Luso-Poemas
 
Sonetos : 

A BRISA DO VENTO

 
Toco-te, como um sopro de vida sem igual,
O corpo adentra o mar em êxtase de sal,
A luz dos olhos, como o centrado furacão,
Meu vento roça os teus pêlos sem perdão!

Sou universo, que se agiganta qual o tempo,
Quedo-me aos medos, quão delírio me contenho!
Vou ativando, meus sopros rasos pelo ar,
Sou peito em brasa, só esperando te encontrar!

Na mansidão dos eólios movimentos,
Sou o sereno, que expulsa o momento,
Pra te ninar em meu mundo abissal...

À luz do amor, sou a unção da fonte e do fado,
A lua altiva e o semeador alado,
Sou eu quem sopra os teus cabelos,meu amor!



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
VeraCarvalho
Publicado: 13/08/2007 18:55  Atualizado: 13/08/2007 18:55
Super Participativo
Usuário desde: 13/02/2007
Localidade: Amarante/Porto
Mensagens: 170
 Re: A BRISA DO VENTO
Mas que belo e grandioso soneto! Estas palavras são como o ninho perfeito que aconchega o amor! Só sentindo assim se alcance num olhar o universo!
Palmas e mais palmas!

Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 13/08/2007 18:58  Atualizado: 13/08/2007 18:58
Colaborador
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa/Peniche
Mensagens: 1562
 Re: A BRISA DO VENTO
Seja, vento, seja brida ...
Mas que seja, porque tu, minha querida amiga, és verdadeiramente uma grande, grande poetisa.

Bjs da Mel

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/08/2007 18:59  Atualizado: 13/08/2007 18:59
 Re: A BRISA DO VENTO
Ledalge,
Belíssimo texto! "Toco-te, como um sopro de vida sem igual, O corpo adentra o mar em êxtase de sal"
Gostei da sonoridade que tem, da poesia intensa.
Bjs.
Isabor.

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