Poemas, frases e mensagens de AmandaCarvalho

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de AmandaCarvalho

Palavras dispersam quando não sabemos ouví-las, escapam para seus mundos, perdem sua importância...

Morte e vida

 
Morte e vida,
tudo que já se fez é suficiente?
A vida se desgasta em olhos tão carentes,
vejo meninos morrendo de verdade,
além dos jogos os tiros invadiram a cidade.

Começo a me distrair
com versos ilusórios,
estrago meus desejos
pensando no meu ódio.
Mas a verdade é que acredito em esperança,
palavra não esquecida em minha mente de lembranças.

Tão vazio,
tão sozinho,
incompleto caminho.

Tudo que já se fez é suficiente,
muitos se cansam de viver,
simplesmente adeus.
 
Morte e vida

Para você.

 
Um dia eu cheguei a pensar que todo o amor fosse eterno,
e isso me deu confiança para cometer pequenos erros, pois eu sabia que depois ao pedir perdão o teria e sempre o tive.
Não imaginava que amor em excesso pudesse cansar, e não pode,
mas a dependência que ele causa assusta.

E quando esse amor parece chegar cedo demais,
a princípio nos tornamos cegos as outras pessoas ao redor, mas o tempo nos faz voltar a notá-las e lembrar que é bom conhecê-las,
chegamos até pensar, "ele(a) poderia ter surgido mais tarde em minha vida, sou tão jovem",
mas como não podemos controlar o destino e quando se ama somos pacientes, aceitamos mais...
...Sou somente uma, também tenho pensamentos que não deveria ter, mas os guardo para mim,
porém você parece querer ter uma prova desse amor eterno
e precisa ver outros olhos e sentir novas bocas para ter certeza que é a minha que quer sentir somente.
Mas, e se por acaso você me esquecer e for além?
sinto medo de que possa sair da minha vida para nunca mais voltar...

Vendo a tua beleza além da superficial e sentindo as suas palavras amaciando meus ouvidos,
amo-te e te quero, com mais ou menos vontade, é a minha certeza do que sinto.
 
Para você.

Prazer?

 
A lua sempre marca uma mudança,
o corpo atiça no movimento contínuo,
e se desfaz em lembranças
do seu prazer não contido.

Entrelaça sua visão na minha,
deixa eu saber o que pensa.
E se não for a melhor das sensações,
largarei-me em esquecimento.

Distribui-me por seu corpo,
uma dor que dilacera a alma me domina
o amor não consegue se sobrepor.
A secura em mim predomina
o silêncio é inconstante,
intervalos de sussurros e gemidos,
falsas palavras de incentivo eu te digo.

E se num momento íntimo futuro
eu puder dizer: nada é como antes.
Um sorriso se sobressairá
e um novo sentido ganhará foco.
 
Prazer?

Ainda chove

 
Coração quente,
bate sem consciência de quando deve parar,
bate no compasso certo, assim como deve ser.
Estou aqui ilhada, definitivamente,
a chuva ainda cai e daqui a pouco invadirá as casas
e eu aqui escrevendo poemas sobre meu coração cheio de sentimentos.
Estou confortável, mas e minha vizinha de baixo?
Que a água cesse antes de invadir as casas e molhar os poucos bens alheios.
Uma parte do meu coração se preocupa e o que eu devo fazer?
sou assim, meio egoísta ou meio envergonhada, então escrevo para desabafar sobre o que sinto ao ver tal situação.

Meu coração quente bate agora acelerado, os sentimentos se divergem, chuva não mais me acalma e leva com sua força os carros, o lixo, a esperança, leva as casas na beira dos barrancos, as árvores mal podadas pela prefeitura e estas logo caem sobre os carros, sobre as casas e sobre vovozinhas que caminham inocentes pelos passeios, onde deveriam estar em segurança.
 
Ainda chove

Ao meu lado.

 
Eu pensei
que o meu canto um dia pudesse acrescentar em você um amor.
Contei que as minhas lágrimas
são minha proteção contra os sentimentos que tendem a explodir em mim.
Menti
quando disse que nada me faz sentir você, amor
e de tanto te amar até esqueci,
que nada pode me fazer tão feliz quanto você.

Desisti de fazer promessas
minhas palavras dispersam
com o pensar na tua partida.
Um conflito que cresce, sinto isso por nada,
pois não conheço o seu sentir.
Eu só sei que sou sua melhor companhia,
sua vida é aqui,
ao meu lado não há exigências,
apenas um querer,
é mais simples assim.

Sentimentos a parte,
somos feitos um para o outro
e foi isso o que vi nas linhas pouco lúcidas da minha imaginação.
 
Ao meu lado.

A busca (título improvisado)

 
Sem contato entre os corpos,
sorriso e logo o choro,
são dois pontos de uma mesma questão.
Sou assim sem teu comando,
vivo e sem descanso sigo para te alcançar.
Dependo do teu canto,
eu conto com o seu andar.
Não percebo quando você chega,
mas eu sei quando já passou.
Reescrevo um novo romance,
eu procuro novas histórias
pois quem pára fica no vácuo,
perdido no rastro de outros destinos.

-/-/2008
 
A busca (título improvisado)

O lago

 
A vida no lago surge meio que por encanto,
cresce em galhos mortos,
brota de uma terra fraca,
os peixes pouco aparecem em nossos azóis,
descansam no fundo
e buscam se preservar.

A vida no lago esconde esperança,
a de que um dia o mundo possa nos consertar
e conservar os novos destinos de vida longa
para que o mundo continue a rodar.

Mistérios distintos,
ausência que se sente,
o fantasma da solidão que ali habitou.
Destinos cruzados que nem o tempo irá desfazer,
as cartas sempre guardaram os segredos dos anos que te dediquei.

Mistérios distintos,
futuro e passado presentes,
quero um caminho onde eu possa te encontrar.
Destinos cruzados, mas a matéria não existe,
será que um dia poderei te tocar?

08/06/2007
 
O lago

Tarde demais...

 
Olho-me no espelho,
vejo um futuro tão presente.
Infelizmente vou descobrindo que as coisas não saem como queremos
e aprendo algo pior,
que somos nós,
com nossos erros,
os causadores da mudança desse rumo.
Quando pareço estar no ápice do meu amor
descubro que ele terá que, forçosamente, terminar
e terei que me acostumar a uma falsa solidão.
Quando estamos tristes gostamos de dramatizar
e frases saem melodiosas e com rimas.
Mas as minhas agora só conseguem fugir
saindo atropeladas
e soltas uma das outras.
O "eu te amo" não serve mais,
mesmo o sentimento estando aqui no meu peito.
Meu coração está partido ao meio e eu sei que um pedaço dele está indo embora,
sei também que precisarei de paciência para reconstituí-lo,
precisarei do tempo para renovar minhas lembranças.
No momento desejo que tudo acabe rápido,
inclusive este amor.
Mas ele, o amor, é ousado
e permanece insistente no meu peito,
o meu amor tarde o demonstrei,
e agora só o tempo haverá para calá-lo.

01/02/09
 
Tarde demais...

Perto da dor

 
Sonhos que se divergem
e me transcendem para além do mundo...
Sou meio assim,
tão triste assim ,
quando não está aqui.

Peço que me compreenda
se não participo do clã que você criou,
onde só você integra
e pouco o interessa...

Se localiza no meio do nada,
onde ninguém já chegou
e é tão complicado e tão perto da dor.
Se não posso ir até aí,
por que um dia me convidou
a participar do seu mundo estranho
e tão perto da dor?

Já não basta eu ser assim,
tão triste assim,
quando não está aqui.
 
Perto da dor

Fim dos tempos.

 
Desarmei o meu corpo,
simplesmente fui com o vento.
Sou eu e o que eu penso,
sinto e pouco vejo.
Contei as medidas do meu peito
inchado de sentimentos,
desfaz em ilusões complexo e desespero.

Veias sobre a minha pele
sangram com a arte da dor,
sinto que uma nova estrela se firmou.
O breu que encobre o destino,
pressinto
e não sei aceitar.
Um fim se aproxima,
amor,
mais uma história terminou.

Costura as velas que me levam,
num caminho dourado sobre o mar,
pensa em um paraíso,
mas não sei se a morte vou encontrar.
Graxa que mancha o meu rítimo
é a mentira no seu clamor,
não acredito mais em palavras,
a estrela negra se firmou.

Desarmei o meu corpo,
simplesmente fui com o vento.
Sou eu e o que eu penso,
sinto e pouco vejo.
Contei as medidas do meu peito
inchado de sentimentos,
desfaz em ilusões complexo e desespero.

O breu que encobre o destino,
pressinto
e não sei aceitar.
Um fim se aproxima,
amor,
mais uma história terminou.
Graxa que mancha o meu rítimo
é a mentira no seu clamor,
não acredito mais em palavras,
a estrela negra se firmou.

30/03/2008
 
Fim dos tempos.

História do mundo

 
E quando mergulho no infinito das palavras eu descubro que apenas adjetivos não seriam suficientes para descrever as formas definidas e não definidas no universo...
Caminho desamparada sem saber o motivo de sempre me questionar o significado da existência de todo o tipo de vida, e de todo o universo. Tudo não poderia ter surgido de uma explosão, e antes dela, seria tudo vácuo?
E qual é o real início de tudo?
Eu já li contos que são mais prováveis para a história do mundo...
 
História do mundo

No silêncio

 
Silêncio a noite,
medo contínuo, falta uma palavra de conforto.
Nem sou mais o mesmo de antes,
deixo contido no meu íntimo o que penso.
A noite o medo da morte me alcança,
rezo e o sono vem rápido,
sou tão sensível com meus anseios infantis...
Penso que se ainda fosse criança correria para a cama dos meus pais.
Como os amo,
o tempo passa rápido e parece que a força se esvai do corpo deles
como um dia acontecerá comigo.
E com isso esqueço que só o tempo traz sabedoria
e nos faz crescer em espírito,
que só a experiência nos torna mais fortes,
tudo aqui é passageiro
e esquecemos das coisas divinas e do que há além da vida.
Por esquecermos nos tornamos mais temerosos,
por que sabemos que tudo parece passar rápido demais...
e a força da fé se enfraquece
pois só conseguimos lembrar do ganho material.
O silêncio a noite torna a todos mais alertas ou mais desligados
e até sons comuns nos assustam,
o próprio silêncio incomoda,
nos sentimos sós quando na verdade não estamos.
Sempre cercados pela energia que faz girar o mundo,
há uma música que ninguém escuta,
mas que guia nossos corpos de forma inconsciente,
o universo nos coloca num baile onde cada um se move como quer
e sem querer construímos a teia da vida,
que interliga a história de cada um construindo os capítulos de um livro universal.
 
No silêncio

Opções

 
Não foi por falta de opção
que larguei meu coração lá no canto.
Por que eu me distraía com qualquer sorriso estranho.
Esqueci de onde vim,
das lágrimas que eu vi por motivos, tantos.
Mas eu tive que fugir,
minha alma já sofria há muito.
Via-me regredindo com um deserto que não mudava de cor.
Manchava meu pés de marrom terra, azul terra, vermelho terra, pouco variava.
Mas esqueci de abrir os meus olhos e pouco te valorizei,
agora estou aqui com pessoas ao meu redor,
agora estou aqui
e ninguém mais vai ter pena de mim.

Eu valorizo o belo quando o mar se faz de estéril,
fui parar em um mundo de poucas opções.
 
Opções

Explicações

 
Eu digo que crescente é a história do destino
com um tempo que corre sem cessar.
Eu vejo nossas frases se criando em metáforas
ao explicar o que passou.
Acredito que há muitos mistérios que só as estrelas podem nos contar,
com seus pontos densos se ligando em desenhos distintos,
que os nossos olhos pouco conseguem compreender.

Confesso, eu aceito teorias sobre a nossa criação,
mas não entendo porque
as coisas sempre tem que ter tanta explicação.
Porém, já que é assim, vê se me explica também essa tal de desigualdade,
a má distribuição
e os complexos da nossa sociedade.
 
Explicações

Confusão. (título improvisado)

 
Desapego a necessidade do seu rosto,
é apenas um costume um vício.
E agora o meu corpo está sem estímulos,
não percebo outros rostos,
pareço só.
Eu confesso não falo com todos,
mas os ouço como querem ser ouvidos.
Amanheço e acordo comigo,
desapego e o procuro cada vez mais.
E cada vez mais eu me visto
e me troco buscando encontrar onde me meti.
E descubro em outros corpos
que sem o seu uma parte eu perdi.

E parece que não aprendo com os fatos,
parece que esqueço da dor.
Novamente eu cometo esse erro
e me confesso em uma nova canção.
 
Confusão. (título improvisado)

O tempo.

 
Não quero um novo corpo,
quero apenas um homem que aceite o que sou e como sou.
Não quero novas cicatrizes nem voltar no tempo, pois o que passou , passou.
Só desejo sempre reconquistar o que o tempo desgastou.
Sentimentos meus,
sentimentos seus,
eu não quero me cansar.
Resgato lembranças de quando criança,
lembro dos meus pais e dos meus avós.
Antigos e novos amigos passam, vem e passam,
e por aí vai seguindo meus anseios.
Sentimentos trascedem as verdades
e tudo amadurece,
eu espero descansar.
Seguindo o ciclo do tempo
eu sei que um dia tudo acabará
e existirá um novo começo.

05/03/2008
 
O tempo.

Solaris.

 
Uma dança cósmica entre o sonho e a realidade,
despedaça os corações,
estraga a liberdade.
Reflexo de uma vida,
hoje apenas uma sombra.
Descobre-se que é mais difícil
se livrar de uma lembrança do que ela de você.

E entre uma dança e outra
eu vejo você,
eu sonho você,
eu sinto você.
Entre umas vozes e outras
eu o escuto
e percebo apenas um mundo ilusório
onde somente lá você existirá para mim.

A última dança cessou
quando deixei de acordar
e mergulhei em fantasia.
 
Solaris.

Poema sobre um amor.

 
Eu digo que te amo
e penso que nada pode me dizer.
É mentira,
pode me dizer tudo com seus olhos
de desenho japonês
ao ponto de em um determinado momento
eu ter sentido medo de olhá-los.
Completo dizendo que você faz parte
da minha verdade plena,
sendo ela feita de alegrias e tristezas
e mesmo assim lá você está,
abraça-me e pronto,
para que palavras?
Sinto-me bem, infinitamente bem
e você está sempre por perto.
Um dia me fizeste chorar,
mas meus sorrisos foram roubados
por você inúmeras vezes a mais
e até quando não está ao meu lado,
o que eu pensava ser impossível acontece,
suspiro por lembranças suas,
sinto o meu peito apertar com dores
causadas por sentimentos contidos...
e também um alívio por ouvir sua voz
e perceber que está tudo bem.
 
Poema sobre um amor.

Minha infância

 
Noites sem lua me faz mergulhar
na noite escura, do céu para o mar.
Ouvi do vento
"o Universo não pára",
criou-se o tempo em uma ampulheta divina.
Poeira cósmica,
o silêncio transpassa.
Constrói galáxias, o céu me contou.

Junto das flores que me trazem lembranças
de quando criança
e me pego a cantar.
Meu bosque era uma árvore de troncos entrelaçados
em um pequeno quintal.

Controlava o vento com um galho da
alfazema,
conversava com árvores que histórias me contavam.
Inventava ritmos para as minhas palavras,
distribuía risos em meu bosque sagrado.
 
Minha infância

Corrosão...

 
Amor que pesa na minha alma,
enfraquece o meu ser com a tua calma.
Magoa os meus sentidos,
destrói minha esperança,
amor tão consciente da tua falta.

Devolva-me a força que constrói o meu ódio
e me ínsita a destruir,
e me ínsita a corrigir o mal que o homem inventou.

Vejo o meu sangue borbulhar por estas veias que ardem com fervor.
Teu corpo é tão longo e tão magro,
o abraço com medo de se dissipar,
perco o equilíbrio e acabo mostrando a minha alma para você.

Amor tão cego para os defeitos
que todos conseguem enxergar em você.
Amor tão puro que te envaidece
e me enraivece por me deixar ao seu dispor.

Construa em mim a tua fortaleza
para se abrigar nos dias de tempestade.
Fortalece o teu corpo com o meu corpo ,
que te fornece calor.

Despida-me arrancando a minha pele
e faça dela um tapete para tua sala.
Destrua-me com a tua amargura
e me culpe pelo teu amor.

01/06/2005
 
Corrosão...

Amanda