Sonetos : 

É PRECISO SALVAR O RIO TEJO

 




Ah, que prazer, ver o rio correr sem pressa,
Sentir do azul do céu a liberdade que espreita,
Em todo o seu esplendor, com que arremessa
O azul cristalino e subtil, que na água se deita.

Oh, meu querido, rio Tejo, quem te esqueceu,
De tempos idos, o teu fulgor e a corriqueira
Vontade? Até dos pescadores se esvaneceu
A história tão tua, a importância domingueira.

Hoje tuas águas estão conspurcadas e nada
Nem ninguém repara mais em ti; desconfio
Que se os políticos fossem de índole refinada,

Tuas águas brilhariam ao sol da madrugada
E não estariam como agora, presas por um fio,
A pontos de se entregarem, de mão folgada.

Jorge Humberto
17/08/07





 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
1973
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