Soltam-se no ar suspiros
Voltaste!
De onde? – pergunto, se nunca parti…
Foste tu que me deixaste
Sem guarida nesta confusão,
Da actividade urbano-depressiva do meu cérebro.
Pensamentos que correm contra o tempo
Mas não vão a parte alguma.
Desvanecem no cansaço acumulado
Pela falta do teu amparo
Mas consomem as minhas energias
Como se de alimento se tratasse.
E tu, sorrindo, páras e olhas-me.
O que procuras?
Eu não estou aqui!
Estou algures onde me deixaste
Quando decidiste a minha promoção
A companheira de vida e berço da tua paixão.
Se me queres, procura no tempo e não no meu olhar
Eu nunca parti… e tu?
Carla Veiga Ribeiro