TEU SORRISO
TEU SORRISO
Sei que é difícil,
mas preciso de ver teu sorriso
nesses lábios que desejo
Quero-o ter como presente,
mas tem de ser sincero
Não quero um sorriso falso.
tem de ser original
Daqueles que veem de dentro
e não enganam,
que transmitem magia, sim magia,
porque não?
Daqueles mesmo de boa fé
Tem de sair do coração
para ser de verdade
Um sorriso contente, dos mais alegres
p´ra me deixar muito, e muito feliz
Não precisa de ser um dos sorrisos
mais bonitos, mas tem de ser
um sorriso sincero e bom
Esses é que são os verdadeiros,
os reais, aqueles que não enganam,
que nos fazem acreditar,
e nossos olhos cintilar,sonhar,
ter esperança, amor
Daqueles que nos levam ás nuvens,
e que nos fazem pensar
que ainda vale a pena,
ver um optimo sorriso
Nem que eu tenha de viver
só mais um dia,
para ver teu sorriso
Para mim sorri,
sorri sempre meu amor
de: fernando ramos
CHOVEM BEIJOS DE AMOR
CHOVEM BEIJOS DE AMOR
Teu sorriso soa em minha alma
Na harmonia que o maestro levanta
Inundando meu peito, o palpitar se acalma
Em tanta angustia melada, tanta... tanta
Esse teu sorriso que me dá perdição
Murmura ao vento levantando vagas
Num mar de amor pertinho do coração
Esconde beijos vestidos de pratas
De mil raios chovem desejos de amor
Perdidos por teus lábios gostosos
Caindo por terra, num forte tremor
Aromas teus, como beijos melosos
É com espanto e tanta fantasia
Que meu penetrante olhar bem vigia
Tua boca bela de minha tontaria
P’lo brilhar da noite até ao raiar do dia
E no imenso azul de total luar
Beijamo-nos rendidos de olhos cerrados
Com nossos lábios quase a murmurar
Esses doces momentos tão perfumados
E uiva o vento num feliz tormento
Buscando beleza em teu sorriso maroto
Desfraldam velas e Naus não aguentam
O mar de beijos que por teus lábios solto
De: Fernando Ramos
LUGAR NENHUM
LUGAR NENHUM
Hoje recordo quando te ouvia a fala
E tanto me beijavas sem demora
Como belo é o silencio que exala
Estas minhas lembranças agora
Nem a folha que lá fora se agita
Me faz esquecer esses doces tempos
Mesmo que o vento traga a saudade aflita
E nem que meu peito grite seus lamentos
Este é um desejo consumido
Nos subúrbios da minha paixão
Mas nunca é um momento perdido
Que navega em águas de minha desilusão
Agora vejo como um magnifico clarão
O que passa por minha memória
Desses tempos em que te roubei o coração
Que juntinho ao meu era a melosa glória
Hoje todas estas recordações
São como notas de música estranha
Composta na pauta de lamentações
Que p’la minha alma se entranha
Sofro por tua longa ausência
Que a lugar nenhum me conduz
Fica ao abandono toda a vivência
Que nem se resguarda na minha cruz
De: Fernando Ramos
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LIBERDADE RAPTADA
LIBERDADE RAPTADA
Cai o silêncio na minha noite
Nela vejo sombras
Que não passam de fantasmas
Perseguidores p’lo meu
Tumultuoso mundo de emoções
Este silencio nocturno e triste
Me agiganta na límpida solidão
E faz que cada vez esteja mais só
Perdido em penosos pensamentos
Que anseiam p’la liberdade de amar
Que me foi raptada
Levada, não sei para onde
E por quem!
E num desespero solitário
Sinto meus fantasmas
Como uma espada que penetra
Em minha carne
Acompanhada p’la musica da dor
Que é pura ausência de amor
Que habita em minha vasta solidão
E neste temeroso caminho
Simplesmente aguardo
Que os fantasmas partam
E me deixem ficar
Cada vez mais só
Em meus impenetráveis
Pensamentos
Aguardando ansiosamente
Pela liberdade de amar
Então raptada
De: Fernando Ramos
MIL MANHÃS DE ENCANTAR
MIL MANHÃS DE ENCANTAR
Quero saber teus secretos desejos
Acordando preguiçosamente a teu lado
Fazer dos sonhos belos ensejos
No nosso leito quente e tão adoçado
Ter-te brilhante e feliz doidamente
Em meu corpo perdido de paixão
Beijando teus lábios docemente
Olhando-te p’ra dentro do coração
Quero mil manhãs de encantar
Ao fitar teu gracioso rosto
E que teus peitos me façam balançar
Quando os beijo e sinto esse encosto
Anseio ouvir-te vagarosamente prenunciar
Meu nome em tua melosa voz
E sentir-te no teu delicioso arfar
Quando a loucura toma conta de nós
De: Fernando Ramos
O MEU EU
MEU EU
No silencio da vida
Procuro o meu eu
Esse eu desconhecido
O que comigo troca ideias
E sua autoridade nunca teceu
Ele, é quem tudo digo,
E tudo pergunto,
Até os segredos mais profundos
Mesmo num momento perdido
O eu, que vive e se esconde
Dentro de mim é o meu
Melhor amigo,
Sempre o melhor amigo
Está presente quando mais preciso
Dele, não tenho vergonha
De fazer o que apetece
Ou dizer o que me vai na alma
Ele nada pergunta
Mesmo quando o caminho
Que piso não é o mais certeiro
O meu eu, está lá sempre
Até para aqueles momentos,
Mais, ou menos bons
O eu, é o meu Anjo da guarda
Obrigado, meu eu!
De: Fernando Ramos
GLORIOSO TANGO
GLORIOSO TANGO
Dançamos o glorioso tango
Talvez o ultimo meu amor
Enrolados nos compassos
Em doce malícia sem pudor
Dançamos, dançamos o tango
Que é meu, teu e do mundo
Cheios de ardor e afeição
Mergulhados no esplendor
Do sentimento terno e profundo
Ele é o puro símbolo final
De toda nossa consternação
Giramos, giramos em belos passos
Perdendo-se no palco da emoção
Dançamos, dançamos
Nosso último tango
Restando apenas sombras
De ondulados corpos
Nas paredes iluminadas p’lo luar
E no chão da curiosa Lua
Ficarão gravados os passos
Que no futuro irão despertar
A imaginação nua e crua
Dancemos, dancemos meu amor
Dancemos até à exaustão
Trocando passos ritmados
P’lo batuque sereno e cansado
De nosso pobre coração
De: Fernando Ramos
PERGAMINHOS
PERGAMINHOS
(soneto)
Na minha violência de paixão
Fui percorrendo teus caminhos
Meu peito sofrendo bateu na ilusão
Gravou a carência em pergaminhos
Neste meloso assombro de amor
Esperei, esperei perdidamente
Não me quiseste, veio a dor
Dizes que te sou indiferente
Para mim nada mais resta
Senão a penosa consternação
Poderia ter sido uma festa
P’ra um amor que é poema
Rejeitado por teu coração
Soluçando o meu, tanta pena
De: Fernando ramos
PERDÃO PARA A MÃE
PERDÃO PARA A MÃE
Minha mãe foi rezar
Na Igreja da Virgem Maria
P’ra Virgem perdoar
O pecado que na alma, lhe ia
Senhora perdoai minha mãe
Que é uma Santa mulher
Os pecados que ela tem
Seu pobre coração fere
Carregamos a alma pecadora
Fazendo vida desgraçada
Perdoai-nos Santa Senhora
Para o céu ser boa morada
A Virgem perdoa sempre
Na sua piedosa Divindade
Adoramo-la eternamente
Jurando-lhe fidelidade
Na igreja, minha mãe reza
Pelo o mundo e p’la família
Quando lá vai, leva a promessa
De amor à Virgem Maria
E a Virgem bem a escuta
Nas suas tristezas da vida
Senhora, protege-a nessa luta
P’ra que nunca se sinta perdida
De: Fernando Ramos
PERGAMINHOS
PERGAMINHOS
(soneto)
Na minha violência de paixão
Fui percorrendo teus caminhos
Meu peito sofrendo bateu na ilusão
Gravou a carência em pergaminhos
Neste meloso assombro de amor
Esperei, esperei perdidamente
Não me quiseste, veio a dor
Dizes que te sou indiferente
Para mim nada mais resta
Senão a penosa consternação
Quando poderia ser uma festa
P’ra um amor que é poema
Rejeitado por teu coração
Soluçando agora por tanta pena
De: Fernando ramos
17.9.2007