Soneto: O Orgulho
O Orgulho
O orgulho forja a alma dos homens
Pois creio, submissão é corrosiva
Viva os loucos, mas não os domem
São verdadeiros e feitos de vida
Na contra mão a arrogância enoja
Respeito ao individuo é supremo
Sitio que faz do ferro aço é a forja
É na forja onde o calor é extremo
Ao tombo de um leão em uma luta
Morto por um grande filho da puta
Leão tombou inerte na relva quente
Mas sua gloria em vida ninguém refuta
Na morte seu orgulho edificou a disputa
E morreu mais glorioso que muita gente
Alexandre Montalvan
Que me Prometeu
Que me Prometeu
Quando o amor eclodir em cada átomo do mundo
Estrelas irão brilhar o nosso exterior
Em nossas mãos haverá flores e frutos
E as vozes do amanhã calarão bem fundo
Haverá transbordância em nosso
coração do mais puro amor
E aves se libertarão de seus ninhos
Levando em seus bicos as folhas mortas do outono
O brilho do sol aquecera cantos esquecidos
E o mar levitara em forma de nuvens de sonhos
Ventos dissiparão os que se sintam sozinhos
E propagarão amor em seus caminhos
É preciso buscar o eterno
e a mão terna de um ser salvador
é sonhar neste mundo moderno
e sorrir não importa aonde for
ter amigos em todos os cantos
viver e distribuir amor
Os sãos e loucos enredarão os seus destinos
Pois todos somos filhos de um único Deus
É deste ponto que eu de ti me aproximo
Certo que todos meus desejos são os teus
Pois teus olhos são luzes do divino
Pois é todo o amor que me prometeu
Alexandre Montalvan
Soneto: Que Porre!
Fogo queima flores na chuva
Gatos entram no buraco
Ladram cães na estrada suja
E a brilhante noite eu destaco
Papai Noel surge no meu quarto
Voltei à infância?
Não! É um ladrão de criança
E eu quase tive um infarto
Quandos os meninos vestem rosa
Algumas meninas usam bigodes
É quase uma overdose de eubiose
Quando expulsam a sala do bode
Quem não se sacode pode
Acho que vou tomar mais uma dose
Alexandre Montalvan
Mãe
Mãe
Rasga-me a alma e
o coração e sentimentos...
transbordam
toda esta saudade que tenho de ti
mas quando fecho meus olhos
e em ti eu penso
sinto a tua presença
e sei que esta aqui, mãe!
Alexandre
Eu e Você
Eu e Você
Eu formo um par com você
Somos almas gêmeas na eternidade
Nossas mãos se juntam é verdade
Para a cada manhã ver o amor renascer
E nas noites ficamos juntinhos
Amamo-nos ao anoitecer
Nas manhãs você sabe ou adivinha
Que acordaremos dormindo em conchinha
E juntos veremos o sol nascer
No silencio contido no ar
Busco o mel sensual do teu corpo
Nos teus seios eu busco a loucura
Nosso amar é a coisa mais pura
E o que me espanta é tua beleza
Que me traz tanto prazer
É beleza delicada em um jardim,
De pétalas macias e ainda,
você é a minha rosa mais linda
Vermelha, cheirosa carmim
Amor de toda a minha vida
Doçura e formosidade
Emoção amor e prazer
Você é a minha cara metade
E em teus braços eu quero morrer.
Alexandre Montalvan
Soneto: Paixão que a Gente Sente
Paixão que a Gente Sente
A lua no céu no mês de setembro
Um céu noturno refletido no mar
Os beijos de amor ainda me lembro
Da cama afogueada de tanto te amar
Desejo tão grande eu digo a tempo
Há toques suaves em todo lugar
A paixão, o amor um só sentimento
O êxtase na dança de par em par
Corpos suados num tesão imenso
No amor paixão puro e inconsequente
Amando-te louco em um gemido tenso
No gozo supremo quanta lava quente
Paixão ácida e o amor suspenso
Nesta insensatez que a gente sente
Alexandre Montalvan
O Grito da Fera
O Grito da Ferra
No escuro dos olhos a luz de uma vela.
seu brilho irradia uma ira brutal
a boca entre aberta e lábios cor de terra.
Nas sombras, ferinos, solta um grito irracional
E as sombras são a ultima linha do processo
que fluem vertiginosas como ondas em fúria
se existem será um final ou um começo?
pois a alma da ignorancia é a fúria
O tempo é de espera assim como na caça age o leão,
a vida lentamente segue seu curso e apos o inverno impera
a primavera. O brilhante expõe o obscuro e a peculiar
e fria certeza que não há pernas debaixo da mesa
nem paredes que envolvem o muro.
A perplexidade é purulenta ao perceber esta impunidade
trágica, na intolerância androfóbica, nas frases enluvadas
em porcelana. Em um vaso pequeno de vidro de um talho
indivizivel não podendo haver castigo e
enquando não puder, por todos, este grito será ouvido
Alexandre Montalvan
Porque te Amo?
Porque te Amo?
Eu não sei por que te amo
porque você me é tão querida
talvez sei lá, por engano
ou feitiço de alguma sacerdotisa
Eu não sei por que te amo de verdade
mas te amo pelo brilho que teu olhar irradia
eu te amo por uma singularidade
amo-te como uma doce sinfonia
Eu te amo como o lamento das cordas do violino
em catedrais de granitos refulgentes
amo-te como um menino inocente
louco para beijar tua boca e sentir teus dentes
em minha carne ardente
Eu te amo como ao sol nascente
que da luz ao dia a vida
e aquece a terra aonde você pisa
e como a leve brisa
que esvoaçam teus cabelos pelo vento
eu amo teus pensamentos
Eu te amo como a louca ventania
como a fúria das tempestades
como a dor de uma saudades
amo-te como a mais linda
Melodia.
Alexandre Montalvan
storyid=247806 © Luso-Poemas
Pedaços de Vida
Pedaços de Vida
Não sobre o pó
não derrames tuas lagrimas
errante pesadelo que se encerra
e sobre o rosto macilento, terra.
Nem as palavras se desenham
nem o vento prolifera
talvez um pássaro agourento
que espera em vão
alguma comida
migalhas de uma vida
um pedaço da carne
jogado ao chão.
Gota a gota cada sentimento
rasgada a faca patética amargura
no estertor da desventura. . . assim
abre caminhos. . . morte, pensamentos
a dor. . . nem quem é forte
chega ao fim.
Amanha quem sabe, transmita a ela
pouquinho de saudades torturante
um adeus ou um aceno da janela
uma amor que esta morrendo
uma dor
uma rosa murcha na lapela.
Alexandre Montalvan
Amor
Amor
Como é doce a voz do vento
Que os cabelos despenteiam
Como chicotes violentos
Que na face estalam sedentos
Buscando o sal das lagrimas
Que nos olhos brotariam
Na suave melodia
Sussurrado pelo vento
Neste lúdico momento
Como disse brotariam
Brotariam uma a uma
E assim começaria
Encharcando a lua seca
Inundando toda a terra
Um milhão de lagrimas ao vento
E assim inundaria
Inundaria
Este céu carente de estrelas
E este seco e estéril jardim
Que ao ouvir a voz do vento
Dos teus olhos surgiria
O teu amor por mim
Alexandre Montalvan