Sonetos : 

Soberba dos Pobres

 
Reparos no desviar que não viram
Quando os olhos fixaram os seus;
E num auge, pela rua lá seguiram
Revirando apatia até aos céus.

A manhã acorda envolta em plebeus;
Em pecados do domínio, que deixaram
Para trás, na soberba de um adeus
Que na virtude do pão já mendigaram.

Pois na altivez dos sonhos se entregaram
Vai-te embora ó saudade… dos olhos teus,
Que a fome os pedintes inventaram.

Pois se no colo os pais já carregaram
Sobre as lágrimas de quem olha Deus
Como podem ser salgadas… filhos meus!

Carla Bordalo


Sentindo o vivo, vivendo o sinto, e, em sentimento o digo para assim o escrever em qualquer parte de mim.

 
Autor
mariacarla
 
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