmo com erros
Pois somente o "Amor é Real” nesses momentos...

Betimartins
 
Só o amor é real...

Mensageiros da escrita, os anjos de Deus!

 
Mensageiros da escrita, os anjos de Deus!

Um dia Deus decidiu bem lá no céu, dar alguns dons gratuitos
Como já muitos tinham os recebidos e não fizeram uso deles
Deus voltou a ponderar e ordenou aos anjos ajuda na terra
Os anjos, apenas ajudaram, escolheram e marcaram-nos...

Nos testes foram implacáveis, não perdoaram nada de nada
Colocaram pedras afiadas nos seus caminhos, ferindo-os
Provocaram tempestades gratuitas, calunias e desespero
Apenas fizeram que o amor não fosse ofertado a eles...

Eram milhares de homens e mulheres na terra, chorando!
Aflitos, sem créditos e sem direção no seu caminho, esquecidos
Alguns buscaram as forças em seu acreditar, no poder do Pai
Trabalharam a sua espiritualidade sem nunca duvidarem, dele...

As fortes dores acalmavam a medida que o poeta despejava
Tudo que sua alma continha, tudo que sua alma almejava
A luz se fez presente, os anjos sorriram, as crianças brincaram
Pela paz que cada poema confortava na alma de quem o lia...

Então Deus achou que era preciso melhorar a esperança da vida
Entrou nos corações dos que ainda acreditam nos milagres de amor
Inspirou-os, levando-os a descrever as benções dos céus e alegria
Transbordando palavras gratuitas de amor, palavras de gratidão...

E Deus ainda não estava satisfeito com tudo que construiu no poeta
Envia seu anjo Lúcifer, para que ele seja provado ao mais alto nível
Tirando-lhe tudo, desnudando até sua alma, nada deixando ao acaso
Fazendo da vida do poeta um verdadeiro inferno, será que ele acredita?

No que ele sente e escreve, no mundo que ele descreve, no seu mundo
Entre lágrimas de sangue, sem duvida de seus sentidos e escrita, continua
Sem nunca duvidar dos desígnios de Deus para ele proferidos e ordenados
E ai ele se entrega de coração ao rubro e mente inquieta a sua escrita aqui.
 
Mensageiros da escrita, os anjos de Deus!

O meu amor por ti.

 
O meu amor por ti.

Coloquei-te nas tuas mãos o meu coração
Ofertei-o com todo o poder do meu amor
Dei a ti o melhor manjar dos deuses
Levei-te para lá das portas do paraíso...

Desnudei-me, tu me apenas me consumiste
Saboreaste-me e levastes tudo de mim
Eu! Apenas te trouxe o infindável céu
Com infindáveis doces momentos de prazer...

Tu sentiste a minha pele e o meu desejo
Devoras-me até aos limites da minha essência
Eu apenas te dei o meu perfume de mulher...

Deixei-me voltar a perder de amores por ti
Ficar perdida na imensidão da nossa paixão
Neste meu pobre coração encarcerado por ti...


Betimartins
 
O meu amor por ti.

Abri as janelas da alma

 
Abri as janelas da alma

Hoje acordei dos meus sonhos
Revivi as minhas falhas
Arrumei as idéias
Nas prateleiras da alma
Algumas lágrimas, verti
Umas de tristeza e felicidade
Viajei aos sonhos de menina
Estacionei na eterna saudade
Quantos sonhos guardados
Quantos foram realizados
Busquei aqueles que mais amavam
Sorrindo agradecida pelo presente
Quanta ternura o meu coração sentiu
Dos momentos de amor que senti
Dentro do meu coração, tem pedaços
Todos bem colocados de amigos
Familiares e pessoas que aqui passou
Dele, também levaram um pedacinho
Deixando bem esburacado e feliz
Mas quem mais me emocionou
Foi o Deus que senti em mim
Escutei a voz de Jesus, falando
Da paz e do amor pelos irmãos
Mostrando as mazelas do mundo
Da dor que esta sentindo
Pedi perdão a Deus, chorando
Pelos irmãos que estão tresmalhados
Mas mesmo assim, eu sou feliz
Pois as janelas da minha alma eu abri…

Betimartins
 
Abri as janelas da alma

Ecos da solidão!

 
Ecos da solidão!

Renasci do mundo das sombras
Repleta de frio, gelando-me na alma
Escuto as vozes longínquas, vozes confusas
Vozes do além, onde estás tu? Onde?
Martelo as paredes, desesperada, as procuro
Elas vêm dali, as sombras se movem diabolicamente
O medo invade minha alma, apenas tremo de medo
Minhas pernas estão bambas, dormentes, cansadas
Algo gélido, algo sinistro, toca os meus ombros
Quis sumir da terra, que era aquilo que me que tocava?
Eu não o entendo, não vejo nada, vai além de mim
Volta tocar-me, minha garganta sente um nó fechado
Quero gritar, mas não consigo nada sai nada, inerte!
Mas o que é isto que vai além de mim? Grito!
O medo invade a minha alma, o gélido consume-me
Meu coração bate, descompassado, como ele bate
As sombras se movimentam ao meu redor, são tantas!
O cheiro incomoda o meu nariz, cheira a podre, mal
Escuto movimentos, a vida lá fora, respiro de novo
Tento acalmar o meu coração, algo acontece ali
Era o tempo, o tempo parou, sugou as lembranças
De uma vida ativa, cheia de muitas alegrias, passada
Mas o tempo, esse não perdoa, não mede distancias
Trás consigo os ponteiros afiados, batendo, as horas
Trazendo a solidão, apenas a solidão em forma de ecos...
 
Ecos da solidão!

Uma bela tarde de Outono

 
Eu senti uma leve brisa no ar
Era como um beijo roubado
Que agraciou toda a minha alma
De muita doçura e de muita alegria
Enquanto eu, por ali, caminhava
Entre as folhas velhas e caídas, tristes
De cores vivas, variadas e tão coloridas
Que me sentia uma bela rainha
Passeando em seu castelo mágico
Todo o parque estava despido
Despedindo-se do seu Verão
Algumas folhas ainda presas
Nas altas copas nos faziam sonhar
Por momentos, eu pensei em fadas
Vendo-as trabalhar e elas eram minúsculas
Cheias de rara beleza, onde a vida grita
E pula e se agita em grande alegria
Olhei para o meu céu entre os galhos
O Sol irradiava, aquecendo os corações
Um casal de passarinhos, ali namorava
Entre as suas caricias, os seus cantos e vôos
Saltitando entre os galhos, mostrando encantos
E tudo naquele tom nostálgico, fazia-me sonhar
Até que o velho vento lembrou-se de nos visitar
Ele tinha que estar presente, sacudindo as árvores
Divertido por despi-las e ele segredava bem baixinho
“- Não fique triste, pois o Inverno está a chegar
“o frio se faz sentir forte e assim o sol vos aquecerá”
No fundo era sua consciência a falar por deixá-la ao frio
No ar flutuava uma folha de cores vermelhas e douradas
Voando em círculos, até vir parar, no meu colo, era minha
Fascinada eu olhei-a e lembrei-me da lareira acesa e do frio
As chamas vermelhas eram da cor daquela folha e eu sorri
Pensando como a natureza é caprichosa e cheia de surpresas
Mergulhei nos meus sonhos, entrei num mundo mágico
Registrei tudo o que senti a alegria, a satisfação e o ar
O cheiro variado, entre as ervas frescas e pinho forte
Estranhamente, eu me sentia maravilhosamente Viva!

Paz Profunda!

Betimartins
 
Uma bela tarde de Outono

Páginas da vida.

 
Páginas da vida.

Uma a uma minhas páginas se esfumam com o tempo
Entre o passado já tão esquecido e o real presente
Do que vivi, ainda viverei, ainda poderei vir aprender
Apenas Deus saberá, quando encerra este meu livro...

Entre sentimentos, que me fazem chorar de emoção
Entre pensamentos de amor que aqui, aprendi amar
Nos meus braços aqueles seres tão pequeninos
Por mim, tão amados são pedaços de minhas páginas...

Eu cresci, cresci escrevendo desenhando as páginas
Uma a uma entre dores, entre alegrias, apenas caminhando
Não importando com a dor que sentia dentro deste coração
Eram as páginas mais coloridas a vermelho, escritas a sangue...

Foram tantas páginas escritas repletas de memórias e recordações
Onde eu fui princesa, criança, fada, bruxa má e apenas mulher
Mas as páginas que mais amei escrever foram as de uma mãe
E aquelas que eu dividi e foi uma guerreira constante por amor...

Hoje ainda tenho uma pequeninha parte da pagina por escrever
Sei que vou a escrever com muito amor, ajudada por quem
Um dia tomou conta do meu pobre coração, o curando da dor
Apenas me amando sem precedentes e acima de si mesmo...

E as minhas páginas se preenchem uma a uma, sem limites
Escrevendo sobre o amor, a partilha, a perseverança e paciência
Claro que também elas foram escritas na humildade do tempo
O tempo que foi o meu melhor mestre depois de Deus meu pai...

As páginas da minha vida tiveram anjos, os belos anjos do amor
Também passaram os diabinhos para dar uma boa e forte sacudidela
Entre o certo e o errado, entre alegria e a tristeza e apenas aprender...

Estas são apenas as minhas simples páginas da vida vivida aqui
Que por muitos elas sempre foram invisíveis, sem importância
Mas que aos meus olhos e de Deus elas são a minha aprendizagem....
 
Páginas da vida.

Deixa-me sonhar!

 
Deixa-me sonhar!

Quero sonhar um belo sonho de amor
Voar contigo, nas asas da paixão
Quero trazer a ti, todo aquele amor
Vou te iluminar e fazer de ti um homem feliz...

Deixa-me sonhar!

Quero sentir esse teu perfume e segredar
Muito baixinho ao teu ouvido que eu sou feliz
Quero sentir o teu toque em mim e poder
Subir aos céus os dois nas asas da paixão...

Deixa-me sonhar!

Quero sentir a tua voz falar e esse teu olhar
Onde descobre os novos horizontes de amor
Descobrindo os dois, os mais belos jardins
Deste amor tão louco e ao mesmo tempo insano...

Deixa-me sonhar!

Quero sonhar contigo até eu acordar
Quero sentir esse teu sorriso em mim
Viajar nesse teu amor intenso e ardente
No teu corpo e me tornar a mulher mais feliz
Deixa-me sonha!Deixa-me apenas sonhar...

Betimartins
 
Deixa-me sonhar!

Desabafos de uma poetisa

 
Hoje eu acordei, simplesmente feliz
Onde a dona felicidade é a criadora
Desta minha poesia, deste desabafo
Que minha alma faminta declara a ti...

Não existem anjos, nem mistérios
Nem mesmo a frescura das aguas
Onde as brisas reparam o calor
Que do teu belo coração recebo...

Não existem flores nascidas ainda
Que componham teu único cheiro
Que do teu corpo eu sinto e cheiro
E tua maciez de pele, o teu respirar...

Não existe no mundo o melhor acordar
Que os teus beijos em meu rosto feliz
Onde tua voz deixa plena e segura
Que o dia vai ser ainda mais alegre...

Olho-te, vejo-te vestindo, sinto-me
Poderosa, senhora do meu destino
Senhora de ti, do teu amor, tua vida
Só a mim aqui pertence, quem sabe...

Não importa que o dia vire noite
Nem a noite vire dia, desde que tu
Estejas junto comigo nesta caminhada
Onde nossas cruzadas são de amor...

Nem mesmo as tempestades vinham
Desde que tu segures a minha mão
Sossegues o meu pobre coração
sem nunca deixares sozinha, aqui...

Meu amor, o que será de mim, o que será?
Se tu um dia partires e nem sequer avisares
Será meu amor que cumprirás a promessa
De vires aqui me buscar, quando eu morrer...

Não sei meu amor, não sei como será
Apenas eu sei que não sei viver sem ti
Que nada é mais forte que o meu amor
E que eu te buscarei na eternidade, um dia...
 
Desabafos de uma poetisa

Os Espelhos do Tempo!

 
Os Espelhos do Tempo!

O tempo está denso, cruel e pesado
Por vezes tão cansado e sempre arrasado
Ele é a maior vítima da nossa falta de tempo
O tempo se reflete no meu lindo espelho
Aquela ali sou eu! Ali o tempo nunca mente...

E nos espelhos, olhamo-nos, devoramos
As nossas almas famintas, de ter tempo
Famintas da falta de tempo para nos amar
De tempo para crescer, brincar e sorrir
Mas o tempo! Esse não volta atrás, não!

Aquela que se olhou no espelho! Sou eu!
Outrora foi uma criança, com tanto tempo
Tempo! Era coisa que nunca lhe faltava
Ela brincava, fazia os seus trabalhos de casa
Ela ria e contava suas tropelias do dia a dia...

Ela arranjou tempo para se olhar no seu espelho
O espelho do tempo! Aquele que não mente, nunca
E viu quanto tempo passou, nas linhas e rugas
Nos olhos já baços e cansados de tanto chorar
E como ela teve tempo, tanto tempo, demasiado tempo!

Ela sorriu no seu espelho, viu parte da vida
Como se fosse uma película ali, no tempo
Bem conservada, sem perder nada de nada
Os bons momentos, os maus momentos
E uma vasta coleção de espelhos guardada...

Ainda mais fundo ela se olhou no espelho
Aquela escuridão, aquela ofuscação, saiu
Ele se iluminou, deixou o sol clarear, o dia
Viu uma jovem correndo feliz pela pradaria
Seus cabelos voavam alegremente ao vento...

Quis parar ali o tempo, o espelho, estava lindo
Imaculadamente lindo, jovial, parecia ter saído
Do chamado tempo de juventude da mocidade
Quanto amor ali, derramado, sonhado e vivido
Mas o espelho do tempo voltou a se embaciar...

Encantada eu quis limpar o espelho de novo
Cada bocadinho, cada impureza eu limpava
Melhorava, era o tempo de ter tempo
De meditar na minha vida e eu limpava
Mas o espelho se partiu e o meu tempo acabou!
 
Os Espelhos do Tempo!

Quando tu aqui, já não me encontrares!

 
Quando tu aqui, já não me encontrares!

Autora:
“Betimartins”

Mesmo que os meus olhos se fechem
E os meus braços já não te abracem
As minhas mãos já não te acariciem
E a minha boca se cale para sempre
Lembra-te que... Um dia, eu aqui passei
Fazendo da tua vida uma eterna magia
Entre choros, entre delírios e os desafios
Porque juntos nós escrevemos uma história
Plantamos uma árvore e criamos os filhos
Mesmo que fosse ao desafio da paciência
Nós seguimos o destino, cientes da espera
Que não é tão doce como sempre se espera
Pois a nossa mente... Ainda é tão jovem
Mas... o nosso corpo já não nos responde
Como outrora, logo a gente larga um sorriso
Para que a tua essência não se preocupe
Porque são as coisas naturais da nossa vida
Onde tudo tem um inicio e sempre um fim!
E não chores, não lamentes e apenas sente
Aquela doce saudade dos nossos tempos juntos
E se tu sentires uma brisa te acariciar, calma!
Sou apenas eu... Meu amor... Sou apenas eu!
Pois só assim eu matei de ti a minha saudade...

www.betimartins.prosaeverso.net
 
Quando tu aqui, já não me encontrares!

Poeta desconhecido.

 
Poeta desconhecido.

Poema que estás por aqui escrito
Perdido entre grupos e páginas
Alguns te lêem e acham-te belo
Outros apenas mais um poema...

Nestes versos delicados e sentidos
A tua alma não está aqui, apenas
Para ser avaliada em um poema
Nem muito menos na sua rima...

Não crio palavras ilusórias, apenas
Para te agradar e receber elogio
Nem quero saber da qualidade
Mas sim no sentir do teu coração...

Lembrai-vos do Luis Vaz de Camões
Que apenas ficou imortal, depois de morto
Quanta dor abrasou o seu pobre coração
Nos seus versos de amor eterno, escritos...

Por isso eu amo ler um poema, adoro
Que não tenha leituras algumas, solitárias
Nem mesmo um simples comentário, nada
Eu o leio e fico arrepiada, tinha alma...

Vi o sentimento do poeta, desconhecido
Aquele que nunca é lido e nem lembrado
Nas delicadas páginas deste meu poema
Eu te aplaudo poeta pela tua bela obra.
 
Poeta desconhecido.

Meu nome é solidão!

 
Outrora eu era alegre, feliz
Corria pelos campos, sonhando
Num sonho de amor e esperança
Colhi todas as flores, deitei-me
Sobre elas a ver o manto de estrelas
Roubei-as todas só para mim
Num gesto egoísta também a Lua
Escondi o Sol da manhã, aprisionei-o
Condenei a terra apenas ás trevas
Vaguearam como loucos os poetas
Despertos da sua missão, a do amor
Nos véus da noiva, eu vesti a traição
Nos corações dos pais, eu difamei-os
Nos governantes, eu coloquei a cobiça
Afinal quem sou eu? Sou a solidão
Aquela que todos falam mal e gritam
Como correntes do passado e atolado
Não! Não vou dou a alegria, não dou!
Ela é minha só minha! Ai de ti que a roubes
Afinal ela é a única e generosa amiga...
 
Meu nome é solidão!

Converso com a poesia!

 
Converso com a poesia!

Soneto de Betimartins

Poema travesso, repleto de tantos encantos
Que foges da minha breve ilusão e encenação
Entre as fortes malhas da minha rude paixão
Mudo e silencioso, ficas comigo, meu poema!

Olho-te! Triste, cheia de magoa e muita dor
Tu! Olhas-me bem forte, decidido a vir a mim
Entre palavras calorosas, cheias de muito amor
Não divagas, nem namoras, estás presente aqui...

Trazes em teu regaço, palavras belas e amorosas
Impregnadas de puros sentimentos, nobres e justos
Como as madrugadas a desabrocharem nas estrelas!

Juntos, nós conversamos pelas imensas eternidades
Nas paredes gélidas deste meu quarto e tão solitárias
Mudos, calados, sempre enternecidos na nossa poesia...

www.betimartins.prosaeverso.net
 
Converso com a poesia!

Quando tu aqui, despertares...

 
Com água correndo pelos meus sentidos
Dando força á vida, fazendo-me sentir viva
É este calor avassalador que me faz transpirar
Fazendo-me ficar bem pensativa sobre os mistérios...

Mistérios da vida, do que aqui, a faz movimentar
Da magia do sol, do milagre da semente que germina
Do ventre de uma mãe que amorosamente carrega
O futuro da humanidade, tudo, tem sempre um segredo...

A magia do amor que encanta a humanidade e faz sonhar
A dança das estrelas na noite para nos iluminar e da bela Lua
Os caminhos entre as montanhas, vales, rios e até do mar
Mar que nos deixa sem fôlego, cheio de encantos e mistérios...

E me faz voltar ao passado, quantas civilizações, monumentos
Erguidos, entre lágrimas, perdas, sonhos e registros de grandeza
Quantas religiões, reis, deuses, pensadores, cientistas e governantes
Tudo virou a pó, tudo deixou de ter sentido, apenas ficam as memórias...

E todos nós procuramos o segredo que nos move nesta jornada
Do que somos feitos, porque nós estamos aqui e quem nos criou
Porque sabemos que temos uma jornada a ser efetuada e realizada
Movidos de inteligência, sentimentos, nos, movimentamos por ai...

Ciente que nada nos pertence, nada é nosso e nem os filhos gerados
Vivemos experiências, movidos de ódios, de enganos, de ganância
Despeitados, prontos a ferir o outro irmão, por inveja e incapacidade
Quando nós somos a essência do amor, somos sós, os filhos do Amor...

Fazendo parte desta maravilhosa Obra, que Deus criou para todos
Irmãos sem fé, sem ter amor próprio, sem projetos e sem raciocínio
Alguma vez pensaste porque tu és capacitado de raciocínio? Difícil...
Na tua vaidade tu és uma raça superior, que comanda os outros seres...

Podes destruir colocar em jaulas, invadir, subjugar, mudar e impor
Criaram prisões douradas, as lavagens de mentes e criaram os medos
Criando as novas tecnologias, até criaram os novos infernos da alma
Incapacitando o homem de algo bem simples que é o ato de conversar...

De se tocar, trocar experiências, ensinamentos, e o fato de saber escutar
Unidos por um sentimento único de amor, o amor profundo, o amor Divino
Aquele amor supremo que Jesus se sacrificou um dia na terra pelos seus irmãos
Enviado pelo nosso Pai, numa missão de amor, numa missão de imensa Paz...

Será que nós aprendemos algo com a sua vinda? Será que todos são cegos?
Ou precisaram carregar uma cruz de trabalhos, onde a sua dor se faz sentir
O ranger de dentes se faz escutar em súplicas e preces ao nosso Criador
Onde tu crês num poder supremo, no perdão e na generosidade do Pai...

O mundo está farto de sofrimento, de gente repleta de maus fluidos
Egoístas, mas devemos crucificar esses irmãos, não! Eles não têm amor
E o amor logo começa pelos teus atos e os seus pensamentos positivos
Fazendo a toda diferença, despertando a tua espiritualidade e a tua fé...

Porque tu és e sempre serás, a Luz Divina que ilumina a toda a humanidade!
Paz profunda!

Betimartins
 
Quando tu aqui, despertares...

Eu Acredito!

 
Eu Acredito!

A névoa está já quase indo embora
Deixando acordada a manhã sonolenta
Lá bem no fundo das montanhas o dia
Vem com um manto avermelhado e vivo

E os pássaros voam e cantam em bandos

Fecho os meus olhos, mergulho no silencio
Abraçando-o eternamente e logo escuto
A sua conversa amigável, entre seus risos
Cheio de carinho, paciência e de bondade

Ensinando-me a amar incondicionalmente...

Uma brisa brincou comigo, trazendo odores
Cheios de belas fragrâncias a pinho e jasmins
Embalando as flores com todo o seu carinho
Brincando feliz com as suas belas borboletas

Testando toda a sua paciência e a sua beleza...

O som das águas correndo apressadas ao seu rio
Levando todos os restos lixo largados por humanos
Outrora de uma beleza incrível, onde se transpirava
Totalmente a Paz era uma paz que vinha do interior

A paz rodeada de uma total harmonia e concordância...

O vento trás consigo o cheiro a maresia e as gaivotas
Gritam no ar, entre seus vôos rasos, mergulhando no mar
Na beira da praia, está uma criança brincando com areia
E as ondas se divertem a molhar seus pezinhos, segredando

Que quando tu cresceres vais ser marinheiro ou um pescador...

Olho lá para o alto, bem lá no infinito e me perco com o Sol
Abraço-me com ele, olhando-o, saudando-o e agradecendo-lhe
A sua luz, o seu calor, tudo o que ele produz, até o azul do céu
E escuto uma musica suave vinda de uma flauta e ali eu chorei

Chorei de alegria, de emoção, com o coração transbordando amor...

As lembranças uma a uma vieram-me visitar, calmas e tão vivas
Onde a saudade logo se fez sentir de uma forma gostosa e bela
Escutei seus sons, seus cheiros, as suas cores e formas e eu sorri
Porque o meu coração acalmou e abrandou todos os meus passos

Eternamente grata, eu os libertei e deixei-os seguir a sua viagem...

E foi ai que me recordei, num passo de mágica, num alerta feliz
Que nunca estava sozinha, abri lentamente os meus olhos e vi
Aquele rosto cheio de luz, cheio de amor, cheio de esperança
Sorrindo para mim, estendo suas mãos ás minhas, olhando-me!

Num olhar tão terno e compreensivo que me ensinou o caminho...

E todas as minhas dores, mágoas, todo este meu cansaço e choro
Deixou de fazer qualquer sentido para mim, fortalecida e muito feliz
Passeie pelos céus da minha existência, rodeada de uma paz incrível
Aquela energia repleta de amor, cheia de paz e temperada de esperança

Era eu e só eu e aquele meu amigo muito especial, que me mostrou tudo isso...

Ninguém mais poderia me ferir, poderia me magoar, poderia me maltratar
Porque eu já não o permito, aprendi a meter os pés ao caminho e a confiar
Na Providência Divina, no amor do meu amado Pai, na minha capacidade
De caminhar e quando precisar ajoelhar-me e humildemente pedir ajuda

Porque dentro de mim, dentro do meu Ser, a fé nunca faltará e eu mim, eu acredito...

Paz Profunda!

Betimartins
 
Eu Acredito!

Os Olhos da Alma

 
Quando meus olhos se cansaram
De olhar bem longe o horizonte
De ver as manhãs despertarem
E a noites escurecerem e esfriarem...

Quando encerrar os meus olhos
Para meditar, apenas esvaziar
Todo o entulho da minha mente
Todo o ódio e mal querer da vida...

Então estarei pronta para entrar
Na minha mais bela catedral
Olhar-me no espelho e ver-me
Como eu sou em minha alma...

Será que eu estarei ainda preparada
Para ver as verdades e as mentiras
Ver o negro, os fantasmas do seu Ser
E romper com amarras com a Divina luz...

Entre as pontas do triangulo sagrado
O que está em cima estará em baixo
Entre a rosa mística está a real vida
No crescer e evoluir da minha alma...
 
Os Olhos da Alma

Sexta Feira, dia 13...

 
Sexta Feira, dia 13...

Oh! Lua. Oh, minha Lua! Feiticeira
Dos desejos ocultos, secretos e oprimidos
Dona da insana minha paixão e emoção
Nas raras porções mágicas dos enamorados...

Entre cobras, lagartos e aranhas
Todos juntos, com a baba de bode
Uma porção de idiotice e sem fé
E uma gargalhada bem aflorada...

Todos já vestidos de negro na floresta
Rodam em danças mágicas, bebendo
Os lobos uivam, lambem o seu pêlo
Que sua noite vai ser de grande farra...

No ar já a pobre vassoura passeia
A velha bruxa está alcoolizada
Em zás- zás, sem qualquer nexo
E suas gargalhadas estrondosas e cruéis...

Já na velha casa, está o charlatão, de turbante
Com sua bola de cristal e no seu velho baralho
Venham! Rios de dinheiro! Eu! Tudo vós vou ajeitar
Tudo o que possam vir a pensar, até os calos do futuro...

A benzedeira faz o sinal da cruz, arrepiada
Dizendo “cruz credo”, mas o que é isto?
È muito mau olhado e muita inveja
Que corta o teu lindo caminho...

Não tem sogra que resista e coitada da pobre amante
Todos são culpados, dos sem vergonha, caras de paus
Mas apenas, com os pozinhos mágicos, julgam curar
As suas escapadelas, na tão azarada sexta feira, dia 13!
 
Sexta Feira, dia 13...

Despedida do nosso colega portugues e membro da Abrali que faleceu

 
Despedida do nosso colega portugues e membro da Abrali que esta noite faleceu
"QUANDO desejamos encontrar o nosso espaço
do outro lado da fronteira…
onde nada se leva
a não ser o que de bom e de mau
soubemos preparar para a viagem…
para a nossa VIAGEM!... "
Sacramento Gaudêncio

Adeus, Amigo!

SACRAMENTO GAUDÊNCIO *1937 +2007


Hoje minha alma esta triste
Tu partiste e deixaste
Páginas da tua vida
Escritos, alguns alegres
Outros que transpareciam
O que a tua alma sentia
Foste homem, sonhador
Construiste família, linda
Ajudaste na construção
Deste país, deixaste
Grandes marcas presentes
Deste vida as palavras
Como muralhas da tua solidão
Foste menino, adulto e avô
Sorriste, contastes histórias
Destes as tuas mãos, ajudaste
Quis a vida levar para outra morada
Elevar o teu espírito a Deus
Sei que estas caminhando
No belo túnel de luz e amor
Deixando aqui saudades
Aos que mais te amaram
Sei que na tua nova morada
Estarás sendo um anjo de luz
Confortando os corações

A ti meu colega
Sei que foste lutador
Te deixo a minha homenagem
Com respeito pela tua obra
Tanto na escrita como
Na tua conduta de vida
Parabéns..Sinto orgulho
Por ter passado na tua vida
 
Despedida do nosso colega portugues e membro da Abrali que faleceu


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sim