
Tenho uma arma secreta 
ao serviço das nações. 
Não tem carga nem espoleta 
mas dispara em linha recta 
mais longe que os foguetões. 
Não é Júpiter, nem Thor, 
nem Snark ou outros que tais. 
É coisa muito melhor 
que todo o vasto teor 
dos Cabos Canaverais. 
A potência destinada 
às rotações da turbina 
não vem da nafta queimada, 
nem é de água oxigenada 
nem de ergóis de furalina. 
Erecta, na noite erguida, 
em alerta permanente, 
espera o sinal da partida. 
Podia chamar-se VIDA. 
Chama-se AMOR, simplesmente.
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