Eu,
Venho lá das negras nuvens da metrópole paulista
Caminho pelas ruas de asfalto
quente e sobre-humano
à procura de um certo pássaro:
O pássaro fugidio da minha sorte.
É difícil encontrá-lo,
metido que está no meio desses arbustos feitos de prédios e fios e cartazes e luminosos...
(As luzes são vermelhas, lilases, amarelas e indicam muitos caminhos, menos o que devo seguir para encontrá-lo) .
E minha alma anda vazia e tão longe...
Eu... não sou Bertold Brecht... mas igualmente trago em mim o negrume de uma floresta, impresso nas nuvens tristes e cinzas desta cidade grande..