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Até que ponto confiamos uns nos outros?

 
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Até que ponto?! É uma pergunta pertinente. Ninguém se livra de sentir sobre os seus ombros o peso da desconfiança! Alguém me dizia esta semana: "Quando é para desconfiar, desconfia-se de toda a gente!" Isto é sério! É quase impensável para uns, preto no branco para outros. Desconfiar de todos implica desconfiar dos pais, dos filhos, dos irmãos, dos parceiros, dos amigos, dos vizinhos! Desconfiar da própria sombra!
Todos nós estamos fartos de assistir na "tv" e/ou no cinema, a séries e filmes policiais, "thrillers", onde os principais suspeitos de qualquer crime são sempre as pessoas mais chegadas à vítima! Isto pensado assim... confessem! Mete respeito! É claro que é ficção mas, não nos podemos esquecer das meias verdades. Se, de tudo o que vimos, apenas metade é verdadeiro, significa que, para nosso bem, a ficção não confere à realidade. Ao invés, para nosso mal, a realidade não é aquilo que aparenta! E assim entramos num dilema! E agora?! Confiamos todos uns nos outros? Devemos confiar? (Não quero mostrar com isto que acredito nos filmes! Atenção! A minha alma é inocente mas não tanto assim! É a maneira mais fácil de visualizar a questão!)
... confiamos?! E se formos apanhados em flagrante delito?! Se o alvo da nossa desconfiança nos descobrir? E pior ainda, se for inocente? Fazer o quê?! Há coisas fáceis de descobrir, mentiras de perna curta. Mas, outras há que são bem complexas! Desconfiar sem razão é mais que suficiente para se ser alvo de desconfiança! Não deixa de ser uma forma de traição. Pensar que é traído, sem o ser! E depois lá diz o ditado: "Quem não se fia, não é de fiar!" Voltamos ao dilema!
O ser humano, é um animal por excelência, independentemente de todas as evoluções possíveis e imaginárias tem instinto, instinto de sobrevivência! E na natureza que teimamos em destruir, impera a lei do mais forte. Por isso, não é assim tão descabido este meu pensamento. Todos passam por cima uns dos outros (se for imperativo ganhar algo). Enganar, ludibriar, mentir, ocultar são mecanismos de defesa (ou ataque) do Homem. Para mim são mais de defesa do que de ataque! E nem tudo justifica a desconfiança, mesmo que esta tenha fundamento. Nem tudo é feito com maldade! Saber distinguir o que deve ser posto à prova; descobrir as pessoas em quem devemos confiar, neste ou naquele assunto, isto sim merece atenção! É nisto que nos devemos centrar. Infelizmente não tenho resposta para dar, nem poção mágica ou fórmula milagrosa. Digo apenas que somente a nossa experiência nos pode dar o calo necessário. Apenas a nossa perspicácia nos pode indicar o caminho. E não se ofendam se forem postos à prova. Faz parte da nossa natureza!

cdjsp

 
Autor
Carmen Palmeiro
 
Texto
Data
Leituras
1962
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