Não, não são igualmente meus os devaneios
que ora sonho ...
Nem sequer são teus, que aqui me vês ...
Que os sonhei
projectados nas meninas d’uns olhos
novos de mim, ardentes, fulgurantes,
enquanto fantasmagóricas mãos me percorrem
no vazio desacordado
no vale sagrado d'alvíssimos lençóis de linho.
Lá, no lusco-fusco de coralinas manhãs...
As tuas mãos fabulosas, meu amor, tem enebriantes
aromas de milenares rosas. Ébrias e gloriosas,
descendem apressadas, ávidas, incontroladas,
epeleologas, sobre cavernas adormecidas
do tecido do meu corpo...
As tuas mãos salinas, urgentes, meu querido,
percorrem-me cobiçosas
e se detêm em carícias distantes
nos mamilos dos meus seios, nómadas, viajantes ...
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