Poemas : 

a contratempo

 
Uma alma caída do telhado
a contratempo
pode ser um violino
ou um gato malhado
em desafino quebrado
sem que ninguém
o entenda
ou aguente

Entre o som quase estridente
e o ouvido incomodado
repousa adormecido e calado
um hino desconhecido e doente
ao ruído e ao silêncio

do que uma cidade sente

esmagado no seu peso
e no seu tempo,

fatalmente.?


cruz mendes

 
Autor
Alexis
Autor
 
Texto
Data
Leituras
985
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
10
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/01/2011 13:46  Atualizado: 08/01/2011 13:46
 Re: a contratempo
Foi o violino. gostei imensamente poetisa


abraço


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/01/2011 14:24  Atualizado: 08/01/2011 14:24
 Re: a contratempo
Mais um diamante para teu acervo! Adorei esse teu poema, Alexis! Parece mesmo que a arte te envolve densamente e a poesia vive pulsante dentro de ti, pois escreves com arrebatamento e com a delicadeza dos grandes.

Bravo, Poetisa!


Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 08/01/2011 21:24  Atualizado: 08/01/2011 21:24
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11252
 Re: a contratempo
O contratempo chega no ruído e no silêncio fatalmente fica no ouvido...

Beijos


Enviado por Tópico
apegaua
Publicado: 09/01/2011 12:02  Atualizado: 09/01/2011 12:02
Da casa!
Usuário desde: 27/07/2010
Localidade: Bresil.
Mensagens: 310
 Re: a contratempo
Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu, lindo.
Pra lá de Bagdá.
Deixa comentar ainda que possa.
Muito bom os seus textos, parabéns.
Ficar bém.
JC.


Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 09/01/2011 14:51  Atualizado: 09/01/2011 14:51
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8095
 Re: a contratempo
Não sei responder a essa pergunta, mas entendo que a maior parte da vida é contratempo sim e é preciso muita força e atenção para a enfrentar.
Beijo querida "mana"