Eu poeta...
Nasci assim...
Com doçura no olhar...
Capaz de ver,
Nas coisas mais banais,
Belezas sem estereótipos...
Com facilidade de escrita...
Abençoada pelas graças das sereias...
Agraciada pelas riquezas dos deuses...
Vou assim,
Aqui e acolá,
A semear destas sementes...
Visões sem igual,
De um mundo invisível,
Por sensibilidades anêmicas...
Meus temas,
São e serão sempre,
O que advém
Da alma...
E suas danças no tempo,
Ao sabor do vento
De todo sentimento...
Virtudes e defeitos,
Mostrarão suas faces insólitas...
Desnudadas por certo,
Mas maquiadas pelas palavras...
Ah! Essas palavras!
Pobres palavras...
Máscaras indeléveis...
Que tudo mostram,
E não dizem nada!
Revelariam, por acaso,
Um eu poeta?
Coisas do amor...
Mas amor,
Vamos agora,
Aos nossos sonhos, queridos...
Adentremos deslumbrados,
Os portais da poesia...
Amor por ti eu daria,
Mil vidas se as tivesse!
Mas te dedico uma prece...
Simples cantiga de amor...
Pequenina, mesmo, flor...
De perfume embriagador...
Um sopro do amor que sinto...
Dose de um raro vinho...
Rosa amarela, entre o verde...
Um pouco do meu carinho,
Do muito que sei mereces!
E do tudo que sei te darei,
Ao longo de nossos dias...
Pois que a minha alegria,
É te amar sem ter limites!
Apaixonada por você
Hoje, não vou fazer nada...
Quero permanecer assim,
Deitada em seu colo
Vendo a vida a sorrir...
Quero te amar sem ter pressa...
Que o tempo, depressa
A voar sem ter fim,
Só te rouba de mim...
Quero aproveitar cada minuto...
A sorver deste amor,
Que a nutrir por você
Alimento de ardor
Sonhos que te dou...
Meu amor infindo...
TE AMAR
Fogo que me queima...
Paixão que me ensandece...
Às vezes prece serenada,
Mas sempre,
Ritual que me enlouquece...
Falar-te amor?
Sempre!
Com ou sem palavras...
Na face escancarada,
Já a benção ou maldição,
Bem estampada...
E manifestada,
Sem pejo alucinado,
O desejo que de mim se apossa...
Ter você...
Envolver-te...
Perder-me nesse feitiço...
Doce feitiço,
De te amar,
Sem pensar
Em mais nada...
Já não falo de amor...
Já não falo de amor...
Meu canto agora é triste...
Eterno lamento de minha alma que chora,
Faz-se por fim toda a poesia...
Nenhum alento existe
Triste agonia...
Trilhas sombrias absorvem sol do céu...
Vago perdida nestas vagas de esperança...
Amor...
Um canto alegre que em mim morreu...
Sofro só!
E sinto na garganta amargo nó...
Não sei mais cantar...
Desfaço a dor que em mim desata este tormento,
A gemer mil ais...
Descortinada à poesia
Ah! Que vontade de mandar às favas
Queimar a lavra
Tudo destruir...
Tudo o que enfim
Só me denuncia!
Eu queria ilha,
Recorrí à escrita...
Mas triste desdita,
Me tornou poeta!
Que escreve com a alma,
E nua, aparece,
Aos olhos de todos...
Como eu fosse enfim,
Atriz descomposta,
No palco da vida,
A fazer streep-tease!
Ana Maria Gazzaneo
Meu grande amor...
Feliz eu sei que sou, nestes momentos...
Passados ao teu lado, doce amado.
Enfim vejo luzir, no firmamento,
A estrela, que ilumina os nossos passos...
Se a sorte que te trouxe, te deixasse,
Do lado de quem sempre te amou...
Seria viver só felicidade,
Ao fim deste meu tempo, que restou.
Mas vivo a beleza deste amor...
Minutos sei que valem, eternidade.
E sei que se faltar um amanhã,
Certeza, restará doce saudade!
Vazia...
Dias sem o sol...
Noite sem luar...
Horas que se vão,
Sem perspectivas...
Sonhos incolores,
Versos sem poesia...
Alma tão vazia...
Flores sem perfume...
Fogo sem o lume,
Na brasa se esfria...
Real agonia!
Sombra rastejando,
Sem ter alegria...
Vivendo à mercê,
De mera fantasia...
Todo o nosso amor
Eu te encontrei...
Eu que andava destemida...
Olhando de frente para a vida...
Vida que já era boa...
Mas que em nova luz se fez
Mais bela, ainda, ficou!
E te amei...
No seu sorriso meigo,
Mergulhei...
Doçura de mel,
No teu olhar,
Eu encontrei...
Beleza do amor,
Que sequer,
Eu sonhei...
Pudesse existir...
Te conhecí...
Encantada, fiquei!
Nascendo o amor,
Novo rumo,
Tomei!
Vivo agora, assim...
Sorrindo, feliz!
Se a vida era boa...
Melhor, se tornou...
Por causa deste amor...
Tudo isso eu te digo...
E no teu abraço eu me lanço...
Meu amor-amigo!
Nosso amor tão amigo e companheiro
Que encara toda a dor com alegria,
Cantando sem temer o mundo inteiro
Fazendo deste verso, a sinfonia
Que louva todo amor sem ter limites;
Em todas as facetas deste sonho...
Te peço, minha amada que acredites
Em tudo o que te canto e que proponho.
Nascemos por amor, vamos por ele,
Nos versos irmanados por um Deus
Que é feito neste amor que se revele
Sem permitir a dor nos olhos teus.
Estamos nos refúgios da esperança
Esse amor-amizade é nossa dança!
Ana Maria Gazzaneo
Marcos Loures
A verdadeira força do homem
A força do homem, não está nos pés que os leva por todos os caminhos...
Nem na cabeça, ninho aconchegante, para chocar, milhares de idéias...
Nem na força de seus punhos...
Nem mesmo, na imaginação...
A força de um homem, está no seu coração!
" O amor, faz do homem, um gigante...
O ódio, lhe provoca a morte, súbita!"
ANA MARIA GAZZANEO