Poemas : 

Flor de sangue

 
Tags:  Labiríntimos  
 
Uma flor de sangue
a nascer-me da pele
- chão de intempéries sedes –
é tudo o que de visível
tem o dia amortecendo
os olhos rasos que me sobram...

Que é dos céus azuis da minha boca
admirando alcances?

Que é das asas livres dos meus cílios
bordejando espantos?

Que é da luz magnânima, quase louca,
emancipando instantes?

Que é da garridice d’ arco-íris
afugentando prantos?

Ah, flor de sangue
em pedra exangue...
não morresse no meu peito um rouxinol,
não fosse teu rubro risco em mim inscrito...
teria raiz doce esse teu grito,
talvez não fosse eu teu por do sol...



Teresa Teixeira


 
Autor
Sterea
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1328
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
9 pontos
3
3
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2014 12:14  Atualizado: 13/05/2014 12:53
 Re: Flor de sangue
foi como senti o seu poema; uma emancipação irreversível nos braços dos seus versos...
bj e meu abraço caRIOca

Enviado por Tópico
Odairjsilva
Publicado: 13/05/2014 18:37  Atualizado: 13/05/2014 18:37
Membro de honra
Usuário desde: 18/06/2010
Localidade: Cáceres, MT
Mensagens: 5086
 Re: Flor de sangue
Oi Teresa, um lindo poema. Encantador. Gostei muito.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/05/2014 15:17  Atualizado: 14/05/2014 15:17
 Re: Flor de sangue
Uma delicia ler teu poema !

(...)

Que é dos céus azuis da minha boca
admirando alcances?

Que é das asas livres dos meus cílios
bordejando espantos?

Que é da luz magnânima, quase louca,
emancipando instantes?

Que é da garridice d’ arco-íris
afugentando prantos?

(...)


Linda construção, que seduz o imagínário da gente... isso é talento!

Parabéns!


Bjs, Sterea!