Guilt (culpa)
Na fumaça que se dissipa
Percebo os espaços vazios
Os erros que cometi (ou não)
As duvidas e incertezas
Os acertos ou tentativas
As vezes que ergui as mãos
Ou as vezes que as cruzei
Tentando amenizar o frio
Ou esconder minhas fraquezas
Pois elas me desnorteiam
E deixam-me a deriva
Pois meus erros nada mais são
Que tentativas de acertar
Mas o que me afeta no fracasso
É não ter em quem por a culpa, ou pior
Não ter a quem pedir desculpas
A quem estender as mãos
E estas me servem de apoio
Para as lagrima que caem da face
Mas meus inimigos não desfrutam
Pois minha solidão é intensa
E nem inimigos possuo e olhando ao meu redor
No deserto de incertezas
Nem uma lugrube miragem
Para refrescar meus olhos
Dos raios enfurecidos e vividos
Do sol do desespero
E na tentativa de erguer
Mais uma vez de erguer as mãos, percebo
Que elas que me apóiam
Pois meus joelhos estão dobrados
E na afoita tentativa, de
Dar sombras aos meus olhos
Deixo meu corpo cair
E a pesada carga da consciência
Apertam meus pulmões até enchê-los
De sangue
E até os corvos e abutres se afastam
Pois percebem a maldição que possuo
A morte sorri ao meu lado
Mas não tem pressa em me levar
Apenas contempla minha dor
Ser queimado por minhas ilusões
E digerido por meus pesadelos.

26/01/10

 
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wilckson
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