Feri-me nas pontas dos dedos
Gestos afiados
A dilacerar a carne
Letras escusas
Em traços difusos
Vida corrente
Modorra quente
A desencantar à sorte
Um olhar feliz
Os ensaios finais
De um corpo lascado
Mente e tão-somente
Des(mente)
Que consente
Na finura dura
Calibres no meu corpo mole
Pedra dura
Nos meus pés de barro

Tão firmes as lascas
As pontas de xisto
A possuir-me a carne
A luminária imune
Nos meus traços nus
E os seu dedos crus
 
Autor
ÔNIX
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1186
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
8 pontos
8
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
mariagomes
Publicado: 18/01/2011 00:59  Atualizado: 18/01/2011 00:59
Colaborador
Usuário desde: 18/04/2010
Localidade:
Mensagens: 1614
 Re: Pontas
Olá amiga, mais uma linda poesia, um belo poema que me deu gosto ler poetisa.
beijinhos
mariagomes


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/01/2011 09:07  Atualizado: 18/01/2011 09:07
 Re: Pontas
Dolores, mesmo "feridos" esses dedos escrevem poesia maravilhosa! Beijos!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/01/2011 11:39  Atualizado: 18/01/2011 11:39
 Re: Pontas
Em traços difusos
Vida corrente

Uma maravilha de poema, encanto deixo meu abraço
Martisns


Enviado por Tópico
Índio
Publicado: 18/01/2011 12:16  Atualizado: 18/01/2011 12:16
Da casa!
Usuário desde: 23/12/2010
Localidade:
Mensagens: 493
 Re: Pontas
Lindo poema Dolores! Gosto da forma como interages com as palavras, as mesmas adejem os sentimentos.


Beijos


Joni