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Arcaz do adro

 
Se deparares com o arcaz granítico do adro
Sem decoração nos laterais mas com epígrafe
Numa das quatro águas da tampa lisa hexagonal
E abrires as gavetas pesadas do pensamento
Ao espaço profundamente sombrio
De quinhentos ou mais invernos de vazio
E aí encontrares sentimentais estranhezas
Resguardadas de olhares superficiais
Pedras manuscritas por pedreiros profetas
Com delicadezas de cartas de amor
A tantas Ineses como a do Pedro Justiceiro
Rainhas do amor
Mortas primeiro...
Isso é um sarcófago.







 
Autor
Carlos Ricardo
 
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Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 08/02/2010 00:26  Atualizado: 08/02/2010 00:28
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8106
 Re: Arcaz do adro
Caro Carlos Ricardo
Parece que falta algo no poema, a conclusão do Se inicial...Me desculpe se estou a ler mal
Vim agora editar o comentário, afinal faltava mesmo algo, só agora vi.
Conclusão óbvia.
Gostei do poema e suas figuras.
Abraço


Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 08/02/2010 01:26  Atualizado: 08/02/2010 01:26
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: Arcaz do adro
porque será que elas morriam sempre primeiro e hão-de continuar a morrer?

gosto do que me faz pensar

beijo


Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 08/02/2010 15:21  Atualizado: 08/02/2010 15:21
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: Arcaz do adro para carlos
encontraremos então com os olhos a união entre os dois mundos:o carnal e o espiritual,o terreno e o "celestial",o momentâneo e o eterno.

um poema "sagrado",carlos.cheio de simbolismo e de magia.

alex