prosa litigiosa

que silêncio, parece que se vai cantar o fado...
eu sou uma nuvem, chamo-me marta como já muitos tiveram oportunidade de conhecer e vou fazer tontos e tontas as cadeiras

os vazamentos acontecem a partir duma certa idade
as setas acontecem mais cedo por explosão do oceano na via rápida
dos vestidos que se tiram quando não há mais nada
despir o arenoso, a aldeia indizível na boca do primata é abraçar os longes num pressupor nunca adquirido e trabalhar e o chapéu não ajuda, compreendo
então eu vim cá dar uma ajuda bem ao meu estilo: chama, fantasma, e corre

Marta

e, como sei o caminho de cor!?... confesso... a métrica é a minha arte de medir silêncios e gorjeios, trago o vento no bolso, e os sapatos que calço são de pele sensível ao estremecimento...

Beijo pra ti, Vânia.

Esse é o conflito, generoso, do Amor (em todas suas formas 'artisticas'). Um vai e vem que alimenta os seres 'eleitos' pela capacidade amorosa do sentir - do gozar, de chorar, do gritar e reclamar... do existir - e com o sangue quente correndo nas veias... sangue frio é coisa de anfíbeo ou réptil, sei lá, rs. E uma 'prosa litigiosa' vem sempre a calhar, quando...

Adorei querida, espero que minha viagem não tenha sido tão distante,rs.

Bjs, Vânia

que prosa mais bonita menina!
quanta feminilidade em seus textos, e um
comum sentimento que partilhas.
com essa prosa litigiosa já ganhou a disputa.
Gostei demais!


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(¸.•´ (¸.•`*´ Gabi