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SOBERBA VISÃO

 

Adivinhei-te na silhueta
Que a luz da outra banda
Desenhava no azul poente
Na luminosa e radiante poeira
Que o núcleo de sol que se exauria
Emprestava à última réstia
Do esplendoroso Astro.
Mais do que reconhecer-te
Senti viva a tua presença
Nas cores da penumbra que te vestiam
No passo cadenciado
E de uma elegância sem limites
Só podia ser o teu,
No desenho que se estampava
Nesse azul que se esbatia
E apontava já para a noite.
Mas esse desenho
Falava-me do belo
Do belo feminino
Da beleza feita mulher
Das curvas soberbamente desenhadas
Obra-prima de mestre
Que só poderiam ser,
Sonhei ver-te deter o passo
Porventura deliciosamente
Prostrares-te diante de mim
Acordar-me para um mundo
Feito das coisas sublimes.
Mas como o sublime
Nunca se eterniza
Nesse instante que acreditei glorioso
Fez-se noite
E nem do céu as estrelas
Escutaram a minha prece.

Antonius


 
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luciusantonius
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/08/2011 19:18  Atualizado: 19/08/2011 19:18
 Re: SOBERBA VISÃO
Tenho pena de não ter a capacidade de comentar o seu poema como ele merece. Assim apenas uma palavra: Soberbo


Beijo azulOpen in new window

Enviado por Tópico
inocense
Publicado: 19/08/2011 19:23  Atualizado: 19/08/2011 19:23
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 Re: SOBERBA VISÃO
Parabens pelo exelente poema.
Abraço com alma